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dc.contributor.authorViegas, Ana Patrícia da Silva Mendes Paton-
dc.contributor.authorGondim, Silvana Fernandes Rodrigues-
dc.date.accessioned2020-01-22T16:00:14Z-
dc.date.available2020-01-22T16:00:14Z-
dc.date.issued2012-
dc.identifier.citationVIEGAS, Ana Patrícia da Silva Mendes Paton; GONDIM, Silvana Fernandes Rodrigues. Projeto Um Novo Tempo: protagonismo juvenil para a construção da cultura de paz. In: MATOS, Kelma Socorro Alves Lopes de (org.). Cultura de paz, ética e espiritualidade III. Fortaleza, CE: Edições UFC, 2012. p. 111-124.pt_BR
dc.identifier.isbn978-85-7282-530-6-
dc.identifier.urihttp://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/49544-
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.publisherEdições UFCpt_BR
dc.subjectCultura de pazpt_BR
dc.subjectJuventude - Pesquisapt_BR
dc.subjectAmbiente escolarpt_BR
dc.titleProjeto Um Novo Tempo: protagonismo juvenil para a construção da cultura de pazpt_BR
dc.typeCapítulo de Livropt_BR
dc.description.abstract-ptbrO culto à juventude no mundo pós-moderno ocidental é uma realidade. Os aparelhos midiáticos em sua incessante produção enaltecem o valor da juventude como ideal a ser perseguido, desde sua característica de vigor e energia diante da vida, até ao inalcançável desejo de permanecer jovem (MATOS, 2003), muitas vezes com posturas obsessivas e doentias, tornando a entropia biológica fator de profundo mal-estar e frustração, gerando entropias psíquicas e existenciais. A cultura narcisista e a cultura subjetivista pós-moderna contribuem decisivamente para que o imaginário coletivo Iegitime a ideia de que a juventude por si só possui o poder de realização pessoal. Paradoxalmente, a juventude configura-se como uma das mais conflitantes fases da vida, um fenômeno biopsicossocial que carreia sentimentos contraditórios, fruto das mudanças e demandas frenéticas que ocorrem em nível físico, psíquico, social e cultural. Mas o conceito de juventude e o tratamento a ela dispensado nem sempre foi assim. A ideia da juventude surgiu no capitalismo pela necessidade da burguesia preparar seus rebentos para a vida adulta, permitindo-lhes um processo de transição que os dotassem de ferramentas para conservar o capital cultural e o capital monetário de cus agrupamentos familiares (BOURDIEU, 1998). Forçoso, portanto, é questionar: qual o motivo de tanto interesse no fenômeno juventude no mundo pós-moderno e qual o conceito de juventude que subsidia toda essa atenção? A pergunta é norteadora tendo em vista que não existe apenas uma juventude ou apenas uma cultura juvenil. Várias são as juventudes e consequentemente a maneira de produzir e expressar sua cultura. Segundo a United Nation Educational, Scientific and Cultural Organization - UNESCO (2007), não existe somente um tipo de juventude, mas grupos juvenis que constituem um conjunto heterogêneo, com diferentes parcelas de oportunidades, dificuldades, facilidades e poder nas sociedades (ABRAMOVAYE ESTEVES, 2007). Nesse sentido, a juventude, por definição, é uma construção social (ABRAMOVAYE ESTEVES, 2007, MATOS, 2003), ou seja, a produção de uma determinada sociedade, originada a partir das múltiplas formas como ela vê os jovens, produção na qual se conjugam, entre outros fatores, estereótipos, momentos históricos, múltiplas referências, além de diferentes e diversificadas situações de classe, gênero, etnia, grupo etc. E se as juventudes são construções sociais elas o são a partir do olhar do adulto, em sociedades adultocratas (ABRAMOVAYE ESTEVES, 2007) que muito embora cultuem o jovem, o fazem em uma perspectiva superficial e estigmatizadora. A perspectiva dúbia e superficial como é vista a juventude permite que a mesma seja tratada como elemento secundário no estabelecimento e concretização das políticas públicas e, segundo Abramo (1994; MATOS, 2003 ), invisibilizando essa importante parcela da população, tornando-a alvo fácil, e contribuindo no aumento das estatísticas dos grupos em situação de vulnerabilidade social.[...]pt_BR
Aparece nas coleções:PPGEB - Capítulos de livro

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