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Tipo: Tese
Título: Síndrome metabólica em mulheres com síndrome dos ovários policísticos e sua correlação com doença hepática gordurosa não-alcoólica avaliada por elastografia
Título em inglês: Metabolic syndrome in women with polycystic ovary syndrome and its correlation with nonalcoholic fatty liver disease assessed by elastography
Autor(es): Lustosa, Claruza Braga Holanda Lavor
Orientador: Medeiros, Francisco das Chagas
Palavras-chave: Técnicas de Imagem por Elasticidade;Ultrassonografia;Síndrome Metabólica;Obesidade
Data do documento: 10-Jul-2020
Citação: LUSTOSA, C. B. H. L. Síndrome metabólica em mulheres com síndrome dos ovários policísticos e sua correlação com doença hepática gordurosa não-alcoólica avaliada por elastografia. 2020. 48 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Médico-Cirúrgicas) - Faculdade Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2020.
Resumo: Introdução: A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) é um dos distúrbios endócrinos mais comuns nas mulheres na menacme. A Síndrome Metabólica (SM) ocorre em cerca de 43% das pacientes com SOP, com a obesidade e a resistência insulínica desempenhando papel central no seu desenvolvimento, e a Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica (DHGNA) sendo considerada a expressão hepática da SM. Objetivos: Avaliar a prevalência de SM e DHGNA, comparando mulheres com e sem SOP. Medir a rigidez e analisar a ecotextura hepática para avaliação de DHGNA através de exame de imagem, em mulheres com e sem SOP. Métodos: Foi realizado estudo transversal, onde foram estudadas 100 voluntárias com sobrepeso e/ou obesidade grau 1, sendo 50 com diagnóstico de SOP, e 50 sem SOP. Todas as voluntárias foram submetidas à avaliação antropométrica, laboratorial e à ultrassonografia transvaginal para diagnóstico ou exclusão da SOP, seguida de avaliação dos critérios para presença de SM. Para o diagnóstico de SOP adotamos os critérios de Rotterdam, e para o diagnóstico de SM, os critérios do National Cholesterol Education Program/Adult Treatment Panel III (NCEP/ATPIII). Subsequentemente, realizou-se elastografia e ultrassonografia hepática, para avaliação da rigidez e ecotextura hepática, respectivamente. As diferenças de p < 0,05 foram consideradas estatisticamente significantes. Resultados: Foi demonstrado que mulheres com SOP têm um risco quatro vezes mais elevado de apresentarem SM, OR (IC95%) = 4,14, do que pacientes sem SOP. Mulheres com SOP apresentaram maior média de circunferência abdominal (100,9 ± 9,08 cm vs 94,96 ± 6,99 cm) e de triglicerídeos (162 ± 54,63 mg/dL vs 137,54 ± 36,91 mg/dL), e menor média para HDL-colesterol (45,66 ± 6,88 mg/dL vs 49,78 ± 7,05), com diferença estatística significativa. Foi observada à ultrassonografia mais esteatose hepática nos casos (leve: 26% vs 13%; moderada: 10% vs 6%; acentuada: 4% vs 0, com p 0,184. A média da velocidade da ARFI em mulheres com SM do grupo SOP foi 1,12 m/s vs 1,12 m/s do grupo Não-SOP, p 0,664, não evidenciando, portanto, alteração para DHGNA. Conclusões: Observou-se frequência quatro vezes maior de síndrome metabólica em mulheres com SOP. A obesidade abdominal, a dislipidemia e a resistência insulínica foram os fatores mais relacionados ao risco para SM. Mulheres com SOP apresentaram mais esteatose hepática, porém sem diferença estatística significativa. Não foi observada alteração da rigidez hepática entre os grupos à elastografia.
Abstract: Introduction: Polycystic Ovary Syndrome (PCOS) is one of the most common endocrine disorders in women of reproductive age. Metabolic Syndrome (MetS) occurs in about 43% of patients with PCOS, as obesity and insulin resistance develop a major role in its progress, and Non-Alcoholic Fatty Liver Disease (NAFLD) being the hepatic expression of MetS. Goals: to evaluate the prevalence of MetS and NAFLD, comparing women with and without PCOS; to measure the hepatic stiffness and analyze the hepatic echotexture for NAFLD evaluation through imaging techniques in women with and without PCOS. Methods: Cross-sectional study, where 100 volunteers with overweight and/or obesity class 1, 50 with PCOS, 50 without. All of the volunteers were subject of anthropometric and laboratorial evaluation and transvaginal ultrasound for PCOS diagnosis or exclusion, followed by an evaluation of criteria for the presence of MetS. The Rotterdam Criteria were used for the PCOS diagnosis and the National Cholesterol Education Program/Adult Treatment Panel III (NCEP/ATPIII) for MetS diagnosis. Afterwards, elastography and hepatic ultrasound were carried out, in order to evaluate hepatic stiffness and echotexture, respectively. Differences of p < 0,05 were considered statistically relevant. Results: Women with PCOS have a four times higher risk of having MetS, Odds Ratio (Reliability 95%) = 4,14, than patients without PCOS. Women with PCOS had greater abdominal circumference (100,9 ± 9,08 cm vs 94,96 ± 6,99 cm), higher triglycerides (162 ± 54,63 mg/dL vs 137,54 ± 36,91 mg/dL), and lower average for Colestherol-HDL (45,66 ± 6,88 mg/dL vs 49,78 ± 7,05), with relevant statistical difference. Through transvaginal ultrasound, more hepatic steatosis was found in the cases (slight: 26% vs 13%; moderate: 10% vs 6%; severe: 4% vs 0, with p 0,184). Average speed of ARFI in women with MetS from the PCOS group was 1,12m/s vs 1,12 m/s from the non-PCOS group, p 0,664, thus, not pointing to NAFLD alteration. Conclusions: There was a fourfold higher frequency of MetS in women with PCOS. Abdominal obesity, Dyslipidemia and insulin resistance were the factors more related to risk of MetS. Women with PCOS had more hepatic steatosis, although without statistical relevance.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/53290
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