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http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/69730
Tipo: | Dissertação |
Título: | Do trabalho à resistência: a pobreza em Baturité na segunda metade do século XIX |
Autor(es): | Pereira, Igo Barbosa |
Orientador: | Maupeou, Samuel Carvalheira de |
Palavras-chave: | Baturité;Pobreza ;Trabalho;Resistência |
Data do documento: | 2022 |
Citação: | PEREIRA, Igo Barbosa. Do trabalho à resistência: a pobreza em Baturité na segunda metade do século XIX. Orientador: Samuel Carvalheira de Maupeou. 2022. 111 f. Dissertação (Mestrado em História) - Programa de Pós- Graduação em História, Centro de Humanidades, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2022. |
Resumo: | Partindo de uma abordagem inserida no campo da História Social, o presente trabalho tem como temática central a pobreza na cidade de Baturité (CE), na segunda metade do século XIX. As fontes utilizadas foram os jornais locais produzidos nas décadas de 80 e 90: os manuscritos do botânico Freire Alemão, que escreveu sobre essa região nesse período; os relatórios dos Presidentes da Província; dentre outras fontes. Procuro analisar como se dava a relação entre pobreza, e consequentemente as pessoas que estavam nessa condição (nelas inseridas os escravizados), com o trabalho submisso, precário e controlado; ao mesmo tempo em que havia um desejo, à época, por mudanças socioeconômicas rumo a uma ideia de progresso importada dos países europeus. Também busco identificar as formas de resistência daqueles mais necessitados, além dos possíveis mecanismos de repressão, utilizados pelas elites locais e/ou governo, para conter a ação dos grupos mais empobrecidos. Em conjunto com essas fontes, selecionadas e analisadas levando em consideração a temática já pré-estabelecida, foram selecionadas e utilizados algumas referências bibliográficas relacionadas com o tema e o período temporal abordado. Constatamos, por exemplo, que o acesso à terra, o uso dos meios repressivos institucionais e para-institucionais, os costumes e a religião cristã foram alguns dos instrumentos utilizados para controlar e adequar o trabalhador ao tipo e as condições de serviço desejado. Essas condições, em sua maioria degradantes, foram contestadas e motivaram movimentos de resistências, sejam eles abertos ou sutis (SCOTT, 2013). Uma conclusão possível nos leva a afirmar que o estado de pobreza, por mais limitante, humilhante e debilitante (MOLLAT, 1989), não retirava dos grupos necessitados sua força de agir e reagir diante das adversidades. Suas ações, pensadas e adaptadas às situações, eram alvos de contramedidas, formando um cenário complexo de lutas, recuos e conformação. |
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URI: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/69730 |
Aparece nas coleções: | PPGH - Dissertações defendidas na UFC |
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