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Tipo: Resumo
Título: A humanidade pelo ralo: relações sociais enquanto montagens perversas em o cheiro do ralo de Lourenço Mutarelli e Heitor Dhalia
Autor(es): Fonseca, Jivago Oliveira da
Silva, Carlos Augusto Viana da
Palavras-chave: Perversão social;Adaptação;Literatura contemporânea
Data do documento: 2016
Instituição/Editor/Publicador: Universidade Federal do Ceará
Citação: FONSECA, Jivago Oliveira da; SILVA, Carlos Augusto Viana da. A humanidade pelo ralo: relações sociais enquanto montagens perversas em o cheiro do ralo de Lourenço Mutarelli e Heitor Dhalia. Revista Encontros Universitários da UFC, Fortaleza, v. 1, n. 1, 2016. (Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação, 9)
Resumo: O presente estudo propõe identificar as potencialidades referencial e crítica do romance O Cheiro do Ralo (2002), de Lourenço Mutarelli, e de sua adaptação cinematográfica homônima dirigida por Heitor Dhalia (2006) a partir de uma análise da maneira como, em cada uma dessas formas textuais, as relações humanas, inerentes a um contexto sociocultural norteado pelo mercado e pelo espetáculo, são representadas enquanto ações legitimadoras da perversão social. Inicialmente, após fundamentar a ideia de tradução e de adaptação segundo as pertinentes acepções de Itamar Even-Zohar (2013), Andre Lefevere (2007) e Linda Huctheon (2011), mostraremos o papel de destaque assumido por essa prática no campo cultural brasileiro atual, revelando assim uma ligação cada vez mais íntima entre os sistemas literário e cinematográfico nacional juntamente a uma possibilidade maior do público consumidor entrar em contato com diferentes pontos de vista sobre um mesmo assunto – devido à profusão de releituras oferecidas pelas adaptações. Depois, concordando com características apresentadas por Zygmunt Bauman (2008), Gilles Lipovetsky (2011) e Jean Baudrillard (2010) acerca da condição da cultura no âmbito das sociedades globalizadas – assumidas como sociedades de consumo –, utilizaremos o conceito de “realismo traumático” oferecido por Hal Foster (2013) para desvelar a camada realista em O Cheiro do Ralo, que aponta para um olhar crítico sobre a submissão das relações interpessoais à lógica do mercado que, de maneira violenta e amoral, fomenta cada vez mais a indiferenciação entre indivíduos e objetos, acabando por delinear um cenário no qual os laços sociais passaram a ser integrados por subjetividades eminentemente perversas. Neste ponto, para a análise de tal cenário, buscaremos principalmente nos trabalhos de Dany-Robert Dufour (2014), Gilles Deleuze (2009) e Maria Izabel Szpacenkopf (2003) o recurso necessário para se pensar o ato perverso em sua dimensão social.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/47953
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
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