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http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/59714
Type: | Tese |
Title: | Herança biogeográfica e priorização de conservação em um hotspot de biodiversidade de floresta tropical |
Title in English: | Biogeographical heritage and conservation prioritization in a rainforest biodiversity hotspot |
Authors: | Ferreira, Paulo Sérgio Monteiro |
Advisor: | Rodal, Maria Jesus Nogueira |
Co-advisor: | Souza, Thiago Gonçalves |
Keywords: | Árvore da vida;Dispersão filogenética;Endemismos;Facetas da biodiversidade;Floresta Atlântica;Priorização da conservação;Serviços ecossistêmicos;Win-win |
Issue Date: | 2021 |
Citation: | FERREIRA, Paulo Sérgio Monteiro. Herança biogeográfica e priorização de conservação em um hotspot de biodiversidade de floresta tropical. 2021.145 f. Tese (Doutorado em Ecologia e Recursos Naturais) - Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2021. |
Abstract in Brazilian Portuguese: | As causas dos padrões de diversidade atuais e como conservá-los de forma efetiva são grandes questões, clássicas e atuais, preocupam biogeógrafos e ecólogos. Um sistema megadiverso com herança biogeográfica híbrida e expressiva variação ambiental, como a Floresta Atlântica nos fornece pistas valiosas para preencher a lacuna de entendimento das importâncias relativas entre fatores ecológicos e históricos na montagem de comunidades. Adicionalmente, o alto grau de degradação sofrido por esse hotspot de biodiversidade desde a chegada dos europeus, impele o diagnóstico e planejamento do quanto de sua biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos podem ser protegidos para sua persistência. Nesse estudo, propomos que a (i) Os setores Norte e Sul, com históricos biogeográficos distintos, apresentam dinâmicas de diversidades diferentes. Em relação aos gradientes ambientais atuais, sugerimos que (ii) a heterogeneidade ambiental promove maior diversidade taxonômica e filogenética, por permitir a realização de maior número de nichos de diferentes espécies. Já em relação aos gradientes históricos, sugerimos que (iii) as áreas-refúgio da Floresta Atlântica (estabilidade climática no Quaternário Tardio) apresentam maior diversidade filogenética da assembleia arbórea. Usamos dados de ocorrência de mais de três mil espécies arbóreas de toda a floresta para investigar como se dá a relação entre as facetas de biodiversidade taxonômica e filogenética com valores de estabilidade climática e gradientes climáticos e topográficos atuais através de Geographically Weighted Regression (GWR) (Cap I); a eficiência do sistema de reservas atual em proteger as facetas de biodiversidade e o estoque de carbono foi testada e melhorias foram propostas por meio de priorização espacial usando Systematic Conservation Planning (SCP), com o programa Zonation (Cap II). Nossos resultados mostram que as relações entre gradientes e biodiversidade na Floresta Atlântica são dependentes de escala filogenética e biogeográfica. Os setores Norte e Sul da Floresta Atlântica apresentam padrões de diversidade distintos e respostas diferentes aos gradientes atuais e históricos, com a diversidade taxonômica e filogenética de árvores do setor Norte sendo mais dependente de estabilidade do clima atual e heterogeneidade topográfica; enquanto o Sul, revela a importância mais consistente da manutenção de condições pretéritas. Os gradientes de topografia e estabilidade climática, tiveram efeitos positivos independentes de escala. As atuais áreas de preservação da Floresta Atlântica se mostraram bastante eficientes em conservar riqueza taxonômica e os endemismos taxonômico e filogenético. No9 entanto, as áreas com os maiores valores de diversidade filogenética estão fora das áreas de proteção. Apesar de não terem sido criadas comesse propósito inicial, o serviço ecossistêmico da manutenção do estoque de carbono abaixo e acima do solo também estão bem representados nas áreas de conservação atual. Uma expansão dos atuas 9,3 por cento de áreas protegidas (segundo nosso recorte) para 17% duplicaria a performance média da proteção de biodiversidade de árvores e do estoque de carbono. Independentemente da baixa correlação entre biodiversidades e dos serviços ecossistêmicos, as soluções de priorizações que propomos permitem a escolha de diferentes arranjos espaciais de expansão das áreas de preservação, inclusive com várias soluções win-win. |
Abstract: | The causes of current diversity patterns and how to effectively conserve them are big questions, classic and current, of concern to biogeographers and ecologists. A megadiverse system with hybrid biogeographic heritage and significant environmental variation, such as the Atlantic Forest provides us with valuable clues to fill the gap in the understanding of the relative importance between ecological and historical factors in the assembly of communities. Besides, the high degree of degradation suffered by this biodiversity hotspot since the arrival of Europeans impels the diagnosis and planning of how much of its biodiversity and ecosystem services can be protected for its persistence. In this study, we propose that (i) the North and South sectors, with different biogeographical histories, present dynamics of different diversities. About current environmental gradients, we suggest that (ii) environmental heterogeneity promotes greater taxonomic and phylogenetic diversity, as it allows the realization of a greater number of niches of different species. Regarding the historical gradients, we suggest that (iii) the refuge areas of the Atlantic Forest (climatic stability in the Late Quaternary) present greater phylogenetic diversity of the tree assembly. We use data from the occurrence of more than three thousand tree species from the entire forest to investigate how the relationship between the facets of taxonomic and phylogenetic biodiversity occurs with values of climatic stability and current climatic and topographic gradients through Geographically Weighted Regression (GWR) ( Cap I); the efficiency of the current reserve system in protecting the facets of biodiversity and the carbon stock was tested and improvements were proposed through spatial prioritization using Systematic Conservation Planning (SCP), with the Zonation program (Cap II). Our results show that the relationship between gradients and biodiversity in the Atlantic Forest is dependent on a phylogenetic and biogeographic scale. The North and South sectors of the Atlantic Forest have different patterns of diversity and different responses to current and historical gradients, with the taxonomic and phylogenetic diversity of trees in the North sector being more dependent on current climate stability and topographic heterogeneity; while the South, it reveals the more consistent importance of maintaining past conditions. The gradients of topography and climate stability had positive effects independent of scale. The current preservation areas of the Atlantic Forest have proved to be quite efficient in conserving taxonomic wealth and taxonomic and phylogenetic endemisms. However, the areas with the highest phylogenetic diversity values are outside the protected areas. Although they were not10 created for that initial purpose, the ecosystem service of maintaining the carbon stock below and above ground is also well represented in current conservation areas. An expansion of 9.3 percent of protected areas (according to our cut) to 17% would double the average performance of protecting tree biodiversity and carbon stocks. Regardless of the low correlation between biodiversity and ecosystem services, the prioritization solutions we propose to allow the choice of different spatial arrangements for the expansion of preservation areas, including several win-win solutions. |
URI: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/59714 |
Appears in Collections: | DBIO - Teses defendidas na UFC |
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