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http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/58054
Tipo: | Resumo |
Título: | A categoria narrativa tempo como elemento constituinte do soneto Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, de Camões |
Autor(es): | Souza, Francisco Elton Martins de Maia, Matheus Tomaz Serafim, Monica de Souza |
Palavras-chave: | Literatura Portuguesa;Poesia narrativa;Soneto |
Data do documento: | 2020 |
Citação: | SOUZA, Francisco Elton Martins de; MAIA, Matheus Tomaz; SERAFIM, Monica de Souza. A categoria narrativa tempo como elemento constituinte do soneto Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, de Camões. Revista Encontros Universitários da UFC, Fortaleza, v. 5, n. 12, p. 4394, 2020. (Encontro de Iniciação Acadêmica, 5) |
Resumo: | O objetivo principal deste trabalho foi revelar, através de análise literária, no soneto Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, de Camões, a presença da categoria narrativa tempo como elemento constituinte do gênero poesia. Pautamo-nos, principalmente, no maneirismo, de acordo com Barnes (2008), corrente teórica que, dentre outras características do texto literário, atenta-se para o dinamismo e para a complexidade de formas reveladas no discurso em Literatura. A respeito do soneto de Camões, podemos destacar, logo de início, o papel fundamental que o elemento tempo vai desempenhar ao longo do poema: ele é a peça central para destrinchar as estrofes dessa peça artística. Na primeira estrofe, o eu-lírico atesta um fato: os tempos mudam, as vontades mudam (colocando a frase em ordem direta). Aqui, já podemos presumir pela utilização do tempo verbal no presente do indicativo (mudam) que o eu-poético já pode ter feito uma reflexão prévia e chegou nessa conclusão que relaciona a mudança do tempo com a mudança das vontades. Levando em conta o contexto de criação do soneto, o cenário de redescoberta da cultura clássica greco-latina, que propiciou o afloramento do Classicismo, percebemos que Camões, e também o eu do poema, mantinham a mente aprendendo com o passado, refletindo/meditando suas práticas no presente e antecipando novas tendências do futuro através de sua poesia. Na terceira estrofe é que vemos, de fato, a figura do tempo se materializar: antes víamos só alguns efeitos que ele causava em determinadas situações da vida, agora ele toma uma dimensão mais tangível, ele se torna o próprio “agir” na natureza, configurado nas quatro estações do ano. Assim, concluímos que o tempo físico, metaforizado no tempo psicológico, exerce papel primordial na construção do soneto em análise, conferindo-lhe aspectos típicos do gênero narrativo. |
URI: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/58054 |
Tipo de Acesso: | Acesso Aberto |
Aparece nas coleções: | EIA - Resumo de trabalhos apresentados em eventos |
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