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http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/76768
Type: | Tese |
Title: | Território, fronteira, campesinato: expansão da fronteira agrícola e resistência camponesa no norte do Tocantins, Brasil |
Title in English: | Territory, border, peasantry: expansion of the agricultural frontier and peasant resistance in the north of Tocantins, Brazil |
Authors: | Reinaldo, Thayssllorranny Batista |
Advisor: | Oliveira, Alexandra Maria de |
Keywords in Brazilian Portuguese : | Território;Fronteira;Campesinato;Conflito;Resistência;Norte do Tocantins |
Keywords in English : | Territory;Frontie;Peasantry;Conflict;Resistance;North of Tocantins |
Knowledge Areas - CNPq: | CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::GEOGRAFIA |
Issue Date: | 2024 |
Citation: | REINALDO, Thayssllorranny Batista. Território, fronteira, campesinato: expansão da fronteira agrícola e resistência camponesa no norte do Tocantins, Brasil. 2023. 324 f. Tese (Doutorado em Geografia) - Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2024. |
Abstract in Brazilian Portuguese: | A expansão da fronteira agrícola na Amazônia Legal contribuiu direta ou indiretamente para a criação do Estado do Tocantins em 1988. Uma estratégia política fundamental para a inserção de latifundiários e empresários capitalistas na modernização agrícola e tecnológica por meio do agronegócio e o enriquecimento de empresas produtoras de grãos e celulose para o mercado mundial, no século XXI. No processo, o Estado Neoliberal apoiou e incentivou políticas de expansão agrícola em terras camponesas. Os conflitos sociais com o campesinato regional (posseiros, ribeirinhos, assentados, quebradeiras de coco babaçu, comunidades tradicionais e povos originários) se estabeleceram, e a luta pela terra de trabalho, por dignidade e melhores condições de vida foi acrescida pela luta contra a opressão e expropriação camponesa decorrente do agronegócio no campo que impacta diretamente na fronteira do humano (MARTINS, 2009). O Norte do Tocantins, como fronteira agrícola capitalista, é território de produção de commodities, geradora de renda e acumulação de capital e como território camponês é espaço de luta, de vida e esperança, lugar de fartura e afetividade. O objetivo principal da tese foi analisar a reprodução do capital na região Norte do Tocantins a partir do estudo da fronteira agrícola como espaço do conflito e da resistência camponesa. A abordagem metodológica adotada foi a qualitativa, com ênfase em pesquisas bibliográfica, documental, trabalhos de campo e entrevistas semiestruturadas com as comunidades visitadas, no período de 2019 a 2022. Como resultado, a tese revelou a fronteira agrícola no Norte do Tocantins como um espaço de disputas e conflitos que se configuram pelos processos, denominados por Oliveira (1995), de monopolização do território e da territorialização dos monopólios, tendo como principais elementos de expansão do agronegócio a pecuária e a produção de soja e eucalipto sob territórios camponeses e indígenas, gerando conflitos e antagonicamente resistências. Com isso, ao mesmo tempo que a violência e o medo contribuem para a desarticulação das comunidades, endossa a sede de justiça e a vontade de lutar para permanecer na terra e nos territórios conquistados. A resistência do campesinato no Norte do Tocantins vai além da organização da comunidade em movimentos sociais, pois ela é cotidiana, na permanência nas áreas de conflitos, na reprodução dos modos de vida, nos conhecimentos repassados entre as gerações e na esperança de uma vida melhor. |
Abstract: | The expansion of the agricultural frontier in the Legal Amazon region played a significant role in the creation of the State of Tocantins in 1988, both directly and indirectly. This expansion was driven by a fundamental political strategy aimed at integrating landowners and capitalist entrepreneurs into agricultural and technological modernization, primarily through agribusiness. The objective was to enrich companies involved in the production of grains and pulp for the global market in the 21st century. During this process, the Neoliberal State actively supported and encouraged policies that promoted agricultural expansion on traditionally lands inhabited by peasants. Consequently, social conflicts emerged between the regional peasantry (including squatters, riverside dwellers, settlers, babassu coconut breakers, traditional communities, and indigenous peoples) and the powerful forces driving agribusiness. These conflicts revolved around issues of land access, dignity, and improved living conditions, as the peasants struggled against oppression and expropriation resulting from the expansion of agribusiness into the countryside. These struggles directly impacted the human frontier, where the boundaries of agricultural development clashed with the rights and livelihoods of local communities (MARTINS, 2009). The northern region of Tocantins, functioning as a capitalist agricultural frontier, served as a territory for commodity production, generating income, and capital accumulation. Simultaneously, it represented a space of struggle, life, and hope for the peasantry. It was a place of abundance and affection, where the peasantry fought against the encroachment of agribusiness and its associated interests. The primary objective of the thesis was to analyze the reproduction of capital in the northern region of Tocantins through the study of the agricultural frontier as a space of conflict and peasant resistance. The research employed a qualitative methodology, emphasizing bibliographical and documentary research, fieldwork, and semi-structured interviews with the visited communities between 2019 and 2022. The thesis findings revealed that the agricultural frontier in the north of Tocantins was marked by disputes and conflicts that were shaped by processes described by Oliveira (1995). These processes included the monopolization of territory and the territorialization of monopolies, with livestock, soy production, and eucalyptus plantations being central elements driving the expansion of agribusiness into peasant and indigenous territories. These dynamics created conflict and fueled opposing forms of resistance. While violence and fear contributed to the disintegration of communities, they also strengthened the peasants' thirst for justice and their determination to fight for their land and conquered territories. The resistance of the peasantry in the North of Tocantins extended beyond organized socio-territorial movements. It manifested in their daily lives, their persistence in conflict zones, the preservation of their ways of life, the transmission of knowledge across generations, and their hopes for a better future. |
URI: | http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/76768 |
Author's ORCID: | https://orcid.org/0000-0003-3372-4649 |
Author's Lattes: | http://lattes.cnpq.br/0067143843802969 |
Advisor's ORCID: | https://orcid.org/0000-0002-1698-5436 |
Advisor's Lattes: | http://lattes.cnpq.br/5468866578628283 |
Access Rights: | Acesso Aberto |
Appears in Collections: | DGR - Teses defendidas na UFC |
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