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Tipo: Dissertação
Título: Os que ficam, os que vão, os que voltam: o horror do indizível na literatura de Mariana Enriquez
Autor(es): Nunes, Matheus Picanço
Orientador: Bylaardt, Cid Ottoni
Palavras-chave em português: Fantástico;Gótico;Literatura latino-americana
Palavras-chave em espanhol: Fantástico;Gótico;Literatura latinoamericana
CNPq: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS
Data do documento: 2023
Citação: NUNES, Matheus Picanço. Os que ficam, os que vão, os que voltam: o horror do indizível na literatura de Mariana Enriquez. Orientador: Cid Ottoni Bylaardt. 2023. 108 f. Dissertação (Mestrado em Letras) - Programa de Pós-graduação em Letras, Centro de Humanidades, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2023.
Resumo: Mariana Enriquez, autora argentina nascida em 1973, é constantemente apontada como um dos maiores nomes da literatura contemporânea de horror. O fantástico e o gótico são elementos notáveis em sua ficção, imbricados à discussão de problemáticas sociais do contexto da América Latina, principalmente nas coletâneas Los peligros de fumar en la cama (2009) e Las cosas que perdimos en el fuego (2016). Observamos nessas escrituras a recorrência da figura do desaparecido em sua relação com a evocação de horrores sócio-históricos das ditaduras militares, marcadas pelo desaparecimento massivo de vítimas. Diante disso, nosso objetivo é analisar os contos La casa de Adela, Tela de araña, Bajo el agua negra, Cuando hablábamos con los muertos e Chicos que faltan — estando os três primeiros presentes em Las cosas que perdimos en el fuego no fogo e os dois últimos em Los peligros de fumar en la cama — sob a luz de discussões sobre literatura fantástica, gótica e testemunhal, buscando, a partir disso, propor o indizível como elemento de construção do horror. Valemo-nos principalmente da noção de retórica do indizível de Jean Bellemin-Noël (1971), bem como das reflexões de Irène Bessière (1985) e David Roas (2016) sobre a natureza subversiva da linguagem na literatura fantástica. Outrossim, o pensamento de Maurice Blanchot (1998; 2011) e Roland Barthes (2012) cruzam nosso estudo na discussão sobre a especificidade do texto literário. A partir daí, percebemos que o horror sócio-histórico evocado nas escrituras discutidas não está relacionado somente às relações de contiguidade estabelecidas com convenções do fantástico ou do gótico, mas também à natureza da linguagem no que tange à questão representacional do indivíduo desaparecido. Discussões sobre as novas configurações da literatura contemporânea latino-americana perfazem nosso estudo, levando-nos a aprofundar a possibilidade de uma leitura que considere as especificidades metalinguísticas desses textos.
Resumen: Mariana Enriquez, autora argentina nacida en 1973, es constantemente considerada como uno de los grandes nombres de la literatura de terror contemporánea. Lo fantástico y lo gótico son elementos notables en su ficción, entrelazados con la discusión de temas sociales en el contexto latinoamericano, especialmente en las colecciones Los peligros de fumar en la cama (2009) y Las cosas que perdimos em el fuego (2016). En nuestro estudio observamos en estos escritos la recurrencia de las figuras de los desaparecidos y los aparecidos en su relación con la evocación de los horrores sociohistóricos de las dictaduras militares, marcadas por la desaparición masiva de víctimas. Por ello, nuestro objetivo es analizar los cuentos La casa de Adela, Tela de Araña, Bajo el agua negra, Cuando hablábamos con los muertos y Chicos que faltan — los tres primeros presentes en Las cosas que perdimos en el fuego y los dos últimos en Los peligros de fumar en la cama — a la luz de discusiones sobre literatura fantástica, gótica y testimonial, buscando, a partir de ello, proponer lo indecible como elemento de construcción del horror. Utilizamos principalmente la noción de retórica de lo indecible de Jean Bellemin-Noël (1971), así como las reflexiones de Irène Bessière (1985) y David Roas (2016) sobre el carácter subversivo del lenguaje en la literatura fantástica. Además, el pensamento de Maurice Blanchot (1998; 2011) y Roland Barthes (2012) atraviesan nuestro estudio en la discusión sobre la especificidad del texto literario. A partir de esto, nos damos cuenta de que el horror sociohistórico evocado en las escrituras discutidas no sólo está relacionado con las relaciones de contigüidad que se establecen con los tropos fantásticos o góticos, sino también con la naturaleza misma del lenguaje em relación con la cuestión representacional del cuerpo desaparecido. Discusiones acerca de las nuevas configuraciones de la literatura latino-americana contemporánea componen nuestro estudio, llevándonos a profundizar la posibilidad de una lectura que considere las especificidades metalingüísticas de estos textos.
URI: http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/75120
ORCID do(s) Autor(es): https://orcid.org/0000-0001-8876-5574
Currículo Lattes do(s) Autor(es): http://lattes.cnpq.br/7468578815002704
ORCID do Orientador: https://orcid.org/0000-0002-2090-431X
Currículo Lattes do Orientador: http://lattes.cnpq.br/9466072856241017
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
Aparece nas coleções:PPGLE- Dissertações defendidas na UFC

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