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http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/21738
Type: | Artigo de Evento |
Title: | Memórias de mulheres e amigos: interesse e afeto no meretrício de Fortaleza (1960-1980) |
Authors: | Pinho, Érika Bezerra de Meneses Paiva, Antonio Cristian Saraiva Sousa, Francisca Ilnar de |
Keywords: | Prostituição;Dádiva;Sociabilidade |
Issue Date: | 2012 |
Publisher: | 28ª Reunião Brasileira de Antropologia |
Citation: | PINHO, Érika Bezerra de Meneses; PAIVA, Antonio Cristian Saraiva; SOUSA, Francisca Ilnar de. Memórias de mulheres e amigos: interesse e afeto no meretrício de Fortaleza (1960-1980). In: REUNIÃO BRASILEIRA DE ANTROPOLOGIA, 28., 2012, São Paulo. Anais... São Paulo: ABA, 2012, 16p. |
Abstract in Brazilian Portuguese: | Este artigo, parte de minha dissertação de Mestrado, foi elaborado a partir de narrativas de histórias de vida de mulheres idosas, que exerceram a prostituição na zona do Farol do Mucuripe, em Fortaleza, nas décadas de 1960 a 1980. A prostituição tem sido comumente representada como a troca de sexo por dinheiro, e a “ausência de amor” entre prostituta e cliente já foi definida como uma das características do comércio do sexo. Pesquisas mais recentes, no entanto, tem modificado a definição desta instituição social, por meio da observação mais detalhada das trocas envolvidas entre prostituta e cliente. Neste estudo, as memórias das personagens apresentam tantos casos em que afetividade e sexo venal se intercruzam, que se torna impossível considerar tais casos exceções à regra da ausência de sentimentos. As personagens dessa pesquisa falam de um período em que o envolvimento afetivo com os clientes era não apenas comum, mas parte da maneira como a prostituição era praticada. Entre a relação romântica e o sexo venal, que poderiam ser considerados opostos, as mulheres das pensões situavam modalidades intermediárias de envolvimento afetivo, representadas em uma classificação própria. Nesse contexto, as mulheres pesquisadas distinguíamos clientes eventuais daqueles que lhes visitavam assiduamente e compartilhavam com elas alguma intimidade, nomeados de “amigos”. Cultivar cotidianamente esse tipo de laços possibilitava, às mulheres, inscreverem-se em uma economia particular de dádivas e contra dádivas. |
URI: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/21738 |
ISBN: | 978-85-87942-07-4 |
Access Rights: | Acesso Aberto |
Appears in Collections: | DCSO - Trabalhos apresentados em eventos |
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