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http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/22950
Tipo: | Artigo de Evento |
Título : | A casa de fazenda do umbuzeiro. O único testemunho setecentista da conquista do sertão cearense. |
Autor : | Jucá Neto, Clovis Ramiro |
Palabras clave : | Casa de fazenda |
Fecha de publicación : | 2015 |
Citación : | JUCÁ NETO, C. R.(2015) |
Resumen en portugués brasileño: | O Ceará foi tardiamente ocupado. Somente no século XVIII, o território foi percorrido de norte a sul, de leste a oeste por boiadeiros que expulsos do litoral açucareiro partiram em busca de novas pastagens. A atividade da pecuária atribuiu sentido e conteúdo à Capitania durante o setecentos. Na trilha da conquista, os representantes da Igreja e do Estado português seguiram os primeiros desbravadores. Somente passado o medo do sertão, do agreste, os colonizadores fixaram-se na região, construindo as primeiras casas de fazendas e raramente uma pequena ermida. A fazenda de gado foi a realização mais significativa da organização socioeconômica e espacial da ocupação setecentista da Capitania do Ceará. O programa das fazendas de gado do sertão invariavelmente prendia-se às necessidades produtivas do criatório. Ele era composto pela casa da fazenda, currais, o cercado para agricultura de subsistência; em algumas um açude – na maioria das vezes bem pequeno – raramente uma capela e picadas que interligam a casa de fazenda a outras ou aos povoados e vilas mais próximas. As casas de fazenda, dispersas no sertão, se constituíram como os primeiros pontos de fixação no território. Estavam localizadas em locais estratégicos dos caminhos das boiadas e em seus entornos organizaram-se as primeiras povoações cearenses. A arquitetura da casa de fazenda de gado é significativa para o Ceará por ser a manifestação exata da materialidade construída dos primórdios da ocupação e fixação no território. Juntamente com as vilas setecentistas criadas pelos portugueses e algumas poucas povoações, estas casas de fazenda e as raras capelas, modificaram suavemente, sem grandes alardes, a paisagem natural do sertão. No sertão do Ceará, a casa de fazenda foi a primeira sede do povoamento, a sede das sesmarias, da unidade familiar, da atividade produtiva, da vida política local, da autoridade, do poder, de toda autarquia sertaneja e suas famílias com poderes quase que absolutos e da rede de mandos e desmandos que pautou a organização territorial. Foram locais de moradia, passagem, acesso e terminais da atividade criatória. O presente artigo tenciona apresentar a casa do Umbuzeiro tida como o único exemplar das casas de fazenda do século XVIII que resistiu ao tempo no sertão. As demais casas de fazenda ainda existentes no Ceará foram construídas ou alteradas no século XIX. A casa do Umbuzeiro está localizada no município de Aiuaba, no sertão dos Inhamuns no centro oeste do Ceará, a três quilômetros da cidade de Aiuaba, nas margens do riacho do Umbuzeiro. Como fruto da terra, a casa de fazenda do Umbuzeiro é uma genuína construção representativa dos primórdios da ocupação do espaço territorial da capitania diretamente associada à economia da pecuária. Um verdadeiro testemunho, documento material dos primórdios da ocupação do território. A sua materialidade é expressão social da árdua conquista da região sertaneja. A arquitetura é extremamente simples, tanto do ponto de vista da solução funcional e plástica como de sua construção, não podendo ser medida pela opulência e arroubos formais. Como verdadeira casa forte, sua principal função era o abrigo e a defesa frente aos embates dos sesmeiros por posse de terra e à resistência indígena à conquista. Analisamos a sua importância social, o sistema construtivo, os materiais empregados, o programa, os seus aspectos formais, plantas, cortes, fachadas, fotografias atuais e antigas. A construção em sua dimensão social e técnica foi o índice preciso da relação do homem com meio. |
Descripción : | JUCÁ NETO, C. R.. A casa de fazenda do Umbuzeiro. In: Seminário Íbero Americano Arquitetura e Documentação, 4., 2015, Belo Horizonte. Arquitetura e Documentação. Belo Horizonte: UFMG, 2015. v. 1. p. 1-30. |
URI : | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/22950 |
Aparece en las colecciones: | DAUD - Trabalhos apresentados em eventos |
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