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Tipo: Dissertação
Título: Biomarcadores endoteliais como preditores de óbito após infecção pelo Sars-Cov-2 em transplantados de órgãos
Autor(es): Lima, Paula Roberta de
Orientador: Freitas, Tainá Veras de Sandes
Coorientador: Meneses, Gdayllon Cavalcante
Palavras-chave em português: Covid-19;Biomarcadores;SARS-CoV-2
Palavras-chave em inglês: Covid-19;SARS-CoV-2;Biomarkers
CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA
Data do documento: 2023
Citação: LIMA, Paula Roberta de. Biomarcadores endoteliais como preditores de óbito após infecção pelo Sars-Cov-2 em transplantados de órgãos. 2023. 65 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Médicas) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2023. Disponível em: http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/76938. Acesso em: 23 maio 2024.
Resumo: Introdução: A infecção provocada pelo SARS-CoV-2 (Covid-19) tem elevada morbimortalidade entre pacientes imunossuprimidos. Ferramentas preditoras de desfechos são cruciais para direcionar o cuidado a esses pacientes. Dentre as variáveis preditoras, os biomarcadores têm papel fundamental e têm sido úteis em predizer mortalidade em pacientes imunocompetentes. Este estudo objetivou avaliar a capacidade preditiva de óbito dos biomarcadores de lesão endotelial em transplantados de órgãos sólidos (TOS) internados por Covid-19. Métodos: estudo de coorte prospectiva incluindo receptores de TOS de dois serviços de transplante de Fortaleza, Ceará, hospitalizados por Covid-19 entre Julho de 2020 e Julho de 2021. Foram incluídos pacientes com RT-PCR positivo para SARS-CoV-2 que necessitaram de hospitalização por Covid-19. Os biomarcadores de lesão endotelial avaliados foram VCAM- 1, syndecan-1 e angiopoietinas 1 e 2 (ANG-1 e ANG-2), colhidos no momento da admissão hospitalar. Os pacientes foram seguidos por 3 meses após o diagnóstico da Covid-19. Resultados: A amostra foi composta por 52 pacientes, 59,6% homens, com idade média de 56  14 anos, receptores de transplante renal (76,9%) de longa data (mediana de 6 anos, IIQ 1-11 anos). Vinte e nove (55,8%) pacientes foram a óbito. Não houve diferença entre os grupos de pacientes sobreviventes e aqueles que foram a óbito quanto aos biomarcadores ANG-1 (64,0  13,7 vs. 60,2  16,9 ng/mL, p=0,392), VCAM-1 (2.721  865 vs. 2.933  1.281 ng/mL, p=0,501) e syndecan-1 [343,0 (IIQ 113,6 - 463,0) vs. 515,2 (IIQ 173,0 - 4.102,3) ng/mL, p=0,194). No entanto, a média dos valores de ANG-2 (3,8 ± 2,3 vs. 6,0 ± 3,4 ng/mL, p=0,012), bem como a relação ANG-2/ANG-1 (0,06 vs. 0,08, p=0,009) foi significativamente maior entre aqueles pacientes que evoluíram com óbito. Na análise de regressão de cox multivariada, para avaliar associação de maneira independente a mortalidade, o syndecan-1 esteve relacionado. Pacientes que foram admitidos com níveis de syndecan-1 > 720ng/mL tiveram um hazard ratio de 10,9 (IC 95%: 2,428 – 49,344). Conclusão: Angiopoetina-2 foi associada com o óbito em pacientes TOS hospitalizados por Covid-19.
Abstract: Introduction: SARS-CoV-2 infection (Covid-19) poses a significant threat to immunosuppressed patients, resulting in elevated morbidity and mortality rates. To effectively manage the care of these patients, the use of outcome predictor tools is crucial. Biomarkers, among the predictive variables, play a vital role in predicting mortality in immunocompetent patients. This study aimed to assess the predictive capacity of endothelial injury biomarkers in solid organ transplant (SOT) patients hospitalized due to Covid-19. Methods: A prospective cohort study was conducted, including SOT recipients from two transplant services in Fortaleza, Ceará, who were hospitalized for Covid-19 between July 2020 and July 2021. Eligible patients were those with a positive RT-PCR for SARS-CoV-2 and required hospitalization for Covid-19. Endothelial injury biomarkers, including VCAM-1, syndecan-1, and angiopoietins 1 and 2 (ANG-1 and ANG-2), were evaluated at the time of hospital admission. Patients were followed for three months after the diagnosis of Covid-19. Results: The sample included 52 patients, with 59.6% being men, and a mean age of 56 ± 14 years. The majority of patients were long-term kidney transplant recipients (76.9%), with a median transplantation duration of 6 years (interquartile range: 1-11 years). Among the patients, 29 (55.8%) died. There were no significant differences in ANG-1 biomarker levels (64.0 ± 13.7 vs. 60.2 ± 16.9 ng/mL, p=0.392), VCAM-1 (2721 ± 865 vs. 2933 ± 1281 ng/mL, p=0.501), and syndecan-1 [343.0 (interquartile range: 113.6-463.0) vs. 515.2 (interquartile range: 173.0- 4102.3) ng/mL, p=0.194] between the groups of surviving and deceased patients. However, mean ANG-2 values (3.8 ± 2.3 vs. 6.0 ± 3.4 ng/mL, p=0.012), as well as the ANG-2/ANG-1 ratio (0.06 vs. 0.08, p=0.009), were significantly higher in patients who died. In the multivariate cox regression analysis, to independently assess the association with mortality, syndecan-1 was related. Patients who were admitted with syndecan-1 levels > 720ng/mL had a hazard ratio of 10.9 (95% CI: 2.428 – 49.344). Conclusion: Elevated levels of Angiopoietin-2 were associated with mortality in hospitalized solid organ transplant patients with Covid-19.
URI: http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/76938
ORCID do Orientador: https://orcid.org/0000-0002-4435-0614
Currículo Lattes do Orientador: http://lattes.cnpq.br/8033606057154785
ORCID do Coorientador: https://orcid.org/0000-0002-0160-5728
Currículo Lattes do Coorientador: http://lattes.cnpq.br/0184143027443731
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
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