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Tipo: Tese
Título: Gordura abdominal avaliada por ultrassom como preditor de diabetes mellitus gestacional
Autor(es): Benevides, Fernanda Teixeira
Orientador: Carvalho, Francisco Herlânio Costa
Palavras-chave: Diabetes Gestacional;Gordura Intra-Abdominal;Ultrassonografia;Antropometria;Resultado da Gravidez
Data do documento: 3-Set-2021
Citação: BENEVIDES, F. T. Gordura abdominal avaliada por ultrassom como preditor de diabetes mellitus gestacional. 2021. 110 f. Tese (Doutorado em Saúde Pública) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2021.
Resumo: A prevalência de diabetes mellitus gestacional (DMG) tem aumentado progressivamente, sendo interessante o uso de ferramentas para o rastreamento precoce do DMG, que combinem segurança, baixo custo e alta eficácia. Objetivou-se avaliar gordura abdominal subcutânea, visceral e pré-peritoneal medidas por ultrassom como preditor de DMG; comparar gordura abdominal e medidas antropométricas maternas; e avaliar associação entre aumento da glicemia e recém-nascidos grandes para idade gestacional. A amostra total foi composta por 352 gestantes do primeiro (11 a 14 semanas) e segundo (20 a 24 semanas) trimestres que compareceram ao exame ultrassonográfico de rotina e que apresentassem glicemia de jejum no primeiro trimestre normal (inferior a 92 mg/dl). O status do DMG no segundo trimestre foi obtido por teste de tolerância oral à glicose (TTOG) com sobregarca de 75g de glicose. A idade média total das participantes foi de 33,3 (4,2) anos. A coleta de dados foi realizada no período de fevereiro de 2019 a fevereiro de 2020, sendo realizadas medidas de peso, altura, circunferências (braço, panturrilha e coxa), dobras cutâneas (bicipital, tricipital, subescapular e coxa) e medidas de gordura abdominal (visceral, subcutânea e pré-peritoneal máxima) por ultrassom. As análises estatísticas foram realizadas no programa SPSS versão 20.0. Uma curva Receiver Operator Characteristic (ROC) determinou o ótimo limite para prever DMG. As diferenças intra grupos foram avaliadas pelo teste t-Student pareado ou Wilcoxon. As diferenças entre peso e índice de massa corporal (IMC) foram avaliadas pelo teste Friedman. Foram realizadas correlações de Pearson ou Spearman entre os marcadores da curva glicêmica e a composição corporal. As variâncias entre a composição corporal e os tercis dos marcadores da curva glicêmica foram avaliadas pelo teste ANOVA ou Kruskal Wallis. O teste post hoc de Bonferroni foi utilizado para avaliar as diferenças entre os grupos. A significância estatística adotada foi de p <0,05. Conforme curva ROC, um limiar de 45,25 mm de gordura pré-peritoneal máxima foi identificado como o melhor ponto de corte, com 87% de sensibilidade e 41% de especificidade para prever DMG. Odds ratios brutos e ajustados (OR) para idade e IMC pré-gestacional foram 0,730 (IC 95%: 0,561 – 0,900) e 0,777 (IC 95%: 0,623 – 0,931), respectivamente. No segundo trimestre da gestação, o aumento de gordura abdominal foi proporcional ao aumento de glicose basal, pelo método de Suzuki (gordura visceral p ≤ 0,051), Mauad (gordura subcutânea p ≤ 0,025) e Stoner (gordura subcutânea p ≤ 0,002). Observou-se, um aumento da gordura subcutânea (p ≤ 0,029) e visceral (p ≤ 0,039), proporcional ao aumento do peso do recém-nascido avaliada pelo método de Suzuki no segundo trimestre, porém as diferenças se perderam após ajustes. Ainda no segundo trimestre, observamos um aumento das 9 dobras cutâneas do bíceps (p ≤ 0,044) e subescapular (p ≤ 0,014) que foi proporcional ao aumento da glicose. Concluiu-se que gordura pré-peritoneal máxima, medida por ultrassom para prever o risco de DMG, parece ser uma alternativa viável, barata e prática para incorporar à prática clínica durante o primeiro trimestre da gravidez.
Abstract: The prevalence of gestational diabetes mellitus (GDM) has progressively increased, and the use of tools for early screening of GDM that combine safety, low cost, and high efficacy is of interest. We aimed to evaluate subcutaneous, visceral, and preperitoneal abdominal fat measured by ultrasound as a predictor of GDM; compare abdominal fat and maternal anthropometric measurements, and evaluate the association between increased blood glucose and large-for-gestational-age newborns. The total sample consisted of 352 pregnant women in the first (11 to 14 weeks) and second (20 to 24 weeks) trimesters who attended for routine ultrasound examination and who had normal first-trimester fasting glucose (less than 92 mg/dl). Second-trimester DMG status was obtained by oral glucose tolerance test (OGTT) with 75g glucose overdose. The total mean age of the participants was 33.3 (4.2) years. Data collection was performed from February 2019 to February 2020, with measurements of weight, height, circumferences (arm, calf, and thigh), skinfolds (bicipital, triceps, subscapular, and thigh), and abdominal fat measurements (visceral, subcutaneous, and maximal preperitoneal) by ultrasound. Statistical analyses were performed in the SPSS program version 20.0. A Receiver Operator Characteristic (ROC) curve determined the optimal threshold for predicting DMG. Intra-group differences were evaluated by paired t-Student or Wilcoxon test. Differences between weight and body mass index (BMI) were evaluated by the Friedman test. Pearson or Spearman correlations were performed between markers of the glycemic curve and body composition. The variances between body composition and the tertiles of the markers of the OGTT curve were evaluated by ANOVA or Kruskal Wallis test. The Bonferroni post hoc test was used to evaluate the differences between the groups. The statistical significance adopted was p <0.05. According to the ROC curve, a threshold of 45.25 mm of maximum preperitoneal fat was identified as the best cut-off point, with 87% sensitivity and 41% specificity to predict GDM. Crude and adjusted odds ratios (OR) for age and pre-pregnancy BMI were 0.730 (95% CI: 0.561 - 0.900) and 0.777 (95% CI: 0.623 - 0.931), respectively. In the second trimester of gestation, the increase in abdominal fat was proportional to the increase in basal glucose, by the Suzuki method (visceral fat p ≤ 0.051), Mauad (subcutaneous fat p ≤ 0.025), and Stoner (subcutaneous fat p ≤ 0.002). We observed, an increase in subcutaneous fat (p ≤ 0.029) and visceral fat (p ≤ 0.039), proportional to the increase in newborn weight assessed by the Suzuki method in the second trimester, but the differences were lost after adjustments. Also in the second trimester, we observed an increase in biceps (p ≤ 0.044) and subscapular (p ≤ 0.014) skinfolds that were proportional to the increase in glucose. It was concluded that maximum 11 preperitoneal fat, measured by ultrasound to predict the risk of GDM, appears to be a feasible, inexpensive, and practical alternative to incorporate into clinical practice during the first trimester of pregnancy.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/60492
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