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Tipo: Dissertação
Título: Narrativas sobre a Guinendade/i: identidade nacional e diversidade étnica na Guiné-Bissau
Autor(es): Amona, Dingana Paulo Faia
Orientador: Abrantes, Carla Susana Alem
Palavras-chave: Guiné-Bissau;Identidade;Nacionalismo;Diversidade social e cultural
Data do documento: 2020
Citação: AMONA, Dingana Paulo Faia. Narrativas sobre a Guinendade/i: identidade nacional e diversidade étnica na Guiné-Bissau. Orientadora: Carla Susana Alem Abrantes. 2020. 104 f. Dissertação (Mestrado em Antropologia) - Programa Associado de Pós-Graduação em Antropologia - UFC/UNILAB, Centro de Humanidades, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2020.
Resumo: Os guineenses são, simultaneamente, iguais e diferentes. Se eles são iguais perante a lei (Constituição da República da Guiné-Bissau no artigo 24°), são diferentes quanto às origens, culturas e simbologias. É, pois, necessário reconhecer a diversidade étnica da Nação guineense e, sobretudo, defender o princípio segundo o qual não existe, no território guineense, uma etnia ou grupo dominante ao ponto de sobrepor a sua língua e costumes aos outros grupos. Para isso, o presente estudo tem como objetivo principal entender como se constituem as narrativas sobre a identidade nacional, assentes na unidade e diversidade. Portanto, equacionou-se levar a cabo nesta dissertação uma discussão do estado da arte das narrativas discursivas que emergem a partir da identidade nacional e étnica, a qual estará em debate e análise a partir do que se compreende como Guinendade/i. Importa salientar, também, que esta pesquisa busca espelhar o tempo presente, principalmente, em 1992, o ano da abertura política para o período atual, por se tratar de um período que marcou as tensas disputas identitárias baseadas no pertencimento étnico. Assim, coloca em suspensão as narrativas sobre a “unidade nacional” que tem como principal bandeira a “Luta Armada”, o que consequentemente condiciona a volta ao passado no processo de construção dos discursos e das orientações identitárias. Orientado pelo método etnográfico através da técnica de pesquisa de campo, esta investigação se baseia na descrição densa. Assim, toda a discussão sobre a “identidade nacional” contou com a contribuição de interlocutores/as, com os quais se estabeleceu um diálogo profícuo e duradouro. Conclui-se que é impossível fazer uma análise e debate sobre o conceito da identidade nacional, sem que se faça uma discussão sobre as categorias Nação, Nacionalismo e que, no caso da Guiné-Bissau, também precisa considerar outros elementos tais como as narrativas do passado de luta de libertação nacional e as variáveis étnicas. A identidade nacional em um espaço territorial de muita diversidade social e cultural só pode ser compreendida a partir de uma aproximação aos indivíduos e grupos que a constroem ao longo do tempo.
Abstract: The Guineans are, simultaneously, the same and different, because, if they are equal before the law (The Constitution of the Republic of Guinea-Bissau in article 24), they are different in their origins, cultures and symbologies. It is therefore necessary to recognize the ethnic diversity of the Guinean nation and, above all, to defend the principle that there is no dominant ethnic group in the Guinean territory to the point of superimposing its language and customs on other groups. To this end, the main objective of the present study is to understand how narratives about “national identity” is interlaced from the perspective of unity and diversity. Therefore, a discussion through the actions that, in the case of Guinea-Bissau, emerge from the “national identity”, which will be in debate and analysis from what is understood as Guinendade/i, has been considered in this dissertation. It is also important to point out that this research seeks to mirror the present time mainly in the years 2019-2020 in the legislative and presidential elections, as it was a period that marked the tense identity disputes based on ethnic and regional belonging. Thus, it puts in suspension the narratives about "national unity" that has as its main flag the “Armed Struggle”, which consequently conditions the return to the past in the process of building discourses and identity guidelines. Guided by the ethnographic method through the technique of field research, this research is based on dense description. Thus, the entire discussion on “national identity” relied on the contribution of interlocutors, with whom a fruitful and lasting dialogue was established. It is concluded that it is impossible to make an analysis and debate on the concept of national identity without a discussion on the categories Nation, Nationalism, and that, in the case of Guinea-Bissau, it is also necessary to consider other elements such as the narratives of the “national liberation struggle” past and ethnic variables. The “national identity” in a territorial space of much social and cultural diversity can only be understood from an approach to the individuals and groups that build it over time.
Résumé: Les Bissau-guinéenne sont à la fois identiques et différents. S'ils sont égaux devant la loi (constitution de la République de Guinée-Bissau à l'article 24), ils sont différents en termes d'origines, de cultures et de symboles. Il faut donc reconnaître la diversité ethnique de la nation Bissau-guinéenne et, surtout, défendre le principe selon lequel il n'y a pas d'ethnie ou de groupe dominant sur le territoire Bissau-guinéenne au point de chevaucher sa langue et ses coutumes avec d'autres groupes. Pour cela, la présente étude a pour objectif principal de comprendre comment les récits sur «l'identité nationale» s'entremêlent du point de vue de l'unité et de la diversité. Par conséquent, il a été décidé de mener une discussion dans cette thèse à travers les actions qui, dans le cas de la Guinée-Bissau, émergent de «l'identité nationale», qui seront débattues et analysées à partir de ce que l'on entend par Guinendade/i. Il convient également de noter que cette recherche cherche à refléter le temps présent, principalement les années 2019- 2020 lors des élections législatives et présidentielles, car c'est une période qui a marqué les conflits d'identité tendus basés sur l'appartenance ethnique et régionale. Ainsi, elle suspend les récits sur «l'unité nationale» dont la bannière principale est le «combat armé», qui conditionne par conséquent le retour dans le passé dans le processus de construction des discours et des orientations identitaires. Guidée per la méthode ethnographique à travers la technique de recherche sur le terrain, cette enquête repose sur une description dense. Ainsi, toute la discussion sur «l'identité nationale» a eu la contribution d'interlocuteurs, avec lesquels un dialogue fructueux et durable s'est établi. Nous concluons qu'il est impossible de mener une analyse et un débat sur le concept d'identité nationale, sans faire une discussion sur les catégories Nation, Nationalisme et que, dans le cas de la Guinée-Bissau, il faut aussi considérer d'autres éléments tels que les récits de la «lutte de libération nationale» passée et variables ethniques. L '«identité nationale» dans un espace territorial d'une grande diversité sociale et culturelle ne peut être appréhendée qu'à partir d'une approche des individus et des groupes qui la construisent au fil du temps.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/56780
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