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Type: Dissertação
Title: Avaliação do autocuidado de pacientes após transplante cardíaco acompanhado na consulta de enfermagem
Authors: Custódio, Ires Lopes
Advisor: Lima, Francisca Elisângela Teixeira
Keywords: Transplante de Coração;Autocuidado
Issue Date: 2012
Citation: CUSTÓDIO, I. L. Avaliação do autocuidado de pacientes após transplante cardíaco acompanhado na consulta de enfermagem. 2012. 137 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) - Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, 2012.
Abstract in Brazilian Portuguese: O transplante cardíaco é uma modalidade terapêutica de alta complexidade e exige do enfermeiro uma assistência específica, com qualidade, tendo como foco o autocuidado, uma vez que possibilita o envolvimento do paciente de maneira participativa no tratamento. Teve-se como objetivo geral avaliar o autocuidado de pacientes que realizaram transplante cardíaco, baseado no Modelo do Autocuidado de Orem. E como específicos: identificar os fatores condicionantes que interferem na prática do autocuidado de paciente transplantado cardíaco após a alta hospitalar; verificar os déficits de autocuidado de pacientes adultos que realizaram transplante cardíaco; e correlacionar os fatores condicionantes com o Perfil de Engajamento do Autocuidado. Trata-se de um estudo descritivo-analítico, com delineamento transversal e natureza quantitativa, desenvolvido na Unidade de Transplante e Insuficiência Cardíaca de um hospital público terciário da cidade de Fortaleza-Ceará-Brasil. A amostra foi composta por 63 pacientes transplantados cardíacos, que atenderam aos critérios de inclusão. A coleta de dados foi realizada mediante uma entrevista individualizada, no período de outubro a dezembro de 2011. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa, sob protocolo do CEP/HM: 109/11. Como resultados dos fatores condicionantes, obteve-se: sexo masculino (88,9%); a idade variou de 23 a 72 anos, predominando de 40 a 59 anos (68,3%); cor da pele não-branca (74,6%), católico (81,0%); casado (77,8%); procedentes do interior do estado (49,2%); nível de escolaridade-ensino fundamental (71,4%); aposentado ou não trabalha (82,5%); renda de até um salário mínimo (47,6%); miocardiopatia chagásica (28,6%); tempo pós-transplante entre um e três anos (39,7%). Em relação ao autocuidado do requisito universal, têm-se como déficit os seguintes dados: oxigenação/respiração (26,9%); higiene pessoal (31,7%); higiene do ambiente domiciliar (47,6%); ingestão de líquidos (39,6%); ingestão de alimentos (68,8%); eliminações (20,6%); prática de exercício físico (87,3%); sono e repouso (79,3%); interação social (90,4%); comportamento emocional (58,7%); prevenção de doença/promoção da saúde (77,7%); tabagismo (1,58%); etilismo (3,17%); prática sexual (61,9%); prevenção do câncer (60,3%). Quanto ao autocuidado do requisito desenvolvimental, apresentou os seguintes déficits: participação das atividades educativas (39,6%); adaptação às mudanças após transplante cardíaco (34,9%). E ao requisito desvio de saúde, têm-se os seguintes déficits: comparecimento às consultas da equipe de saúde (41,2%); imunização básica (100%); uso de máscara descartável (46%); contato com pessoas e animais domésticos (38%); e conhecimento (20,6%). O Perfil de Engajamento do Autocuidado variou de 88 a 113, constatando-se que a maioria dos pacientes apresentou algum déficit de autocuidado, pois 57,1% estavam na classe que “frequentemente realizava autocuidado”. No entanto, embora nenhum paciente realizasse 100% das práticas de autocuidado recomendadas para o transplantado cardíaco, 42,9% sempre realizavam o autocuidado. Conclui-se que os pacientes transplantados cardíacos apresentam déficit de autocuidado para manutenção e promoção da saúde. Portanto, é necessário que os profissionais da equipe de transplante cardíaco estejam atentos para os fatores condicionantes do autocuidado dos pacientes transplantados cardíacos, visando estabelecer estratégias para redução do déficit de autocuidado.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/3993
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