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http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/71291
Tipo: | Dissertação |
Título: | Brasil de angústia e saudade: o exílio na narrativa autobiográfica de Miguel Torga |
Autor(es): | Menezes, Bárbara Silva Teles de |
Orientador: | Júnior, José Leite de Oliveira |
Coorientador: | Ipiranga, Sarah Diva da Silva |
Palavras-chave: | Exílio;Brasil;Memórias;Diário;Miguel Torga;Exile;Brazil;Memories;Diary |
Data do documento: | 2019 |
Citação: | MENEZES, Bárbara Silva Teles de. Brasil de angústia e saudade: o exílio na narrativa autobiográfica de Miguel Torga. Orientador: José Leite de Oliveira Júnior. 2019. 84 f. Dissertação (Mestrado em Letras) - Programa de Pós-Graduação em Letras, Centro de Humanidades, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2019. |
Resumo: | Atravessar o mar do exílio e desembarcar em um cais de angústia e saudade: esses são os movimentos essenciais da escrita memorialística de Miguel Torga (Trás-os-Montes, 1907 – Coimbra, 1995), quando rememora a experiência de vida que o manteve no Brasil por seis anos. Em A Criação do Mundo: segundo dia ([1937] 1969), Torga recupera os motivos da partida e da permanência na fazenda dos tios, em Minas Gerais. Já em A Criação do Mundo: sexto dia ([1981] 1996) e no Diário VII ([1956] 2010) narra a inquietação de uma viagem de retorno ao “cativeiro” da adolescência em idade madura, onde fervilham os sentimentos do adulto em face do reencontro com a pátria que lhe foi madrasta. Nesses percursos tumultuados, que se acomodam nas narrativas de suas memórias e nas notas dos dias em que reencontrou o Brasil, o escritor deixa transparecer as angústias e as saudades brasileiras, bem como mostra um eu poético distinto nos três relatos: ora envolvido pelo estranhamento, ora aberto ao sentimento. Diante dessas reflexões, nossa pesquisa teve como objetivo principal analisar a constituição do exílio brasileiro de Miguel Torga em suas narrativas memorialísticas, em especial A Criação do Mundo: segundo e sexto dias e Diário VII. Como objetivos específicos, buscamos investigar quais características pessoais, sociais e históricas que formam esse sujeito que viveu na condição de exilado, examinar os temas próprios do desenraizamento: a emigração e o entre-lugar do pertencimento e investigar a constituição de um espaço autobiográfico brasileiro dessas obras. Para o entendimento dessas análises, tomamos como aporte teórico as reflexões sobre o exílio propostas por Edward Said (2003, 2005) e Tzvetan Todorov (1999), bem como os pensamentos acerca dos gêneros autobiográficos de Georges Gusdorf (1948), Philippe Lejeune ([1975] 2014), Clara Rocha (1977), dentre outros pensadores. A partir do nosso estudo, concluímos que Miguel Torga, ao rememorar seu exílio brasileiro nas três narrativas, constrói um espaço autobiográfico singular, com reflexões sobre si e a constituição social imposta pela experiência brasileira. |
Abstract: | Crossing the exile sea and landing on a anguist and homesickness pier: these are essential movements of memorialist writing of Miguel Torga (Trás-os-Montes, 1907 – Coimbra, 1995), when he recollects the life experience that kept him in Brazil for six years. In A Criação do Mundo: second day ([1937] 1969), Torga retrieve the reasons of his departure and permanency at his uncles’ farm, in Minas Gerais. Already in A Criação do Mundo: six day ([1981] 1996) and in Diário VII ([1956] 2010), well describes his restlessness of a way back trip to “captivity” of his adolescence in mature age, where the feelings of the adult boils in the reencounter with the homeland that accommodate him. In these turbulent journeys, that take place inside his memories narratives and notes from the days he rediscovers Brazil, the writer revels the anguish and the homesickness of the Brazilian exile, as well as shows a different poetic self in the three stories: one time involved by hostility, and another open to feelings. Facing these ideas, the main objective of our research is to analyze the construction of Brazilian exile of Miguel Torga in his memorialist narratives, especially A Criação do Mundo: second and sixth days and Diário VII. As specific objectives, we intend to investigate which personal, social and historical characteristics that shape this person that lived as an exiled, verify the subjects from the uprooting: the emigration and the between-place of the belonging and investigate the constitution of a Brazilian autobiographical space of these works. In order to understand these analyzes, we will take as theoretical contribution the ideas about exile proposed by Edward Said (2003, 2005) e Tzvetan Todorov (1999), as well as the thoughts around the authobiographical genres of Georges Gusdorf (1948), Philippe Lejeune ([1975] 2014), Clara Rocha (1997), among other thinkers. From our study, we conclude that Miguel Torga, by remembering his Brazilian exile in the three narratives, builds a unique autobiographical space, with reflections about himself and the social constitution imposed by the brazilian experience. |
URI: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/71291 |
Aparece nas coleções: | PPGLE- Dissertações defendidas na UFC |
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