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http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/66595
Tipo: | Dissertação |
Título: | “É só de brincando, tia!” racismo recreativo em apelidos, piadas e brincadeiras no ambiente escolar |
Autor(es): | Oliveira, Elissânia da Silva |
Coorientador: | Gonçalves, Danyelle Nilin |
Palavras-chave: | Racismo;Humor;Piadas racistas;Escola |
Data do documento: | 2022 |
Citação: | OLIVEIRA, Elissânia da Silva. “É só de brincando, tia!” racismo recreativo em apelidos, piadas e brincadeiras no ambiente escolar. Orientadora: Danyelle Nilin Gonçalves. 2022. 100 f. Dissertação (Mestrado em Sociologia) - Mestrado Profissional de Sociologia em Rede Nacional, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2022. |
Resumo: | Este trabalho procura entender como as imagens racistas sobre os negros difundidas e naturalizadas pela sociedade adentram e se estruturam no universo escolar em forma de humor ou irreverência. Sabe-se que o humor, o riso e a irreverência são construtores naturalizados da população cearense. Desde cedo, aprende-se que cearenses têm uma veia cômica e contam piada sobre absolutamente tudo, pois existe o quê de sobrevivência no humor manifesto. Para solucionar um problema, conta-se uma piada, assim a partir do riso, o fardo fica mais leve. No entanto, a piada ou a brincadeira não é sempre descontraída, igualitária ou revolucionária. Por vezes, a piada reitera o lugar de subalternidade de grupos, tornando-se uma forma de dominação que mascaram as hostilidades raciais, ao mesmo tempo que comprometem a reputação das pessoas negras, atacando-as em função do seu pertencimento. Dessa forma, esse trabalho busca perceber a partir de questionários e formulários aplicados, o que as pessoas entendem sobre racismo, preconceito e a discriminação, bem como eles percebem a ocorrência dessas ações no ambiente escolar em forma de humor ou irreverência, notadamente por meio de apelidos, brincadeiras e piadas racistas. Essa pesquisa se faz necessária para refletir como as imagens derrogatórias difundidas, nos meios sociais e virtuais, sobre os negros, têm atingido diferentes indivíduos nos diferentes campos de sua vida social, seja do ponto de vista político, intelectual, afetivo, desferidos de diferentes relações, sejam elas familiares ou profissionais. Historicamente, estudantes negros e negras têm reclamado das experiências do cotidiano escolar, pois têm sido vítimas de um universo escolar hostil. Por conta do racismo que se dissemina ali, muitos deles se sentem constrangidos com o riso provocado por apelidos, brincadeiras e piadas racistas. Essas análises foram usadas para construir sequências de aulas na disciplina de Sociologia, que dê conta de: a) discutir sobre o racismo e b) discutir sobre o conceito de racismo recreativo no Ceará a partir do humor no Ceará. Para realizar essas reflexões, esse trabalho sugere uma sequência didática de três aulas e quatro oficinas para os professores utilizarem em sala de aula. |
Abstract: | This work seeks to understand how the racist images about black people disseminated and naturalized by society enter and structure themselves in the school universe in the form of humor or irreverence. It is known that humour, laughter and irreverence are builders naturalized population of Ceará. From an early age, one learns that people from Ceará have a comic and tell jokes about absolutely everything, because there is something of survival in manifest mood. To solve a problem, a joke is told, so from laughter, the burden becomes lighter. However, the joke or prank is not always relaxed, egalitarian or revolutionary. Sometimes, the joke reiterates the place of subalternity of groups, becoming a form of domination that mask racial hostilities at the same time that compromise the reputation of black people, attacking them because of their belonging. Thus, this work seeks to understand from questionnaires and applied forms, what people understand about racism, prejudice and the discrimination, as well as they perceive the occurrence of these actions in the school environment in form of humor or irreverence, notably through nicknames, jokes and jokes racists. This research is necessary to reflect on how derogatory images widespread, in social and virtual media, about blacks, have reached different individuals in the different fields of their social life, whether from a political, intellectual, affective, derived from different relationships, whether family or professional. Historically, black and black students have complained about the experiences of everyday school life, as they have been victims of a hostile school universe. Because of the racism that spreads there, many of them they are embarrassed by the laughter provoked by racist nicknames, jokes and jokes. These analyzes were used to build sequences of classes in the discipline of Sociology, that can: a) discuss racism and b) discuss the concept of racism recreational activity in Ceará from humor in Ceará. To carry out these reflections, this work suggests a didactic sequence of three classes and four workshops for teachers to use in the classroom. |
Resumen: | Este trabajo investiga como las imágenes racistas sobre los negros, difundidas y naturalizada por la sociedad, adentran y se estructuran en el universo escolar en forma de humor o irreverencia. Se sabe que el humor, la risa y la irreverencia son constructores naturalizados de la población cearense. Desde siempre, se aprende que los cearenses tienen una vena cómica y hacen chiste de todo, pues existe una cuestión de sobrevivencia en humor manifesto. Para solucionar un problema, se hace chiste, pues es a partir de la risa, la vida se torna leve. Sin embargo, el chiste o la broma no es siempre relajado, igualitaria o revolucionaria. Por veces, el humor reforza el sitio de subalternidad de grupos, tornándose una forma de dominación que mascaran las hostilidades raciales, al mismo tiempo que comprometen la reputación de la población negra, atacándolas en función del su pertencimiento. De esa forma, este trabajo busca observar, a partir de encuestas, como las personas comprende el racismo, el prejuicio y la discriminación, así como ellos perciben la ocurrencia de esas acciones en el ambiente escolar en la forma de humor o irreverencia, especialmente por medio de apodos, bromas y chistes racistas. Esta investigación se hace necesaria para reflejar como las imágenes derogatorias difundidas, en medios sociales y virtuales, sobre los negros tienen alcanzado distintos individuos en los diferentes campos de su vida social, sea del punto de vista político, intelectual, afectivo, practicado en distintas relaciones, sean ellas familiares o profesionales. Históricamente, estudiantes negros y negras tienen reclamado de las experiencias del cotidiano escolar, pues han sido victimas de un universo escolar hostil por cuenta del racismo que se disemina ahí, muchos de ellos se sienten constreñido con la risa provocado por apodos, bromas o chistes racistas. Esos análisis fueron usados para construir secuencias de clases en la asignatura de sociología, que dé cuenta de: a) discutir sobre el racismo y sugestiones de acciones didácticas pedagógicas y b) discutir sobre el concepto de racismo recreativo en Ceará a partir del humor en Ceará. Para llevar a cabo estas reflexiones, este trabajo propone una secuencia didáctica de tres clases y cuatro talleres para que los docentes la utilicen en el salón de clases. |
URI: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/66595 |
Aparece nas coleções: | PROFSOCIO - Dissertações defendidas na UFC |
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