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http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/31924
Tipo: | Tese |
Título : | A compreensão de verbos psicológicos por crianças falantes do português brasileiro com idade entre 3 e 8 anos |
Autor : | Alves, Ana Paula Martins |
Tutor: | Soares, Maria Elias |
Palabras clave : | Verbos psicológicos;Aquisição da linguagem;Estrutura Argumental;Rastreamento ocular |
Fecha de publicación : | 2018 |
Citación : | ALVES, Ana Paula Martins. A compreensão de verbos psicológicos por crianças falantes do português brasileiro com idade entre 3 e 8 anos. 2018. 209f. Tese (Doutorado) - Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Linguística, Fortaleza (CE), 2018. |
Resumen en portugués brasileño: | Nossa investigação se desenvolveu na perspectiva da compreensão da linguagem, considerando que é possível chegar a determinados resultados, em estudos com crianças pequenas, por meio de tarefas de compreensão de sentenças. Assim, assumindo uma concepção de aquisição da linguagem pautada nos pressupostos gerativistas e considerando as postulações do bootstrapping semântico, esta tese investigou como crianças, em diferentes estágios de aquisição da linguagem, evidenciam a compreensão de verbos psicológicos e sua Estrutura Argumental por meio do Paradigma do Mundo Visual. Partimos do pressuposto de que, dentre um conjunto de itens lexicais disponíveis à aquisição, os verbos psicológicos são complexos à aquisição da linguagem, tendo em vista suas características inerentes, tais como designar um estado, uma condição ou uma situação. Nossa compreensão de verbo psicológico fundamentou-se na concepção apresentada por Cançado (1995), que define os verbos psicológicos como predicados que denotam um estado emocional e que mapeiam, obrigatoriamente, em sua Estrutura Argumental, um argumento Experienciador. Esta pesquisa teve por escopo investigar como crianças em processo de aquisição da linguagem compreendem a grade temática de verbos psicológicos e, consequentemente, reagem ao mapeamento argumental de tais verbos, mais especificamente, ao papel temático de Experienciador, e sua alternância de posição sintática. Para tanto, desenvolvemos um estudo experimental, composto por três tarefas, com a participação de 72 crianças, com idade entre 3 e 8 anos, e utilizamos duas técnicas experimentais: Fixação Preferencial do Olhar Intermodal e Rastreamento Ocular. A primeira tarefa experimental objetivou analisar o custo cognitivo no processamento de verbos psicológicos de sentimento. A segunda tarefa teve por escopo examinar a compreensão dos papéis temáticos nas posições sintáticas de sujeito e de objeto de verbos psicológicos das classes Temer, Preocupar, Acalmar e Animar, e de verbos de Ação. A terceira tarefa objetivou analisar a compreensão dos verbos que nomeiam as classes definidas por Cançado (1995). Os resultados revelaram que, de fato, os verbos psicológicos são mais custosos para o processamento cognitivo realizado por crianças de 3 a 8 anos, uma vez que todos os verbos analisados demonstraram custo de processamento mais alto que os verbos de Ação. Os dados evidenciaram que a alternância de posição sintática do papel temático de Experienciador é característica relevante para a compreensão de verbos psicológicos por parte de crianças em processo de aquisição da linguagem. No que diz respeito à compreensão dos papéis temáticos em posição sintática de sujeito e de objeto de verbos psicológicos, os dados evidenciaram que o aspecto “mais causativo” presente no papel temático do argumento externo, em posição sintática de sujeito, torna menos acessível a compreensão do Experienciador, em posição sintática de objeto. Por fim, os dados revelaram que, embora os verbos psicológicos da classe Preocupar sejam mais recorrentes na língua portuguesa, segundo Cançado (1995), estes, por apresentarem o Experienciador na posição sintática de objeto, demandam maior custo de processamento para as crianças com idade entre 3 e 6 anos. Concluímos, pois, que, já com 3 anos de idade, as crianças evidenciam compreender os verbos psicológicos, embora estes ainda estejam em processo de aquisição. Ademais, concluímos que os verbos psicológicos demandam alto custo de processamento para crianças com idade entre 3 e 6 anos. |
Abstract: | Our research was developed from the perspective of language comprehension, considering that it is possible to reach certain results, in studies with young children, through sentence comprehension tasks. Thus, assuming a conception of language acquisition based on generative assumptions and considering the semantic bootstrapping propositions, this thesis investigated how children, in different stages of language acquisition, evidence the understanding of psychological verbs through the Visual World Paradigm. We start from the assumption that, among a set of lexical items available for the acquisition of children, psychological verbs are complex to the acquisition of language, considering their inherent characteristics, such as designating a state, a condition or a situation. Our understanding of the psychological verb was based on the conception presented by Cançado (1995), which defines the psychological verbs as predicates that denote an emotional state and that map, obligatorily, in its argumentative structure, an Experiencer argument. The purpose of this research was to investigate how children in the process of language acquisition comprehend the thematic grid of psychological verbs and, consequently, react to the argumental mapping of such verbs, more specifically, the thematic role of experiencer, and their alternation of syntactic position. To do so, we developed an experimental study, composed of three tasks, with the participation of 72 children, aged between 3 and 8 years old, and we used two experimental techniques: Intermodal Preference Looking Paradigm and Eye Tracking. The first experimental task was to analyze the cognitive cost in the processing of psychological verbs of feeling. The second task was to examine the understanding of the thematic roles in the subject and object syntactic positions of psychological verbs of the Fear, Frighten, Calm and Animate classes, and of action verbs. The third task was to analyze the comprehension of the verbs that they name the classes defined by Cançado (1995). The results revealed that, in fact, psychological verbs are more costly for cognitive processing performed by children from 3 to 8 years old, since all the verbs analyzed showed a higher processing cost than the action verbs. The data showed that the alternation of the syntactic position of Experiencer's thematic role is a relevant characteristic for the understanding of psychological verbs by children in the process of language acquisition. With respect to the understanding of thematic roles in the syntactic position of subject and object of psychological verbs, the data showed that the causative aspect present in the thematic role of the external argument, in the syntactic position of the subject, makes the understanding of the Experiencer, in syntactic object position, less accessible. Finally, the data revealed that, although the psychological verbs of the Frighten class are more recurrents in the Portuguese language, according to Cançado (1995), these, because they present the Experiencer in the syntactic object position, demand a higher processing cost for children with age between 3 and 6 years old. We conclude that, at the age of 3 years, the children evidenced to understand the psychological verbs, although these are still in the process of acquisition. In addition, we conclude that psychological verbs require a high processing cost for children aged 3 to 6 years. |
URI : | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/31924 |
Aparece en las colecciones: | PPGL - Teses defendidas na UFC |
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