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http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/76474
Tipo: | Tese |
Título : | Poética e poesia de Nuno Júdice nos anos 1970: as dimensões formadoras do corpo errante do poeta |
Autor : | Guedes, Juliana Braga |
Tutor: | Fernandes, Geraldo Augusto |
Palabras clave en portugués brasileño: | Poesia portuguesa;Nuno Júdice;Poesia de 1970;Narratividade;Pintura;Paisagem;Corpo errante |
Palabras clave en inglés: | Portuguese poetry;1970’s poetry;Narrativity;Painting;Landscape;Errant body |
Áreas de Conocimiento - CNPq: | CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS |
Fecha de publicación : | 2024 |
Citación : | GUEDES, Juliana Braga. Poética e poesia de Nuno Júdice nos anos 1970: as dimensões formadoras do corpo errante do poeta. Orientador: Geraldo Augusto Fernandes. 2024. 208 f. Tese (Doutorado em Letras) - Programa de Pós-graduação em Letras, Centro de Humanidades, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2024. |
Resumen en portugués brasileño: | Geralmente, discute-se um autor abarcando os seus textos mais conhecidos. Existe até mesmo uma tendência a analisar o ofício do escritor em sua fase mais madura. Ademais, quando apresenta produções que contemplam diferentes gêneros, percebe-se uma inclinação de estudiosos para as obras narrativas do autor. Entretanto, na contramão de tudo isso, esta tese trabalha com começos e com o gênero lírico também. Ela examina as obras de poesia principiantes do poeta português Nuno Júdice destacando que a atividade literária inicial deste escritor não corresponde a um começo qualquer. Ela ocorre na década de 1970 em Portugal. Um período peculiar para a nação portuguesa que modifica não apenas a história do país, mas o cenário da poesia local também. Este estudo de tese analisa prioritariamente três dimensões verificadas como linhas de meditação recorrentes em Nuno Júdice: a narratividade, a pintura e a paisagem que corroboraram para a formação de um corpo sui generis qualificado como errante. Contrário às funções biológicas padrões de um corpo humano, a corporalidade do escritor lusitano passa a conceber um novo uso tergiversando qualquer finalidade consensual. A metodologia utilizada buscou escrutinar cada uma das obras de poesia do autor publicadas nos anos 70. Em seguida, examinaram-se resenhas e ensaios de comentadores da época divulgados em periódicos e jornais portugueses. Depois, coletaram-se artigos, teses e dissertações de estudiosos posteriores que contemplaram em parte as primeiras obras do escritor português. Embora tenha-se constatado nesses trabalhos uma preferência maior pela poética do autor a partir da década de 80 em diante. Na sequência, colheram-se os temas de reflexão constante nos poemas de Júdice apontando para as dimensões mencionadas da narratividade, da pintura e da paisagem. Tais categorias estabeleceram a construção de um corpo sombrio e emancipado de suas funções físico-químicas. Como resultado a narratividade se constatou através da contagem de histórias no espaço do poema observando-se a presença de relações dialógicas com foco na intertextualidade. A pintura concebeu desdobramentos do processo ecfrástico examinando-se relações de convergência e de atrito entre os textos poéticos do autor português e as telas que o auxiliaram como meio para a criação artístico-verbal. A paisagem explorou o pensamento fenomenológico em torno dos elementos de devastação encontrados nos poemas. Por último, o corpo errante manteve-se alinhado à perspectiva fenomenológica e proporcionou um novo ponto de vista sobre o tema da corporalidade colocando-se à margem, por exemplo, da tendência usual do erotismo. Por fim, percebeu-se que o leitor dos dias de hoje parece não demonstrar tanto interesse assim pela fluidez intensa do universo poético de Nuno Júdice devido ao consumo instantâneo da produção de poesia no meio digital intermediada pelas redes sociais. Para uma leitura do mundo particular deste poeta português interessa se debruçar sobre as pequenas peças exibidas pelas vozes poemáticas. As imagens narrativas apresentadas nos poemas judicianos enfadam somente o leitor desatento ou preguiçoso que muitas vezes termina de ler o poema, não consegue visualizar nada e deixa de lado o exercício hermenêutico de aprendizagem humana da expressão lírica. |
Abstract: | Generally, an author is often discussed by encompassing their most well-known texts. There's even a tendency to analyze the writer's craft in their mature phase. Moreover, when presenting works that span different genres, scholars tend to focus on author’s narrative works. However,, this dissertation studies the beginnings and the lyrical genre as well. It examines the early poetry works of Portuguese poet Nuno Júdice, highlighting initial literary activity not just any beginning. It occurs in the 1970s in Portugal, a peculiar period for Portuguese nation that not only alters the country's history, but also local poetry scene. This work primarily analyzes three dimensions identified as recurring lines of thought in Nuno Júdice: narrativity, painting, and landscape, which contributed to the formation of a sui generis body qualified as errant. Contrary to the standard biological functions of a human body, embodiment of the lusitanian writer begins to conceive a new use, deviating from any consensual purpose. The methodology aimed to scrutinize each of the poet's poetry works published in the 1970s, alongside with reviews and essays by commentators of that time published in Portuguese periodicals and newspapers. Subsequently, articles, theses, and dissertations by later scholars that partly considered the early works of the Portuguese writer were collected. Although these works showed a greater preference for the author's poetics from the 1980s onwards. Following this, the constant themes in Júdice's poems were collected, pointing to the mentioned attributes of narrativity, painting, and landscape. These categories established the construction of a dark and emancipated body from its physicochemical functions. As results, narrativity was observed through storytelling within the poem's space, noting the presence of dialogical relationships focusing on intertextuality. Painting gave rise to developments in the ekphrastic process, examining convergences and frictions between the Portuguese author's poetic texts and the paintings that aided him in artistic-verbal creation. The landscape explored phenomenological thinking around the elements of devastation found in the poems. Lastly, the errant body remained aligned with the phenomenological perspective and provided a new viewpoint on the theme of embodiment, standing apart, for example, from the usual trend of eroticism. Finally, it was noted that today's readers seem less interested in the intense fluidity of Nuno Júdice's poetic universe due to the instant consumption of poetry in the digital age promoted by social media. For a reading of this Portuguese poet's unique world, it is important to focus on the small pieces presented by the poetic voices. The narrative images presented in judicean poems only annoy the inattentive or lazy reader, who often finishes reading the poem, sees nothing in it, and leaves aside the hermeneutic exercise of human learning from lyrical expression. |
URI : | http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/76474 |
ORCID del autor: | https://orcid.org/0000-0003-4834-2248 |
Lattes del autor: | http://lattes.cnpq.br/5448260405952149 |
ORCID del tutor: | https://orcid.org/0000-0003-0526-3953 |
Lattes del tutor: | http://lattes.cnpq.br/3081836249489094 |
Derechos de acceso: | Acesso Aberto |
Aparece en las colecciones: | PPGLE - Teses defendidas na UFC |
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