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http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/34841
Tipo: | Dissertação |
Título: | Análise da terapêutica com agentes hipometilantes sobre a sobrevida em portadores de síndrome mielodisplásica, correlacionando com fatores clínicos, hematológicos, citopatogenéticos e índices prognósticos |
Título em inglês: | Analysis of therapy with hypomethylating agents on survival in patients with myelodysplastic syndrome, correlating with clinical, hematological, cytopathogenic and prognostic factors |
Autor(es): | Feitosa, Roberto Liborio |
Orientador: | Pinheiro, Ronald Feitosa |
Palavras-chave: | Azacitidina;Patologia;Sobrevida |
Data do documento: | 18-Jul-2018 |
Citação: | FEITOSA, R. L. Análise da terapêutica com agentes hipometilantes sobre a sobrevida em portadores de síndrome mielodisplásica, correlacionando com fatores clínicos, hematológicos, citopatogenéticos e índices prognósticos. 2018. 170 f. Dissertação (Mestrado em Patologia) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2018. |
Resumo: | A terapia com agentes hipometilantes, Azacitidina e Decitabina, surgiu há relativamente poucos anos como uma alternativa de tratamento para a síndrome mielodisplásica. Uma parcela desconhecida de pacientes utilizava estes medicamentos no acompanhamento em serviços especializados de hematologia em Fortaleza – Ceará, tanto no Hospital Universitário da Universidade Federal do Ceará quanto no Hospital Geral de Fortaleza. Buscou-se identificar todos os pacientes que receberam Azacitidina e Decitabina para tratamento de síndrome mielodisplásica em ambos os serviços de hematologia até a data de 28 de fevereiro de 2018, definir a sobrevida dos mesmos e analisar quais os fatores epidemiológicos, hematológicos, índices de comorbidades e escores prognósticos seriam capazes de influenciar a mesma. A partir disto, através de um estudo retrospectivo analítico-descritivo, revisaram-se os dados de prontuários médicos de todos os portadores de síndrome mielodisplásica que tivessem recebido pelo menos uma dose sequer de um dos agentes hipometilantes em ambos os serviços especializados de hematologia. Identificou-se uma amostra total de 52 pacientes, a média de idade foi de 69,7 anos, houve predomínio do sexo masculino com uma proporção de 51,9%. Os usuários de Azacitidina representaram 59,6% do total, enquanto a Decitabina isoladamente foi empregada por um total de 26,9% e uma parcela de 12,5% de pacientes usou de forma sequenciada ambos os agentes hipometilantes. O Myelodysplastic Syndrome – comorbidity index apresentou 80,8% dos pacientes categorizados como baixo risco e o índice de comorbidades de Charlson ajustado para a idade apresentava um escore de três ou menos para 57,7% do total da amostra. Cariótipo desfavorável caracterizava 55,3% dos pacientes que possuíam este exame disponível. Os índices prognósticos Revised - International Prognostic Scoring System e World Health Organization Classification – based Prognostic Scoring System apresentaram categorização em alto risco para 71,1% e 84,2% da amostra disponível, respectivamente. Hemoglobina maior ou igual a 8 g/dL à época do início da terapia hipometilante foi a única variável associada de forma estatisticamente significativa à ocorrência de resposta terapêutica à Azacitidina ou Decitabina. Desfechos clínicos de sucesso ou falha aos agentes hipometilantes foram influenciados de forma significativa estatisticamente pela ocorrência de melhora hematológica nos setores eritrocitário e plaquetário. Uma maioria de 57,7% da amostra recebeu ao todo seis ciclos terapêuticos de hipometilantes. A mediana de tempo de sobrevida livre de eventos obtida pelo total de pacientes foi de 18,9 meses quando do diagnóstico de síndrome de mielodisplásica e de 10,7 meses quando do início do tratamento. Concluiu-se que apresentar um subtipo de síndrome mielodisplásica sem excesso de blastos e receber um número mínimo de três ciclos terapêuticos de um dos agentes hipometilantes foram as únicas variáveis que se associaram de forma significativa estatisticamente com a sobrevida livre de eventos estabelecida para a época do diagnóstico de síndrome mielodisplásica. Plaquetas de pelo menos 50 mil/mm3, não apresentar dependência transfusional de plaquetas, apresentar resposta terapêutica nos parâmetros de hemograma em setores eritrocitário e plaquetário, desenvolver alguma resposta terapêutica favorável à Azacitidina ou Decitabina e receber pelo menos três ciclos de agentes hipometilantes foram as únicas variáveis que apresentaram uma associação estatisticamente significativa quanto à sobrevida livre de eventos estabelecida para o momento do início do tratamento hipometilante. |
Abstract: | Therapy with hypomethylating agents, Azacitidine and Decitabine, has emerged relatively recently as an alternative treatment for myelodysplastic syndrome. An unknown number of patients used these drugs in follow - up at specialized hematology services in Fortaleza - Ceará, both at the University Hospital of the Federal University of Ceará and at the General Hospital of Fortaleza. We attempted to identify all the patients who received Azacitidine and Decitabine for the treatment of myelodysplastic syndrome in both hematology services until February 28, 2018, to define their survival and to analyze the epidemiological, hematological, and comorbidities factors and prognostic scores that would be able to influence it. From this, through an analytical-descriptive retrospective study, the medical records of all patients with myelodysplastic syndrome who had received at least one dose of one of the hypomethylating agents in both specialized hematology services were reviewed. A total sample of 52 patients was identified, mean age was 69.7 years, male predominance was 51.9%. Azacitidine users accounted for 59.6% of the total, while Decitabine alone was used for a total of 26.9% and a portion of 12.5% of patients used sequenced both hypomethylating agents. Myelodysplastic Syndrome - comorbidity index presented 80.8% of the patients classified as low risk and the age - adjusted Charlson comorbidities index had a score of three or less for 57.7% of the total sample. An unfavorable karyotype characterized 55.3% of patients who had this test available. The prognostic indices Revised - International Prognostic Scoring System and World Health Organization Classification - based Prognostic Scoring System presented high risk categorization for 71.1% and 84.2% of the available sample, respectively. Hemoglobin greater than or equal to 8 g / dL at the time of initiation of hypomethylation therapy was the only statistically significant variable associated with the occurrence of a therapeutic response to Azacitidine or Decitabine. Clinical outcomes of success or failure of hypomethylating agents were significantly influenced by the occurrence of hematologic improvement in the erythrocyte and platelet sectors. A majority of 57.7% of the sample received altogether only six therapeutic cycles of hypomethylants. The median events free survival time obtained by total patients was 18.9 months at diagnosis of myelodysplastic syndrome and 10.7 months at the time of initiation of treatment. It was concluded that presenting a subtype of myelodysplastic syndrome without excess blasts and receiving a minimum of three therapeutic cycles of one of the hypomethylating agents were the only variables that were statistically significantly associated with the events free survival established for the time of diagnosis of the syndrome myelodysplastic. Platelet count of at least 50,000 / mm3, the absence of transfusional dependence of platelets, therapeutic response in peripheral blood parameters in the erythrocyte and platelet count, favorable therapeutic response to Azacitidine or Decitabine and treatment with at least three cycles of hypomethylating agents were the only variables that presented a statistically significant association with the event-free survival established for the moment of initiation of the hypomethylating treatment. |
URI: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/34841 |
Aparece nas coleções: | DPML - Dissertações defendidas na UFC |
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