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Type: Tese
Title: Leonilson expandido
Authors: Silva, Lúcio Flávio Gondim da
Advisor: Bylaardt, Cid Ottoni
Keywords: Leonilson;Literatura comparada;Literatura expandida;Artes visuais;Literatura ampliada;Artes visuales;Comparative literature;Expanded literature;Visual arts
Issue Date: 2022
Citation: SILVA, Lúcio Flávio Gondim da. Leonilson expandido. Orientador: Cid Ottoni Bylaardt. 2022. 344 f. Tese (Doutorado em Letras) - Programa de Pós-graduação em Letras, Centro de Humanidades, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2022.
Abstract in Brazilian Portuguese: A rosa dos ventos é um instrumento de localização geográfica antiquíssimo, embora ainda atual, no qual nascem eixos fronteiriços dos quatro pontos cardeais em seu centro. Trata-se de uma imagem em que são vistas letras como signos verbais. Elas minimizam palavras, direções, fluxos... Este híbrido visual é uma das marcas estéticas e metafóricas da obra de José Leonilson Bezerra Dias, artista brasileiro que, em 36 anos de vida, construiu um repertório de cerca de quatro mil produtos artísticos e muitas incógnitas imagético-verbais. Sua obra é costumeiramente vinculada ao contexto da homossexualidade nos anos 80 no Brasil, marcado especialmente pela eclosão do vírus HIV, do qual Leonilson sucumbiria. Entretanto, suas telas de tinta, costura ou suas esculturas vão além: são páginas soltas de uma dolorosa e desejante escrita de si assumida ora como verídica ora como falseada. Nessa interseção de verdades, diversas formas de arte são modalidade de criação e registro de si, a qual se dá em suas agendas, nas suas obras e até mesmo nos versos das telas. Em 2017, o desejo mais íntimo de Leonilson – talvez tão forte quanto o de ser amado de forma recíproca – é conquistado: escrever um livro. Seu catálogo raisonné é publicado, trazendo a compilação de toda a sua produção. Nas páginas, um rico material de e para pesquisadoras e pesquisadores cujo trabalho vem servindo de referência desde a artistas consagrados nas artes visuais a tatuadores de corpos, como o de Leonilson, inflamáveis. Tal acervo, porém, ainda gera interrogações. Seus diários não estão completamente disponíveis, suas telas e intervenções não param de ser apreciadas em novas exposições ou performances contemporâneas. A partir da rede social Instagram, reunimos parte dessa expansão em torno de uma página virtual cujo título nomeia esta tese. Assim, com instigação em conceitos como o de literatura pós-autônoma (LUDMER, 2007), literatura expandida (PATO, 2012) e o de inespecificidade na estética contemporânea (GARRAMUÑO, 2014), propõe-se um estudo de doutorado acerca do caráter expansivo nas obras de Leonilson, ou Leó aos mais íntimos e sobre as reverberações contemporâneas da produção do artista. Sua palavra lírica e sua narrativa subjetiva irmanam-se a tintas, bordados e demais materiais na construção de um lugar poético fronteiriço entre linguagens dando ver um sujeito fragmentado em um tempo de abertura democrática e de castrações virais. A rosa dos ventos, signo de Leó e desta pesquisa em literatura comparada, indica caminhos múltiplos. Suas rotas se constroem de perguntas em forma de afetos: De que e a que é feita a imagem-palavra de Leonilson? Há limites para sua expansão? O que a popularização crescente de um artista guarda de interditos e questões?
