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dc.contributor.advisorVasconcelos, José Gerardo-
dc.contributor.authorFerreira, Tereza Maria da Silva-
dc.date.accessioned2019-08-28T11:36:21Z-
dc.date.available2019-08-28T11:36:21Z-
dc.date.issued2018-
dc.identifier.citationFERREIRA, Tereza Maria da Silva. Saberes e discursos culturais sobre o uso de drogas. 2018. 137f. - Tese (Doutorado) - Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Educação, Fortaleza (CE), 2018.pt_BR
dc.identifier.urihttp://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/45202-
dc.description.abstractNo trabalho proposto, o objetivo é descrever rupturas e descontinuidades históricoculturais sobre o uso de drogas relacionadas ao percurso discursivo da predominância médica, psiquiátrica e farmacêutica. A problemática se faz necessária na perspectiva de pensar: quais transformações históricas, sociais e culturais ocorreram na formação discursiva da medicina e farmacologia? Tem-se como hipótese, ressaltar as distorções dos discursos deturpados de práticas e saberes preconceituosos e marginalizantes no percurso histórico-cultural sobre as drogas como forma de entendimento das significações criminalizadoras sobre a temática. O propósito é apresentar a imposição dos discursos médicos em determinados períodos históricos. Além do estudo teórico há como campo de coleta de dados a história da Comunidade Terapêutica Desafio Jovem do Ceará, considerada uma das instituições pioneiras em oferecer tratamento às pessoas comprometidas com o alcoolismo e a dependência química desde a década de 70. A referida instituição atua desde 1975 na cidade de Fortaleza, tendo como objetivo a reinserção social desses sujeitos. No referencial teórico, recorreu-se às significações teóricas de transgressão e desvios a partir de Howard Becker e Gilberto Velho, como também, do entendimento do papel da educação não formal enquanto processo educativo. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de cunho histórico, usando como metodologia a história oral da temática das drogas, referenciada pela análise da Arqueologia do Saber, de Foucault. Utilizou-se como técnica a coleta de dados e análise dos documentos cedidos pela Comunidade Terapêutica Desafio Jovem e observação contida no diário de campo. Conclui-se que, o que antes era cultura, ritual religioso, depois uma das principais formas de adquirir prazer, transformou-se em doença. Doença essa que, sobressai-se, em seus múltiplos aspectos à realidade do “louco e da loucura” nas formas de tratamento de indivíduos desviantes, pautados em um discurso patológico, e transformada, pelos saberes médicos, em doença, alienação, desajuste, irracionalidade, perversão, carregando um conjunto de práticas, concepções e saberes ancorados em uma moralidade. Ao condenar, ou na intenção de prevenir seu uso, precisa-se levar em conta sua evolução histórica em determinadas regiões, sociedade, bem como fenômenos políticos e culturais do contexto se inserem. Assim, neste trabalho, tomou-se como premissa de que a dependência não se estrutura fundamentalmente a partir da experiência com uma substância psicoativa, mas a estruturação mental de cada sujeito empresta significações singulares às experiências vivenciadas com as mais diversas substâncias psicoativas, funcionando como um filtro que possibilita a produção de vários sentidos, a depender da função que estas assumem para cada um.pt_BR
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.subjectDrogaspt_BR
dc.subjectDesviospt_BR
dc.subjectEducaçãopt_BR
dc.subjectHistóriapt_BR
dc.titleSaberes e discursos culturais sobre o uso de drogaspt_BR
dc.typeTesept_BR
dc.description.abstract-ptbrNo trabalho proposto, o objetivo é descrever rupturas e descontinuidades históricoculturais sobre o uso de drogas relacionadas ao percurso discursivo da predominância médica, psiquiátrica e farmacêutica. A problemática se faz necessária na perspectiva de pensar: quais transformações históricas, sociais e culturais ocorreram na formação discursiva da medicina e farmacologia? Tem-se como hipótese, ressaltar as distorções dos discursos deturpados de práticas e saberes preconceituosos e marginalizantes no percurso histórico-cultural sobre as drogas como forma de entendimento das significações criminalizadoras sobre a temática. O propósito é apresentar a imposição dos discursos médicos em determinados períodos históricos. Além do estudo teórico há como campo de coleta de dados a história da Comunidade Terapêutica Desafio Jovem do Ceará, considerada uma das instituições pioneiras em oferecer tratamento às pessoas comprometidas com o alcoolismo e a dependência química desde a década de 70. A referida instituição atua desde 1975 na cidade de Fortaleza, tendo como objetivo a reinserção social desses sujeitos. No referencial teórico, recorreu-se às significações teóricas de transgressão e desvios a partir de Howard Becker e Gilberto Velho, como também, do entendimento do papel da educação não formal enquanto processo educativo. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de cunho histórico, usando como metodologia a história oral da temática das drogas, referenciada pela análise da Arqueologia do Saber, de Foucault. Utilizou-se como técnica a coleta de dados e análise dos documentos cedidos pela Comunidade Terapêutica Desafio Jovem e observação contida no diário de campo. Conclui-se que, o que antes era cultura, ritual religioso, depois uma das principais formas de adquirir prazer, transformou-se em doença. Doença essa que, sobressai-se, em seus múltiplos aspectos à realidade do “louco e da loucura” nas formas de tratamento de indivíduos desviantes, pautados em um discurso patológico, e transformada, pelos saberes médicos, em doença, alienação, desajuste, irracionalidade, perversão, carregando um conjunto de práticas, concepções e saberes ancorados em uma moralidade. Ao condenar, ou na intenção de prevenir seu uso, precisa-se levar em conta sua evolução histórica em determinadas regiões, sociedade, bem como fenômenos políticos e culturais do contexto se inserem. Assim, neste trabalho, tomou-se como premissa de que a dependência não se estrutura fundamentalmente a partir da experiência com uma substância psicoativa, mas a estruturação mental de cada sujeito empresta significações singulares às experiências vivenciadas com as mais diversas substâncias psicoativas, funcionando como um filtro que possibilita a produção de vários sentidos, a depender da função que estas assumem para cada um.pt_BR
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