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http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/62694
Type: | Dissertação |
Title: | Vulnerabilidades da população LGBTQIA+ relacionadas às infecções sexualmente transmissíveis e ao consumo de drogas |
Authors: | Souza, Izabel Cristina de |
Advisor: | Pinheiro, Ana Karina Bezerra |
Keywords: | Vulnerabilidade em Saúde;Minorias Sexuais e de Gênero;Infecções Sexualmente Transmissíveis;Síndrome de Imunodeficiência Adquirida;Abuso Oral de Substâncias;Enfermagem;HIV |
Issue Date: | 16-Jul-2021 |
Citation: | SOUZA, I. C. Vulnerabilidades da população LGBTQIA+ relacionadas às infecções sexualmente transmissíveis e ao consumo de drogas. 2021. 147 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) - Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2021. Disponível em: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/62694. Acesso em: 03/12/2021. |
Abstract in Brazilian Portuguese: | Objetivou-se compreender as vulnerabilidades da população LGBTQIA+ às infecções sexualmente transmissíveis (IST/HIV) e ao consumo de drogas. Pesquisa observacional, com abordagem quantitativa, transversal, descritiva e analítica. Participaram brasileiros com idade igual ou superior a 18 anos, autorreferidos LGBTQIA+ com, pelo menos um encontro sexual nos últimos doze meses. Para a coleta de dados foram utilizados instrumento com dados sociodemográficos, conhecimento sobre HIV, acesso aos serviços de saúde, testagem para IST e comportamento sexual, além do Alcohol, Smoking and Substance Involvement Screening Test (ASSIST) para verificar o consumo de drogas. Os dados foram organizados e analisados no software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) v.23.0, para Windows®, utilizando-se cálculos de frequências absolutas e relativas, intervalo de confiança, testes estatísticos de Kruskal-Wallis, qui-quadrado e Fisher. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Ceará, sob o número: 3.921.161. A amostra foi composta por 254 participantes, com faixa etária de 18 a 25 anos (78,7%), gênero masculino (54,6%), cisgênero (91,7%), homossexual (57,1%) e cor da pele parda (33%). A maioria estava solteira (51,2%) e não possuía filhos (98%), a principal ocupação era estudante (56,6%) com ensino superior incompleto (52,8%). Houve associação entre diagnóstico de IST e ter filhos, sendo esse um fator protetivo (p=0,036; OR: 8,81). A maioria possuía conhecimento suficiente sobre HIV (75,6%). Preservativos e lubrificantes foram mais adquiridos por compra (38,2%; 42,9%) e testagens para IST foram realizadas pela maioria (56,7%). Principal local de atendimento foi o consultório particular (56,6%). A realização de exames no último ano e sinais de IST estiveram associados ao diagnóstico de IST (p=0,04 e 0,01, respectivamente). Parcerias fixas (63,4%) foram mais reportadas e este grupo usava menos preservativo. Quanto ao consumo de drogas, o envolvimento foi maior com álcool (80,7%), tabaco (59,4%) e maconha (59%). Quanto ao risco para desenvolvimento de dependência, a maioria foi classificado como moderado (54,8%). Situação conjugal (p=0,01), moradia atual (p=0,01) e religião (p<0,01) estiveram relacionados ao grau de dependência às drogas. As vulnerabilidades individuais mais identificadas foram baixa autopercepção de risco, não uso do preservativo, sexo químico e múltiplas parcerias sexuais. As vulnerabilidades sociais foram: facilidade de adquirir drogas, estigma e preconceito, influência de amigos ou falta de apoio social. As vulnerabilidades programáticas foram: fragilização de programas de enfrentamento ao HIV/Aids/IST e de apoio à pessoa que usa drogas, prejuízo nos serviços quanto à recursos humanos e materiais. |
Abstract: | The study aimed to understand the vulnerabilities of the LGBTQIA+ population to sexually transmitted infections/HIV (STI) and their involvement with drugs. Observational research, with a cross-sectional, quantitative and correlational, descriptive and analytical approach. Participants were Brazilians aged 18 years or older, self-reported LGBTQIA+ with at least one sexual encounter in the last twelve months. For data collection we used an survey with information about sociodemographic data, knowledge about HIV, access to health services, STI testing and sexual behavior, and the Alcohol, Smoking and Substance Involvement Screening Test (ASSIST) to verify drug involvement. Data were organized and analyzed using the Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) v.23.0 for Windows® software, calculating absolute and relative frequencies, confidence intervals and applying the Kruskal-Wallis, chi-square and Fisher statistical tests. The research was approved by the Research Ethics Committee of the Federal University of Ceará, with approval number 3.921.161. The sample was composed of 254 participants, aged 18 to 25 years (78.7%), male (54.6%), cisgender (91.7%), homosexual (57.1%), and brown skin color (33%). Most were single (51.2%) and had no children (98%), and the main occupation was student (56.6%) with incomplete higher education (52.8%). There was an association between STI diagnosis and having children, which was a protective fact (p=0.036; OR: 8.81). Most had sufficient knowledge about HIV (75.6%). Condoms and lubricants were more commonly purchased (38.2%; 42.9%) and STI testing was performed by the majority (56.7%). The main place of care was private practice (56.6%). Performing tests in the last year and signs of STI were associated with STI diagnosis (p<0.01). Fixed partnerships (63.4%) were more reported and this group used condoms less. As for drug use, involvement was higher with alcohol (80.7%), tobacco (59.4%) and marijuana (59%). As for the risk for developing dependence, most were classified as moderate (54.8%). Marital status (p=0.01), current housing (p=0.01), and religion (p<0.01) were related to the degree of drug dependence. The individual vulnerabilities most identified were low self-perception of risk, non-use of condoms, chemical sex, and multiple sexual partnerships. The social vulnerabilities were: ease of acquiring drugs, stigma and prejudice, influence of friends or lack of social support. The programmatic vulnerabilities were: weakening of programs to confront HIV/AIDS, sexually transmitted infections, and support to people who use drugs, and loss in services regarding human and material resources. |
URI: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/62694 |
Appears in Collections: | DENF - Dissertações defendidas na UFC |
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