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Tipo: Dissertação
Título: Influência dos movimentos condilares e mandibulares na via aérea superior durante a utilização do aparelho de avanço mandibular no tratamento para apneia obstrutiva do sono
Autor(es): Pereira, Amanda Barbosa
Orientador: Chaves Júnior, Cauby Maia
Coorientador: Gurgel, Marcela Lima
Palavras-chave: Côndilo Mandibular;Apneia Obstrutiva do Sono;Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico
Data do documento: 3-Jul-2023
Citação: PEREIRA, Amanda Barbosa. Influência dos movimentos condilares e mandibulares na via aérea superior durante a utilização do aparelho de avanço mandibular no tratamento para apneia obstrutiva do sono. 2023. Dissertação (Mestrado em Odontologia) - Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2023. Disponível em: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/73571. Acesso em: 18 jul. 2023.
Resumo: A apneia obstrutiva do sono (AOS) é um distúrbio respiratório caracterizado pela obstrução parcial ou total da via aérea superior (VAS), impedindo que ocorra a ventilação normal durante o sono, manifestando-se como uma redução parcial (hipopneia) ou a cessação completa (apneia) do fluxo respiratório resultando em despertares corticais e/ou queda na saturação de oxigênio sanguínea. O tratamento da AOS é determinado de acordo com a gravidade da doença, bem como cooperação e interesse do paciente. Os aparelhos intraorais (AIO) mais utilizados são os de avanço mandibular (AAMs), os quais têm mecanismo de ação que promovem a protrusão da mandíbula, permitindo assim um aumento no volume da VAS. Esse estudo objetivou avaliar a influência dos movimentos condilares e mandibulares na VAS durante a utilização do AAM para tratamento da AOS. Vinte pacientes com AOS foram tratados prospectivamente com AAM. Exames clínicos, tomografia computadorizada de feixe cônico e polissonografia foram realizados antes do tratamento com AAM e após a obtenção da protrusão terapêutica. Variáveis polissonográficas e medidas tridimensionais da articulação temporomandibular, mandíbula e das VAS foram analisadas estatisticamente. A rotação e translação condilar no sentido anterior e o deslocamento anterior da mandíbula correlacionaram-se diretamente com o volume total da VAS enquanto a translação mandibular vertical correlacionou-se inversamente com o volume da orofaringe inferior. O AAM proporcionou aumento no volume e área da orofaringe superior (OS). Não houve correlação estatisticamente significante entre a rotação e translação condilar e as variáveis polissonográficas. Com o AAM, houve um aumento significativo na dimensão vertical, mudanças na posição condilar (rotação e translação) e deslocamento mandibular. Os comprimentos central e medial da eminência articular foram correlacionados inversamente com a rotação e translação condilar, respectivamente. O comprimento lateral da eminência foi correlacionado diretamente com a translação condilar e a altura lateral foi correlacionada diretamente com a rotação e translação condilar. Esse estudo permite concluir que movimentos condilares e mandibulares exerceram influência sobre a VAS. Além disso, a eminência articular atuou na quantidade de rotação e translação condilar, indicando a necessidade da avaliação anatômica dos pacientes previamente à escolha do tratamento com AAM para resultados mais favoráveis na terapia da AOS.
Abstract: Obstructive sleep apnea (OSA) is a respiratory disorder characterized by partial or complete obstruction of the upper airway (UA), preventing normal ventilation during sleep. It manifests as a partial reduction (hypopnea) or complete cessation (apnea) of respiratory airflow, resulting in cortical arousals and/or a drop in blood oxygen saturation. The treatment of OSA is determined by the severity of the disease, as well as the patient's cooperation and interest. The most commonly used intraoral appliances (IOAs) are mandibular advancement devices (MADs), which act by promoting mandibular protrusion, thereby increasing the volume of the UA. This study aimed to evaluate the influence of condylar and mandibular movements on the UA during the use of MAD for the treatment of OSA. Twenty patients with OSA were prospectively treated with MAD. Clinical examinations, cone-beam computed tomography, and polysomnography were performed before MAD treatment and after obtaining therapeutic protrusion. Polysomnographic variables and three-dimensional measurements of the temporomandibular joint, mandible, and UA were analyzed statistically. Condylar rotation and anterior translation, as well as anterior mandibular displacement, were directly correlated with the total volume of the UA, while vertical mandibular translation was inversely correlated with the volume of the inferior oropharynx. MAA resulted in an increase in the volume and area of the superior oropharynx (SO). There was no statistically significant correlation between condylar rotation/translation and polysomnographic variables. With MAD, there was a significant increase in vertical dimension, changes in condylar position (rotation and translation), and mandibular displacement. The central and medial lengths of the articular eminence were inversely correlated with condylar rotation and translation, respectively. The lateral length of the eminence was directly correlated with condylar translation, and the lateral height was directly correlated with condylar rotation and translation. This study allows us to conclude that condylar and mandibular movements exerted an influence on the UA. Furthermore, the articular eminence played a role in the amount of condylar rotation and translation, indicating the need for anatomical evaluation of patients prior to choosing MAD treatment for more favorable outcomes in the therapy of OSA.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/73571
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