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http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/55558
Tipo: | Dissertação |
Título: | A garantia da paz perpétua: considerações acerca do progresso histórico no Kant tardio |
Título em inglês: | The guarantee of perpetual peace: considerations about historical progress in the late Kant |
Autor(es): | Queiroz, Pedro Allan Portácio de |
Orientador: | Utz, Konrad Cristoph |
Palavras-chave: | Paz Perpétua;;Disposição Moral;;Progresso;;Teleologia;;Direito;;Perpetual Peace;;Moral disposition;;Progress;;Teleology;;Right; |
Data do documento: | 2020 |
Citação: | QUEIROZ, Pedro Allan Portácio de. A garantia da paz perpétua: considerações acerca do progresso histórico no Kant tardio. 2020. 133 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) - Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2020. |
Resumo: | A presente pesquisa tem por objetivo analisar uma suposta mudança de perspectiva acerca daquilo que Kant entendia, na década de noventa, como sendo a ‘‘garantia da paz perpétua’’. Tal revisão estaria, segundo esta hipótese, visível nos seus últimos textos sobre a filosofia da história. Com efeito, para o filósofo, é a natureza que impulsionaria o progresso jurídico-político através das tendências egoístas dos homens, povos e Estados. Esse recurso conceitual e heurístico de uma sábia natureza já aparecia em 1784, na obra A Ideia de uma História Universal em um sentido cosmopolita, e reaparece em 1795, na obra A Paz Perpétua. Porém, em 1798, na segunda seção da obra O Conflito das Faculdades, é dito que o progresso histórico é possível porque há uma disposição moral presente na humanidade. Podemos vislumbrar aí pelo menos duas maneiras de representar o progresso: num primeiro momento, a história é vista como um plano oculto da natureza, que por sua vez se utilizaria do homem para realizar os seus fins, enquanto no segundo momento é o homem mesmo quem surgiria na cena histórica como autoprodutor do seu destino. Para explorar as sutilezas dessa possível revisão semântica dividimos a pesquisa em três etapas: primeiramente, focaremos nossa atenção numa exposição da filosofia jurídica que embasa o projeto político da paz perpétua; num segundo momento, trazemos esses conceitos para o âmbito das relações internacionais, a fim de nos situar propriamente no desafio político e histórico da paz; e, por fim, num terceiro momento, passa-se propriamente à análise dos textos que versam sobre o progresso do gênero humano, a fim de detectar as possíveis modulações neste conceito, trazendo comentadores a favor e contra a tese de uma possível modificação na argumentação kantiana. Nossa pretensão é evidenciar que há elementos textuais suficientes para a corroboração da tese de que Kant, de fato, procedera a uma reformulação semântica da problemática do progresso, pondo-o como algo que se explicaria, em última instância, numa disposição moral da humanidade para o direito. Porém, acreditamos que, ainda no Kant tardio, a perspectiva teleológica não está de todo descartada, sendo apenas radicalizada num horizonte mais originário: o homem como sujeito da história. |
Abstract: | This research aims to analyze a supposed semantic review of what Kant understood, in the nineties, as "guarantee of perpetual peace". such a review would be, according to this hypothesis, would be visible in the latest texts on the philosophy of history. In effect, for the philosopher, it is nature that drives that progresses the political-political process through the selfish tendencies of men, peoples and states. This conceptual and heuristic resource of a wise nature already appeared in 1784, in the work Idea for a Universal History with a Cosmopolitan Purpose and reappears in 1795, in the work Perpetual Peace. However, in 1798, in the second section of the work The Conflict of the Faculties, it is here that historical progress is possible because there is a moral disposition present in humanity, whose French Revolution (1789), served as a historical sign. We can show here at least two ways of executing progress: in the first moment, a history is seen as a hidden plane of the nature, which in turn uses man to make its fins, while in the second moment it is man himself who appears on the historical scene as the self-producer of its destiny. To explore the subtleties of this semantic review we split that research into three stages: apply, focus our attention on the exposition of the legal philosophy that underlies or the political project of perpetual peace; in a second moment, it presents these concepts for the scope of international relations, in order to situate ourselves properly in the political and historical challenge of peace; and finally, in the third moment, we proceed to the analysis of the texts that show the progress of the human race, in order to detect possible modulations in this concept, brings comments in favor and against an possible change in the Kantian argument. Our intention is to show that there are adequate textual elements to confirm that Kant, in fact, proceeds with a semantic reformulation of the problem of progress, as it is explicitly explained, in the last instance, in a moral disposition of the humanity to the right. However, we believe that, there is still no late Kant, a teleological perspective is not ruled out, being radicalized only in the most original horizon: man as the subject of history. |
URI: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/55558 |
Aparece nas coleções: | PPGFILO - Dissertações defendidas na UFC |
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