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http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/78087
Type: | Dissertação |
Title: | Rede de atenção psicossocial na pandemia de COVID-19: implicações da emergência sanitária na atenção à saúde mental na perspectiva de gestores e trabalhadores de Fortaleza |
Authors: | Pinheiro, Amanda |
Advisor: | Araújo, Carmem Emmanuely Leitão |
Co-advisor: | Amaral, Carlos Eduardo Menezes |
Keywords in Brazilian Portuguese : | Serviços de Saúde Mental;Atenção à Saúde;COVID-19 |
Keywords in English : | Mental Health Services;Delivery of Health Care;COVID-19 |
Knowledge Areas - CNPq: | CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA::SAUDE PUBLICA |
Issue Date: | 2024 |
Citation: | PINHEIRO, Amanda. Rede de atenção psicossocial na pandemia de COVID-19: implicações da emergência sanitária na atenção à saúde mental na perspectiva de gestores e trabalhadores de Fortaleza. 2024. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2024. Disponível em: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/ 78087. Acesso em: 06 set. 2024. |
Abstract in Brazilian Portuguese: | A articulação entre os dispositivos da Atenção Primária à Saúde (APS) e Atenção Especializada (AE) são potencializadores do cuidado integral, contínuo e coordenado na Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). A situação da pandemia por COVID-19 exigiu a reorganização dos serviços de saúde para o enfrentamento da doença, mas também da garantia de atendimento às outras demandas de saúde, tais como as necessidades de saúde mental da população. Esta pesquisa teve como objetivo compreender as implicações da pandemia de COVID-19 em serviços da RAPS de Fortaleza sob a ótica de gestores e trabalhadores. O estudo teve abordagem qualitativa da pesquisa em saúde. O cenário de pesquisa foi uma regional do município de Fortaleza, cidade considerada uma das principais portas de entrada para a Covid-19 no Brasil. A pesquisa de campo foi realizada em duas Unidades de Atenção Primária à Saúde (UAPS) e um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS Geral), onde 26 entrevistas semiestruturadas foram realizadas com trabalhadores da assistência e gestores do âmbito municipal, regional e de serviços. A análise de documentos foi utilizada como técnica de produção de dados complementar, analisando normas e recomendações públicas nacionais, estaduais e municipais para organização da APS e AE na RAPS no contexto da pandemia de COVID-19, entre março de 2020 a março de 2022. Para a análise, foi adotada a perspectiva hermenêutica-dialética como método de explicação da realidade. Os resultados foram organizados em: desafios da RAPS antecedentes à pandemia de Covid-19; implicações na atenção psicossocial em serviços de saúde mental territoriais durante a pandemia de Covid-19; desafios da RAPS na pandemia de Covid-19 e caminhos apontados para a reestruturação da rede no pós-pandemia. Desafios prévios da rede se agravaram no contexto de crise sanitária, inexistindo estratégias coordenadas eficazes para indicar o papel dos serviços de saúde mental durante a pandemia e/ou estimular uma atenção psicossocial. A centralidade na Covid-19 promoveu fragilização na continuidade do cuidado em saúde mental, acolhimento e atendimento à crise e novos usos de ferramentas remotas. A conjuntura indicou desatenção à política de saúde mental, gerando tensões acerca das prioridades dos serviços e desarticulação da rede. Para o pós-pandemia, mecanismos se tornam necessários ao fortalecimento da relação entre os dispositivos e do modelo de atenção psicossocial. A crise provocada pela pandemia de Covid-19 representou uma atualização da conjuntura de crises políticas e sanitárias já existentes, apontando a necessidade de incluir a saúde mental nos planos de contingência em situações de emergência, garantindo o suporte à população e aos trabalhadores da saúde, bem como articulação entre a rede de saúde e desta com outras políticas e setores voltados ao atendimento integral às necessidades e corresponsabilidade no cuidado. Assim, defende-se uma reconstrução da atenção psicossocial como modelo de investimento da gestão e das práticas dos trabalhadores, com a problematização do modelo manicomial que ainda permeia políticas, serviços e práticas. |
Abstract: | The articulation between Primary Health Care (PHC) and Specialized Care (SC) devices enhances comprehensive, continuous, and coordinated care within the Psychosocial Care Network. The COVID-19 pandemic required the reorganization of health services to address the disease and ensure the continued provision of other health services, including mental health needs. This research aimed to understand the implications of the COVID-19 pandemic on Psychosocial Care Network services in Fortaleza from the perspective of managers and workers. The study used a qualitative health research approach. The research setting was a region in the city of Fortaleza, one of the main entry points for COVID-19 in Brazil. Field research was conducted in two Primary Health Care Units and one Psychosocial Care Center, where 26 semi-structured interviews were conducted with care workers and managers at municipal, regional, and service levels. Document analysis was used as a complementary data production technique, analyzing national, state, and municipal public norms and recommendations for organizing PHC and SC in RAPS during the COVID-19 pandemic, from March 2020 to March 2022. For the analysis, the hermeneutic-dialectic perspective was adopted as a method for explaining reality. The results were organized into: challenges faced by Psychosocial Care Network before the COVID-19 pandemic; implications for psychosocial care in territorial mental health services during the COVID-19 pandemic; challenges for RAPS during the COVID-19 pandemic; and pathways indicated for restructuring the network in the post-pandemic period. Pre-existing challenges in the network worsened during the health crisis, with no effective coordinated strategies to define the role of mental health services during the pandemic and/or promote psychosocial care. The focus on COVID-19 weakened the continuity of mental health care, crisis reception, and the use of new remote tools. The situation highlighted neglect of mental health policy, generating tensions regarding service priorities and network disarticulation. For the post-pandemic period, stakeholders indicated necessary mechanisms to strengthen the relationship between devices and the psychosocial care model. The crisis caused by the COVID-19 pandemic represented an update of pre-existing political and health crises, pointing to the need to include mental health in contingency plans for emergency situations, ensuring support for the population and health workers, as well as the articulation between the health network and other policies and sectors aimed at comprehensive care needs and shared responsibility in care. Thus, a reconstruction of psychosocial care is advocated as an investment model for management and worker practices, challenging the asylum model that still permeates policies, services, and practices. |
URI: | http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/78087 |
Author's ORCID: | https://orcid.org/0000-0003-2263-9123 |
Author's Lattes: | http://lattes.cnpq.br/8000811394681487 |
Advisor's ORCID: | https://orcid.org/0000-0003-4322-8390 |
Advisor's Lattes: | http://lattes.cnpq.br/0808732576466792 |
Co-advisor's Lattes: | http://lattes.cnpq.br/8685066988118879 |
Access Rights: | Acesso Aberto |
Appears in Collections: | PPGSP - Dissertações defendidas na UFC |
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