Use este identificador para citar ou linkar para este item:
http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/15894
Tipo: | Dissertação |
Título: | Drama Tecido em Palavras: Multiplicidades de Helena no Teatro de Eurípides |
Autor(es): | Oliveira, Cíntia Araújo |
Orientador: | Araújo, Orlando Luiz de |
Palavras-chave: | Multiplicity;Greek drama;Gêneros literários;Literatura grega;Análise do discurso |
Data do documento: | 2015 |
Instituição/Editor/Publicador: | www.teses.ufc.br |
Citação: | OLIVEIRA, Cíntia Araújo. Drama Tecido em Palavras: Multiplicidades de Helena no Teatro de Eurípides. 2015. 97f. – Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Letras, Fortaleza (CE), 2015. |
Resumo: | Helena, filha de Zeus, esposa de Menelau e mais bela entre as mortais, desperta atenção a partir da complexidade observada em suas representações na Literatura Antiga: símbolo de beleza e de transgressão, Helena é uma figura ambígua, ora apresentada como motivo maior da Guerra de Troia, ora revelada como vítima das vontades divinas. Helena, enquanto personagem, revela-se uma fonte de criação poética, permitindo muitas apresentações de sua figura nada simples, conforme podemos observar nas muitas Helenas de Eurípides, tragediógrafo grego do século V a.C., autor de peças como Troianas. Nessa obra, a bela mulher é rejeitada e reprovada pelas mulheres de Troia, por ter causado a guerra, a morte de vários heróis e a desgraça de inúmeras pessoas. Tanto a beleza física quanto a beleza das palavras de Helena, quando ela se apresenta no drama, mostram a força persuasiva da personagem que se configura uma ameaça ao bom julgamento da verdade e da justiça. Já em Helena, outra tragédia de Eurípides, a inventividade do autor e a estrutura do drama permitem que a força dos argumentos apresentados pela personagem – amparados por uma versão do mito em que a filha de Zeus é completamente inocente, fiel e virtuosa – seja, mais uma vez, observada. Vernant (2011) e Brandão (1985) afirmam que a inventividade própria de Eurípides, acerca da criação de personagens e de suas falas dentro das tragédias, é efeito da influência sofista e retórica de seu tempo, e Baliff (2001) assegura a relação existente entre sedução, feminino e retórica, enquanto Mastronarde (2010) e Sansone (2012) chamam atenção para o desdobramento peculiar e específico do gênero dramático, que permite às personagens o desenvolvimento de habilidades linguísticas e a sofisticação argumentativa que situaria o drama como gênero de grande inovação na Literatura Grega. Nesta dissertação, portanto, objetivamos analisar as apresentações de Helena, situadas entre a inventividade do drama e a potencialidade dos discursos, de acordo com a multiplicidade que a personagem suscita e que parece ser o próprio desdobramento da criação poética e da multifacetada linguagem. |
URI: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/15894 |
Aparece nas coleções: | PPGLE- Dissertações defendidas na UFC |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
2015_dis_caoliveira.pdf | 1,03 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.