Please use this identifier to cite or link to this item: http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/62068
Type: Dissertação
Title: Incontinência urinária em mulheres assistidas na atenção primária à saúde: prevalência, gravidade e impacto na qualidade de vida
Authors: Mourão, Janciara Azevedo
Advisor: Nascimento, Simony Lira
Keywords: Incontinência Urinária;Prevalência;Qualidade de Vida;Atenção Primária à Saúde
Issue Date: 9-Jul-2021
Citation: MOURÃO, J. A. Incontinência urinária em mulheres assistidas na atenção primária à saúde: prevalência, gravidade e impacto na qualidade de vida. 2021. 87 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Saúde da Mulher e da Criança) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2021. Disponível em: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/62068. Acesso em: 16/11/2021.
Abstract in Brazilian Portuguese: A incontinência urinária (IU) é uma condição de saúde muito prevalente em mulheres, principalmente em idade avançada, que afeta consideravelmente a qualidade vida (QV), interferindo nas suas atividades e participação social, portanto, na sua funcionalidade. A Atenção Primária à Saúde (APS) é porta de entrada para essa queixa, logo o manejo da IU deveria iniciar através de tratamentos conservadores ainda na APS. O objetivo desse estudo foi avaliar a prevalência da UI, a gravidade e o impacto na QV das mulheres atendidas na Atenção Primária à Saúde (APS), bem como identificar os fatores associados à gravidade da IU e à qualidade de vida. Trata-se de um estudo observacional transversal. A pesquisa foi realizada em uma Unidade de Atenção Primária à Saúde (UAPS) do município de Fortaleza/CE, no período de outubro de 2020 a janeiro de 2021. Apopulaçãode referênciafoi constituída pormulheres com idade a partir de 18 anosassistidas na UAPS. O InternationalConsultationonIncontinenceQuestionnaire- Short Form(ICIQ-SF) foi utilizado para a triagem de mulheres com IU. As mulheres responderam ao PelvicFloorImpactQuestionnaire(PFIQ-7) para avaliação do impacto na QV, ao IncontinenceSeverity Index (ISI) para classificação da gravidade e à ficha contendo dados sociodemográficos e clínicos. Os dados foram analisados por medida de tendência central, dispersão e porcentagens. Para a análise bivariada, foram realizados os testes T de Student ou Anova para variáveis contínuas e o teste Qui-quadrado para as categóricas, adotando o nível de significância de 5%. Um total de 313 mulheres responderam ao ICIQ, com média de idade de 46,91(± 15,27), sendo a prevalência de IU de 44,7% (IC95% 39,3%-50,2%). Dessas mulheres incontinentes, 71 foram avaliadas individualmente e tiveram média de idade de 56,9 (±12,2) anos. A maioria (45,1%) apresentou incontinência urinária de esforço (IUE). A gravidade foi classificada em leve (14%), moderada (46,9%), grave (26,7%) e muito grave (12,6%) e o escore de impacto na QV teve média de 42,85 (± 25,12). Observou-se que quanto maior a gravidade da IU maior impacto na QV, assim como mulheres pardas ou negras e com hipertensão apresentaram piores escores na QV. A faixa etária maior que 60 anos, o baixo nível de escolaridade, maior paridade, presença de hipertensão e o sedentarismo foram associados a maior gravidade da IU. Concluiu-se que houve uma alta prevalência da IU em mulheres assistidas na APS, com predomínio de IU moderada a grave e que afetanegativamente a QV. Portanto, a triagem dos sintomas de IU, bem como a classificação da sua gravidade, principalmente em mulheres que apresentam fatores de risco, é fundamental para definir o manejo da IU em mulheres assistidas na APS. Assim, a implementação de tratamentos conservadores precocemente em mulheres com sintomas leves a moderados, ainda na APS,poderia evitar a carga de referenciamento para a Atenção Secundária, diminuir os custos no tratamento e melhorar a QV e a funcionalidade de mulheres com IU.
Abstract: Urinary incontinence (UI) is a very prevalent health condition in women, especially in advanced age, which considerably affects their quality of life (QoL), interfering with their activities and social participation, and, therefore, with their functionality. Primary Health Care (PHC) is the gateway to this complaint, so the management of UI should start with conservative treatments still in the PHC. The aim of this study was to assess the prevalence of UI, severity and impact on the QoL of women attended in Primary Health Care (PHC), as well as to identify factors associated with UI severity and quality of life. This is a cross-sectional observational study. The research was conducted in a Primary Health Care Unit (PHCU) inserted in the Regional Secretariat III of the city of Fortaleza/CE, from October 2020 to January 2021. The reference population consisted of women aged from 18 years of age assisted at the PHCU. The International Consultation on Incontinence Questionnaire-Short Form (ICIQ-SF) was used to screen women with UI. The women answered the Pelvic Floor Impact Questionnaire (PFIQ-7) to assess the impact on QoL, the Incontinence Severity Index (ISI) to classify severity and the form containing sociodemographic and clinical data. Data were analyzed by measure of central tendency, dispersion and percentages. For the bivariate analysis, Student's T or ANOVA tests were performed for continuous variables and the Chi-square test for categorical variables, adopting a significance level of 5%. A total of 313 women responded to the ICIQ, with a mean age of 46.91 (± 15.27), with a prevalence of UI of 44.7% (95%CI 39.3%-50.2%). Of these incontinent women, 71 were individually assessed and had a mean age of 56.9 (±12.2) years. The majority (45.1%) had stress urinary incontinence (SUI). Severity was classified as mild (14%), moderate (46.9%), severe (26.7%) and very severe (12.6%) and the QoL impact score had a mean of 42.85 (± 25.12). It was observed that the greater the severity of the UI, the greater the impact on QoL, as well as mixed race or black women with hypertension had worse QoL scores. It was concluded that there was a high prevalence of UI in women assisted in PHC, with a predominance of moderate to severe UI that negatively affects QoL. Therefore, screening for UI symptoms, as well as the classification of its severity, especially in women with risk factors, is essential to define the management of UI in women assisted in PHC. Thus, the early implementation of conservative treatments in women with mild to moderate symptoms, even in PHC, could avoid the burden of referral to Secondary Care, reduce treatment costs and improve the QoL and functionality of women with UI.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/62068
Appears in Collections:MPSMC - Dissertações defendidas na UFC

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
2021_dis_jamourão.pdf1,35 MBAdobe PDFView/Open


Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.