Abstract: The compass rose is an ancient, although still current, instrument of geographical location, in which the border axes of the four cardinal points are born at its center. It is an image in which letters are seen as verbal signs. They minimize words, directions, flows... This visual hybrid is one of the aesthetic and metaphorical marks of the work of José Leonilson Bezerra Dias, a Brazilian artist who, in 33 years of life, has built a repertoire of four thousand artistic products and many verbal-image unknowns. His work is usually linked to the context of homosexuality in the 1980s in Brazil, especially marked by the outbreak of the HIV virus, from which Leonilson would succumb. However, his canvases of ink, sewing or his sculptures go further: they are loose pages of a painful and desiring writing of the self, sometimes assumed as true, sometimes as falsified. In this intersection of truths, various forms of art are a modality of creation and self-registration, which takes place in their agendas, in their works and even in the verses of the canvases. In 2017, Leonilson's most intimate desire – perhaps as strong as the desire to be loved in a reciprocal way – is conquered: to write a book. Its raisonné catalog is published, bringing the compilation of all its production. On the pages, a wealth of material by and for researchers whose work has served as a reference from renowned artists in the visual arts to body tattooers, such as Leonilson's, flammable. This collection, however, still raises questions. His diaries are not fully available, his canvases and interventions are constantly being appreciated in new exhibitions or contemporary performances. From the social network “Instagram” we gathered part of this expansion around a virtual page whose title names this thesis. Thus, with the instigation of concepts such as post-autonomous literature (LUDMER, 2007); Expanded literature (PATO, 2012) and nonspecificity in contemporary aesthetics (GARRAMUÑO, 2014) proposes a doctoral study on the expansive character in the works of Leonilson, or Leó to the most intimate and on the contemporary reverberations of the artist's production. His lyrical word and his subjective narrative combine with paints, embroidery and other materials in the construction of a poetic place bordering between languages, showing a fragmented subject in a time of democratic opening and viral castrations. The compass rose, sign of Leo and of this research in comparative literature, indicates multiple paths. Their routes are constructed from questions in the form of affections: What is Leonilson's word-image made of? Are there limits to its expansion? What does the growing popularization of an artist keep from interdicts and questions?
Abstract in Spanish: La rosa de los vientos es un antiguo, aunque aún actual, instrumento de localización geográfica, en el que nacen en su centro los ejes fronterizos de los cuatro puntos cardinales. Es una imagen en la que las letras se ven como signos verbales. Minimizan palabras, direcciones, flujos... Este híbrido visual es una de las marcas estéticas y metafóricas de la obra de José Leonilson Bezerra Dias, artista brasileño que, en 33 años de vida, ha construido un repertorio de cerca de cuatro mil productos artísticos y muchas incógnitas de imagen verbal. Su obra suele estar ligada al contexto de la homosexualidad en la década de 1980 en Brasil, marcada especialmente por el brote del virus del VIH, del que sucumbiría Leonilson. Sin embargo, sus pinturas de tinta, su costura o sus esculturas van más allá: son páginas sueltas de una dolorosa y anhelante escritura del yo, a veces asumida como verdadera, a veces como falsificada. En este cruce de verdades, diversas formas de arte son una modalidad de creación y autorregistro, que se da en sus agendas, en sus obras y hasta en los versos de los lienzos. En 2017, el deseo más íntimo de Leonilson, quizás tan fuerte como el deseo de ser amado de manera recíproca, es conquistado: escribir un libro. Se publica su catálogo razonado, trayendo la recopilación de toda su producción. En las páginas, abundante material de y para investigadores cuyo trabajo ha servido de referencia desde artistas de renombre en las artes visuales hasta tatuadores corporales, como el de Leonilson, inflamable. Esta colección, sin embargo, todavía plantea preguntas. Sus diarios no están completamente disponibles, sus lienzos e intervenciones se aprecian constantemente en nuevas exposiciones o performances contemporáneas. Desde la red social Instagram, reunimos parte de esta expansión en torno a una página virtual cuyo título da nombre a esta tesis. Así, con instigación en conceptos como literatura pos-autónoma (LUDMER, 2007), literatura expandida (PATO, 2012) e inespecificidad en la estética contemporánea (GARRAMUÑO, 2014), propone un estudio doctoral sobre el carácter expansivo en la obra de Leonilson, o Leó a lo más íntimo y sobre las reverberaciones contemporáneas de la producción del artista. Su palabra lírica y su narrativa subjetiva se combinan con pinturas, bordados y otros materiales en la construcción de un lugar poético en la frontera entre lenguajes, mostrando un sujeto fragmentado en un tiempo de apertura democrática y castraciones virales. La rosa de los vientos, signo de Leo y de esta investigación, indica múltiples caminos. Sus recorridos se construyen a partir de preguntas como: ¿De qué está hecha la palabra-imagen de Leonilson? ¿Hay límites para su expansión? ¿Qué evita entre interdictos y cuestionamientos la creciente popularización de un artista?
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/68970
Appears in Collections:PPGLE - Teses defendidas na UFC

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