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Tipo: Dissertação
Título: A identidade profissional de professoras da Educação Básica: sentidos e significados atribuídos à docência
Autor(es): Guimarães, Marília Duarte
Orientador: Ribeiro, Luís Távora Furtado
Palavras-chave: Identidade Profissional;Gênero e Educação;Autobiografia
Data do documento: 2018
Citação: Guimarães, Marília Duarte. A identidade profissional profissional de professoras da Educação Básica: sentidos e significados atribuídos à docência - UFC. 2018. 107f. - Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Educação Brasileira, Fortaleza (CE), 2018.
Resumo: Este trabalho investiga a constituição identitária de professoras da Educação Básica a partir de sentidos e significados atribuídos à docência. Partimos do lugar de mulher que as professoras ocupam no mundo, bem como suas histórias de vida, seus desejos e escolhas de profissão como constituidores de sua identidade docente. Compreender a identidade profissional exige entender as relações entre indivíduo, sociedade e trabalho. Desse modo, elegemos o gênero como uma categoria histórica analítica (SCOTT, 1990; SAFIOTI 2005) para discutir aspectos do trabalho docente, uma vez que o magistério está diretamente relacionado à divisão do trabalho e às relações patriarcais, de sexo e de classe. Para entender como se formam e se constituem as professoras enquanto profissionais, recorremos ao sentido e ao significado do fazer e ser professora, a partir da perspectiva sócio-histórica do homem apresentado por Vigotski (2004; 2001; 2005) para compreendermos a formação da consciência. Mobilizar memórias e trajetórias de mulheres docentes é reconhecer que suas percepções são constituídas pela dialética entre objetividade e subjetividade e que, portanto, a formação e profissionalização estão relacionadas aos fatores de organização dos grupos e papéis assumidos à luz do passado de cada sujeito. Por esta razão, nosso estudo é fundamentado teórico e metodologicamente pelo materialismo histórico dialético, que compreende a Identidade Profissional Almeida (1998), Gatti (1996), Pimenta (2002; 2010) Dubar (1997) Nóvoa (1995; 2000) e seus significados como constituições fundamentalmente culturais, encontradas nas relações sociais que o indivíduo mantém com o mundo exterior. Utilizamos narrativas (auto)biográficas como fonte de coleta de dados da pesquisa que tem como sujeitos duas professoras da Educação Básica do Jangurussu. A partir de uma abordagem qualitativa e da análise de prosa (ANDRÉ, 1983), nosso estudo constata que a escolha pela docência das professoras foi na verdade a única opção de profissão possível para mulheres que tiveram espaços e recursos financeiros limitados, aliado à necessidade de trabalhar em tempo parcial, pois necessitavam cuidar da casa e dos filhos. O tornar-se docente esteve diretamente ligado à prática em sala de aula, pois as professoras do Jangurussu já eram professoras antes de se tornarem profissionais graduadas. Conhecer a realidade social na qual a escola está inserida possibilitou a constituição identitária das professoras, assim como a mudança de suas concepções de ensino e de educação, constatando a teoria de que é do mundo do trabalho que se elevam todas as formas de consciência.
Abstract: Este trabajo investiga la constitución identitaria de profesoras de la Educación Básica a partir de sentidos y significados atribuidos a la docencia. Partimos del lugar de mujer que las profesoras ocupan en el mundo, así como sus historias de vida, sus deseos y elecciones de profesión como constituyentes de su identidad docente. Comprender la identidad profesional exige entender las relaciones entre individuo, sociedad y trabajo. De este modo, elegimos el género como una categoría histórica analítica (SCOTT, 1990; SAFIOTI 2005) para discutir aspectos del trabajo docente, una vez que el magisterio está directamente relacionado a la división del trabajo ya las relaciones patriarcales, de sexo y de clase. Para entender cómo se forman y se constituyen las profesoras como profesionales, recurrimos al sentido y al significado del hacer y ser profesora, a partir de la perspectiva socio-histórica del hombre presentado por Vigotski (2004; 2001; 2005) para comprender la formación de la conciencia . Movilizar memorias y trayectorias de mujeres docentes es reconocer que sus percepciones están constituidas por la dialéctica entre objetividad y subjetividad y que por lo tanto la formación y profesionalización están relacionadas a los factores de organización de los grupos y roles asumidos a la luz del pasado de cada sujeto. Por esta razón, nuestro estudio es fundamentado teórico y metodológicamente por el materialismo histórico dialéctico, que comprende la Identidad Profesional Almeida (1998), Gatti (1996), Pimenta (2002; 2010) Dubar (1997) Nóvoa (1995; 2000) y sus significados como constituciones fundamentalmente culturales, encontradas en las relaciones sociales que el individuo mantiene con el mundo exterior. Utilizamos narrativas (auto) biográficas como fuente de recolección de datos de la investigación que tiene como sujetos dos profesoras de la Educación Básica del Jangurussu. A partir de un abordaje cualitativo y del análisis de prosa (ANDRÉ, 1983), nuestro estudio constata que la elección por la docencia de las profesoras fue en realidad la única opción de profesión posible para mujeres que tuvieron espacios y recursos financieros limitados, aliado a la necesidad de trabajar a tiempo parcial, pues necesitaban cuidar de la casa y de los hijos. El convertirse en docente estuvo directamente ligado a la práctica en el aula, pues las profesoras de Jangurussu ya eran profesoras antes de convertirse en profesionales graduadas. Conocer la realidad social en la cual la escuela está insertada posibilitó la constitución identitaria de las profesoras, así como el cambio de sus concepciones de enseñanza y de educación, constatando la teoría de que es del mundo del trabajo que se elevan todas las formas de conciencia.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/38333
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