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http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/6060
Tipo: | Tese |
Título : | Natureza e verdade : a pedagogização ambiental da sociedade contemporânea |
Título en inglés: | Nature and truth: pedagogization environment of contemporary society |
Autor : | Santos, Paulo Rodrigues dos |
Tutor: | Costa, Sylvio de Sousa Gadelha |
Palabras clave : | Environmental governmentality;Nature;Truth;Governamentalidade ambiental;Ciência política – Filosofia;Natureza;Verdade |
Fecha de publicación : | 2013 |
Editorial : | www.teses.ufc.br |
Citación : | SANTOS, Paulo Rodrigues dos. Natureza e verdade: a pedagogização ambiental da sociedade contemporânea. 2013. 355f. – Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Educação Brasileira, Fortaleza (CE), 2013. |
Resumen en portugués brasileño: | A questão ambiental tornou-se, na contemporaneidade, um fenômeno cultural planetário que afeta até mesmo nossa condição de sujeito. Instituída como governamentalidade ambiental, tem como suporte um complexo saber-poder - o dispositivo da natureza - que se impõe como mecanismo de controle das relações com a natureza, cuja emergência, formação e funcionalidade são analisadas nessa investigação, com base na ―arqueogenealógica‖ formulada por Michel Foucault. A verdade ambiental é a luz comum de governantes e governados e requer, de um e de todos, o dever de salvar o planeta,de cuidar da natureza, de fazê-la viver. Uma natureza frágil, adoecida, em perigo, sob o signo da finitude surge, nos dias de hoje, como passivo de uma humanidade subjetivada como poluidora. Uma complexa estrutura educacional, constituída por máquinas imagéticas discursivas e técnicas políticaspedagogiza a sociedade, formando e controlando modos de pensar e agir, desejar e imaginar, consumir e produzir, de lucrar segundo a racionalidade ambiental, que se efetiva como verdade científica e norma ética, valor e padrõesde condutas para se habitar o Planeta. O capitalismo, sob a ótica ambiental, é a fonte não da desestabilização das relações com a natureza, mas de recursos para a reversão da crise ambiental, com base na ―hiper-industrialização‖, ―ecologização‖ da economia e na ―economização‖ da ecologia. Apoiada em técnicas políticas como a agroecologia, agricultura orgânica, permacultura, agricultura natural, entre outras, a racionalidade ambiental subjetiva segmentos populacionais rurais como ―produtores verdes‖ e forma novas ruralidades. Ao mesmo tempo, incita novas condutas e estilos de vida,no meio urbano, com base em mecanismos políticos como ―consumo consciente‖, ―troca justa‖, ―lucro verde‖, ―produção limpa‖ etc. Um mecanismo de poder de gestão da temporalidade faz projeções de prognósticos ambientais que preveem acontecimentos de escassez de recursos naturais, como água e alimentos; a ocorrência de catástrofes como degelo, aumento do nível do mar, ondas de frio e de calor, enchentes, inundações, desertificações, avançando em um crescente cuja culminância é o fim da vida, o fim do mundo, a morte da Terra e da natureza que a sustenta. Assim, a governamentalidade ambiental controla o presente, governa populações e indivíduos, empresas e nações, fazendo prevalecer os interesses da ordem mundial na gestão da ordem ambiental. A base dessa racionalidade é o princípio de degradação, que dispõe que a destruição da natureza é obra de cada um e de todos. Esse princípio é a base do saber ambiental; teorias como a da Sociedade de Risco, da Modernização Ecológica e do Desenvolvimento Sustentável são tributárias e disseminamesse princípio do discurso ambiental, nas reflexões morais, análises políticas e no pensamento científico. A verdade ambiental governa o mundo contemporâneo, sem ser visibilizada ou contestada. Esse estudo é um contributo para modificar essa situação. |
Abstract: | The environmental issue became, nowadays, a cultural planetary phenomenon that affects even our subjectivity. Created as environmental governmentality, has as its support a knowledege-power complex – the nature device – that imposes itself as a controlling mechanism of relationships with nature whose emergence, forming and aplication are analyzed in this research based on Michel Foucault’s “archeo-genealogy“. The environmental truth is the common light of rulers and ruled and requires, from each and everyone, the duty to save the planet, to care for nature, to make it live. A weak, sick, endangered nature, under the sign of finiteness emerges, in our times, as a passive of a polluting agent humanity. A complex educational structure composed of visual and discursive apparatuses and technical polictics ‘pedagogizes’ society, forming and controlling the ways of thinking and acting, desiring and imagining, consuming and producing, of profiting in accordance with a environmental rationality, which becomes effective as a scientific truth and ethical norm, values and conduct standards to inhabit the planet. The capitalism, under the environmental perspective, is not the source of nature relationship destabilisation, but of resources allocated to revert the environmental crisis, based on ‘hyper-industrialization’, economy ‘ecologization’ and ecology ‘economization’. Backed by technical polictics as agroecology, organic agriculture, permaculture and natural agriculture, among others, the environmental rationality classifiesrural area population groups as ‘green producers’ and form new rural ways. At the same time, it stimulates new conducts and ways of life in the urban area, based on political mechanisms as ‘consumer awareness’, ‘fair exchange’, ‘green profit’, ‘clean production’, etc. A management temporality mechanism makes projections of future perspectives, which predicts events of shortage of natural resources, as water and food; the occurrence of catastrophes like thawing, sea level rising, heat and cold waves, floods disasters, desertification, making an increasing progress whose peak is the end of life, end of world, death of earth and of the nature which nurtures it. In that way, environmental governmentality controls the present, rules populations and individuals, corporations and nations, prevailing the global order interests in managing environmental order. The basis for this rationality is the principle of degradation, which provides that naturedestruction is work of each and everyone. This principle is the basis of the environmental knowledge; Risk Society, Ecological Modernization and Sustainable Development theories contribute to and spread this environmental discourse principle in moral considerations, political analysis and in scientific thought. The environmental truth governs the contemporary world without being visible or challenged. This study is a contribution to change this situation. |
URI : | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/6060 |
Aparece en las colecciones: | PPGEB - Teses defendidas na UFC |
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