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Tipo: Tese
Título: Marcadores bioquímicos e genéticos na predição de fatores de risco para doenças cardiovasculares em jovens universitários brasileiros e africanos.
Título em inglês: Biochenmical and genetic markers in the prediction of risk fators for cardiovascular diseases in young Brazilian and African university students.
Autor(es): Sousa, Ederson Laurindo Holanda de
Orientador: Queiroz, Maria Goretti Rodrigues de
Palavras-chave: Doenças cardiovasculares;Etinicidade;Apolipoproteínas;Polomorfismos;Lagtime
Data do documento: 2020
Citação: SOUSA, Ederson Laurindo Holanda de. Marcadores bioquímicos e genéticos na predição de fatores de risco para doenças cardiovasculares em jovens universitários brasileiros e africanos. 2020. 90 f. Tese (Doutorado em Biotecnologia) - Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2020.
Resumo: As doenças cardiovasculares estão entre as principais causas de mortalidade em todo o mundo, e a dislipidemia é o principal fator de risco. Portanto, o estudo de marcadores bioquímicos e genéticos são necessários para o diagnóstico precoce dos riscos dessas doenças. O objetivo do trabalho foi avaliar biomarcadores relacionados aos riscos de doenças cardiovasculares em jovens saudáveis brasileiros e africanos. Desta forma, foram medidos peso, altura, circunferência abdominal (CA), porcentagem de gordura corporal e pressão arterial sistêmica; além de coletados amostras de sangue em jejum para análise bioquímica e genética. Triglicerídeos, colesterol total, HDL-c, apolipoproteínas A-I e B e PCR-us foram medidos em equipamento automatizado, utilizando kits comercialmente disponíveis, além dos testes de capacidade antioxidante do HDL e da atividade enzimática da Paraoxonase 1; somado às análises dos polimorfirmos genéticos rs670 da ApoA-I e rs693 da ApoB. Após análise estatística, foi verificado que IMC, CA, gordura (%), triglicerídeos, razão ApoB/ApoA-I e Vmax foram maiores nos brasileiros, enquanto HDL-c, ApoA-I, Lagtime, Tmax e PON1 foram maiores nos africanos. Nos brasileiros, a razão ApoB/ApoA-I estava relacionada a fatores de obesidade e perfil lipídico, mas nos africanos estava relacionada apenas aos lipídios. A capacidade antioxidante do HDL e a atividade PON1 foi melhor nos africanos. Através de testes de independência, observamos uma associação com risco moderado de infarto do miocárdio com o gênero em africanos. Na análise de regressão logística binária, verificou-se que os homens em geral - e particularmente os africanos - apresentaram maior risco de infarto do miocárdio do que as mulheres pela ApoB/ApoA-I [Odds Ratio 2.144 (IC95%: 1.343- 4.424)], dados complementado pelo PCR-us para maior risco em homens [O.R. 1,904 (IC95%: 1,152 – 3,146)]. O alelo G do rs670 e o C do rs693 foram os mais frequentes nos dois grupos, bem como o alelo A do rs670 foi um fator de risco para os brasileiros por ter apresentado menores HDL-c e ApoA-I, enquanto o alelo T do rs693 foi um fator de risco para os dois grupos por ter sido associado ao aumento de gordura corporal e do LDL-c e diminuição da PON1. Como conclussão deste estudo, foi visto que os brasileiros, principalmente os homens, foram os que apresentaram mais fatores de risco para as doenças cardiovasculares, além de ter sido demonstrado a importância do uso dos outros biomarcadores (PCR-us, Lagtime, PON1, rs670 e rs693), sinalizando a importância destes nas rotinas clínico-laboratoriais.
Abstract: As doenças cardiovasculares estão entre as principais causas de mortalidade em todo o mundo, e a dislipidemia é o principal fator de risco. Portanto, o estudo de marcadores bioquímicos e genéticos são necessários para o diagnóstico precoce dos riscos dessas doenças. O objetivo do trabalho foi avaliar biomarcadores relacionados aos riscos de doenças cardiovasculares em jovens saudáveis brasileiros e africanos. Desta forma, foram medidos peso, altura, circunferência abdominal (CA), porcentagem de gordura corporal e pressão arterial sistêmica; além de coletados amostras de sangue em jejum para análise bioquímica e genética. Triglicerídeos, colesterol total, HDL-c, apolipoproteínas A-I e B e PCR-us foram medidos em equipamento automatizado, utilizando kits comercialmente disponíveis, além dos testes de capacidade antioxidante do HDL e da atividade enzimática da Paraoxonase 1; somado às análises dos polimorfirmos genéticos rs670 da ApoA-I e rs693 da ApoB. Após análise estatística, foi verificado que IMC, CA, gordura (%), triglicerídeos, razão ApoB/ApoA-I e Vmax foram maiores nos brasileiros, enquanto HDL-c, ApoA-I, Lagtime, Tmax e PON1 foram maiores nos africanos. Nos brasileiros, a razão ApoB/ApoA-I estava relacionada a fatores de obesidade e perfil lipídico, mas nos africanos estava relacionada apenas aos lipídios. A capacidade antioxidante do HDL e a atividade PON1 foi melhor nos africanos. Através de testes de independência, observamos uma associação com risco moderado de infarto do miocárdio com o gênero em africanos. Na análise de regressão logística binária, verificou-se que os homens em geral - e particularmente os africanos - apresentaram maior risco de infarto do miocárdio do que as mulheres pela ApoB/ApoA-I [Odds Ratio 2.144 (IC95%: 1.343- 4.424)], dados complementado pelo PCR-us para maior risco em homens [O.R. 1,904 (IC95%: 1,152 – 3,146)]. O alelo G do rs670 e o C do rs693 foram os mais frequentes nos dois grupos, bem como o alelo A do rs670 foi um fator de risco para os brasileiros por ter apresentado menores HDL-c e ApoA-I, enquanto o alelo T do rs693 foi um fator de risco para os dois grupos por ter sido associado ao aumento de gordura corporal e do LDL-c e diminuição da PON1. Como conclussão deste estudo, foi visto que os brasileiros, principalmente os homens, foram os que apresentaram mais fatores de risco para as doenças cardiovasculares, além de ter sido demonstrado a importância do uso dos outros biomarcadores (PCR-us, Lagtime, PON1, rs670 e rs693), sinalizando a importância destes nas rotinas clínico-laboratoriais.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/51881
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