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http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/77192
Tipo: | Dissertação |
Título : | Resistência antimicrobiana nas infecções primárias de corrente sanguínea na pandemia da Covid-19, o que mudou em um hospital do Nordeste do Brasil? |
Autor : | Xavier, Jonathan da Silva |
Tutor: | Leitão, Terezinha do Menino Jesus Silva |
Co-asesor: | Rodrigues, Jorge Luiz Nobre |
Palabras clave en portugués brasileño: | Coronavírus;Covid-19;Infecções Fúngicas Invasivas;Infecção Hospitalar;Farmacorresistência Bacteriana;SARS-CoV-2 |
Palabras clave en inglés: | Coronavirus;Covid-19;Invasive Fungal Infections;Cross Infection;Drug Resistance, Bacterial;SARS-CoV-2 |
Áreas de Conocimiento - CNPq: | CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA::SAUDE PUBLICA |
Fecha de publicación : | 2024 |
Citación : | XAVIER, Jonathan da Silva. Resistência antimicrobiana nas infecções primárias de corrente sanguínea na pandemia da Covid-19, o que mudou em um hospital do Nordeste do Brasil. 2024. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) – Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2024. Disponível em: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/ 77192. Acesso em: 09 jul. 2024. |
Resumen en portugués brasileño: | A Covid-19 é uma infecção respiratória aguda causada pelo SARS-CoV-2, um betacoronavírus descoberto na cidade de Wuhan, China, em dezembro de 2019. A elevada transmissibilidade dessa patologia infecciosa, a extensão do acometimento e gravidade dos casos resultaram na maior pandemia vista em 100 anos. Durante a pandemia por Covid-19, os longos períodos de internação, uso exacerbado de antimicrobianos e a dificuldade em seguir os protocolos estabelecidos, podem ter modificado o perfil dos microrganismos, o padrão de resistência e o desfecho clínico dos pacientes. Este estudo tem como objetivo investigar alterações no perfil de espécies bacterianas e fúngicas, assim como de resistência antibacteriana de infecções primárias de corrente sanguínea (IPCS), nos períodos da pandemia de Covid-19 (2020 a 2021) de pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), de um hospital referência para a doença em Fortaleza. Trata-se de um estudo transversal e analítico realizado através de revisão de prontuários, registros laboratoriais das UTIs e notificações de Infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) de 2018 a 2021. Os dados obtidos foram comparados entre os dois períodos: com o período pré-pandêmico (2018-2019) e pandêmico (2020-2021). Informações quanto à morbidade, tempo de internação e mortalidade nos dois períodos também foram investigados. Foram incluídos 136 pacientes, 94 admitidos durante a pandemia e 42 internados no período da pré-pandemia. A maioria dos pacientes foi do sexo masculino, com menor média de idade no grupo do período pandêmico (73 anos [desvio padrão - DP: 15,2] vs 64 anos [DP: 15,1]). Foram isoladas 94 bactérias (pré-pandemia 27; pandemia 67), sendo Pseudomonas aeruginosa mais frequente na pré-pandemia e Klebsiella pneumoniae na pandemia. Quanto aos 42 fungos isolados (pré-pandemia 13; pandemia 29), o mais frequente na pré-pandemia foi Candida albicans e na pandemia Candida tropicalis. Do total de isolados bacterianos, 94,68% apresentaram resistência a pelo menos um antibiótico, com média de resistência de 6,3 antibióticos (DP= 4; IC95%= 5,4 – 7,1). Na pré-pandemia a quantidade média de resistência foi de 4,8 (DP= 3,4) antibióticos por bactéria, já na pandemia essa média subiu para 7 (DP= 4,1) antibióticos. Houve diferença quanto à resistência bacteriana por classe de antibiótico, na pré-pandemia as classes mais frequentes foram: penicilinas (96%, n=28) e cefalosporinas de 2a geração (57,1%, n=28), já na pandemia foram: carbapenêmicos (115,5%, n=65) e cefalosporinas de 3a geração (86,1%, n=65). Não houve diferença estatística entre a quantidade de inserções de cateter venoso central (CVC) nos pacientes (p= 0,95). Pacientes com alguma comorbidade tiveram maior frequência de óbito (24%), mas sem significância estatística. Quanto ao tempo de internação na UTI não houve diferenças estatísticas, porém os pacientes internados por Covid-19 foram a óbito mais rapidamente quando associamos esse desfecho ao tempo de internamento (p= 0,005). O desfecho clínico óbito ocorreu com maior frequência no período da pandemia (p= 0,014), no entanto, não houve associação da mortalidade com o agente isolado, apesar dos óbitos terem ocorrido 16% a mais em pacientes infectados por bactérias (RP= 1,16). Em conclusão, foi perceptível as diferenças no perfil microbiano, de resistência aos antibióticos e no desfecho clínico dos pacientes. |
