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http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/49805
Tipo: | Capítulo de Livro |
Título: | Psicose na infância e escolarização: a orientação ética das proposições sobre a escola regular |
Autor(es): | Pereira, Caciana Linhares Figueiredo, Rita Vieira de |
Palavras-chave: | Educação inclusiva;Psicose infantil;Ambiente de sala de aula |
Data do documento: | 2012 |
Instituição/Editor/Publicador: | Edições UFC |
Citação: | PEREIRA, Caciana Linhares; FIGUEIREDO, Rita Vieira de. Psicose na infância e escolarização: a orientação ética das proposições sobre a escola regular. IN: MATOS, Kelma Socorro Alves Lopes de (org.). Cultura de paz, ética e espiritualidade III. Fortaleza, CE: Edições UFC, 2012. p. 335-355. |
Resumo: | Um dos aspectos importantes que se apresentam quando analisamos a educação na proposta inclusiva é o lugar que esta proposta confere ao saber do aluno, o que pode ser observado justamente nessa preocupação em torno da experiência da sala de aula, em torno da forma como o professor lida e trabalha com a singularidade de cada aluno. Sabemos que a constituição do humano requer muito mais do que condições biológicas e cuidados básicos com o recém-nascido. Ao chegar ao mundo, um bebê terá suas ações ainda precoces revestidas pelas palavras do outro. Ao chorar, o outro irá interpretar esse choro e inseri-lo numa rede de linguagem. Esta função interpretante do outro e da cultura irá sustentar o bebê numa construção ininterrupta que irá se encarregar de "cobrir" o real pelo simbólico. Diante das manifestações do real, a cultura - através do outro que cuida da criança - irá simbolizar esse real retirando a criança da escuridão, das trevas do sem-nome. É assim que o corpo orgânico se humaniza: sendo afetado pelo outro e pelas palavras da cultura. A tarefa do professor não se encontra atravessada por essa função interpretante? Não cabe ao professor construir com os alunos significações para o real do mundo? Ao ouvir a palavra mamífero, a criança pode inicialmente ficar indiferente: para ela esta é uma palavra morta. Ao mesmo tempo, é uma palavra que ela passa a escutar, promovendo um efeito de distanciamento e estranhamento entre o sujeito e o outro que fala a palavra mamífero. o professor, ao construir com o aluno significações para a palavra, estará cobrindo esta parte do real (a palavra mamífero) pelo simbólico. Esta simbolização, portanto, implica também numa certa "aproximação" do outro que fala a palavra; aproximação realizada a partir do momento em que a palavra mamífero entrar num jogo de sentidos produzido a meio caminho - entre - o sujeito e o outro. Podemos afirmar então que uma das faces do professor é a face interpretativa: face que cobre o real pelo simbólico. E a outra face?[...] |
URI: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/49805 |
ISBN: | 978-85-7282-530-6 |
Aparece nas coleções: | DEE - Capítulos de livro |
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