Abstract: | Covid-19 is an acute respiratory infection caused by SARS-CoV-2, a betacoronavirus discovered in the city of Wuhan, China, in December 2019. The high transmissibility of this infectious pathology, the extent of the involvement and severity of the cases resulted in the largest pandemic seen in 100 years. During the Covid-19 pandemic, the long periods of hospitalization, exacerbated use of antimicrobials and the difficulty in following established protocols may have modified the profile of microorganisms, the resistance pattern and the clinical outcome of patients. This study aims to investigate changes in the profile of bacterial and fungal species, as well as antibacterial resistance in primary bloodstream infections (BSI), during the Covid-19 pandemic (2020 to 2021) in patients admitted to the Intensive Care Unit (ICU) of a reference hospital for the disease in Fortaleza. This is a cross-sectional and analytical study carried out by reviewing medical records, ICU laboratory records and notifications of Healthcare-Related Infections (HAIs) from the Hospital Infection Control Service (HICS) from 2018 to 2021. The data obtained was compared between the two periods: the pre-pandemic period (2018-2019) and the pandemic period (2020-2021). Information on morbidity, length of stay and mortality in the two periods was also investigated. 136 patients were included, 94 admitted during the pandemic and 42 hospitalized in the pre-pandemic period. The majority of patients were male, with a lower average age in the pandemic period group (73 years [standard deviation - SD: 15,2] vs 64 years [SD: 15,1]). A total of 94 bacteria were isolated (pre-pandemic 27; pandemic 67), with Pseudomonas aeruginosa being more frequent in the pre-pandemic and Klebsiella pneumoniae in the pandemic. As for the 42 fungi isolated (pre-pandemic 13; pandemic 29), the most frequent in the pre-pandemic was Candida albicans and in the pandemic Candida tropicalis. Of all the bacterial isolates, 94.68% showed resistance to at least one antibiotic, with an average resistance of 6.3 antibiotics (SD= 4; 95%CI= 5.4 - 7.1). In the pre-pandemic the average amount of resistance was 4.8 (SD= 3.4) antibiotics per bacterium, while in the pandemic this average rose to 7 (SD= 4.1) antibiotics. There was a difference in bacterial resistance by class of antibiotic: in the pre-pandemic the most frequent classes were: penicillins (96%, n=28) and 2nd generation cephalosporins (57.1%, n=28), while in the pandemic they were: carbapenems (115.5%, n=65) and 3rd generation cephalosporins (86.1%, n=65). There was no statistical difference between the number of central venous catheter (CVC) insertions in the patients (p=0.95). Patients with some comorbidity had a higher frequency of death (24%), but without statistical significance. There were no statistical differences in terms of length of stay in the ICU, but patients admitted due to Covid-19 died more quickly when we associated this outcome with length of stay (p=0.005). The clinical outcome death occurred more frequently during the pandemic (p= 0.014), however, there was no association between mortality and the isolated agent, despite the fact that deaths occurred 16% more often in patients infected with bacteria (PR=1.16). In conclusion, the differences in the microbial profile, antibiotic resistance and clinical outcome of the patients were noticeable. |
URI : | http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/77192 |
Lattes del autor: | http://lattes.cnpq.br/5513132836990478 |
Lattes del tutor: | http://lattes.cnpq.br/1341610637039055 |
Lattes del co-asesor: | http://lattes.cnpq.br/3668522555656772 |
Derechos de acceso: | Acesso Aberto |
Aparece en las colecciones: | PPGSP - Dissertações defendidas na UFC |
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