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Tipo: Dissertação
Título : Planejamento familiar de mulheres portadoras de transtorno mental
Título en inglés: Family planning of women bearers of mental disorder
Autor : Guedes, Tatiane Gomes
Tutor: Moura , Escolástica Rejane Ferreira
Palabras clave : Planejamento Familiar;Transtornos Mentais;Saúde de Grupos Específicos
Fecha de publicación : 2007
Citación : GUEDES, T. G. Planejamento familiar de mulheres portadoras de transtorno mental. 2007. 95 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) - Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem. Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2007.
Resumen en portugués brasileño: Promover assistência ao planejamento familiar (PF) de mulheres portadoras de transtorno mental, contextualizando-as sob o ponto de vista de internações hospitalares, autonomia prejudicada e limitações de suas funções no cuidado de si é um desafio. Todavia, a Constituição Federal assegura que a assistência ao PF é um direito de todo cidadão. Mulheres com transtorno mental são vulneráveis a gravidez não planejada pelo juízo crítico prejudicado nos surtos psicóticos; pela dificuldade em estabelecer uniões estáveis; pela hipersexualidade; e baixa auto-estima. Estudos demonstram maiores taxas de transtornos de ansiedade e do humor, em mulheres. Doravante o exposto foram elaboradas as seguintes questões: quais as condições socioeconômicas e gineco-obstétricas de mulheres com transtorno mental? Qual o perfil psiquiátrico e de planejamento familiar do grupo estudado? Haveria associação entre os diferentes diagnósticos médico de transtorno mental com história e freqüência de internações e com o uso correto/incorreto dos métodos anticoncepcionais? Para responder a tais indagações definiu-se por realizar a presente pesquisa com os objetivos de identificar condições sociodemográficas de mulheres portadoras de transtorno mental; verificar aspectos do histórico psiquiátrico do grupo estudado; identificar perfil gineco-obstétrico e do planejamento familiar de mulheres portadoras de transtorno mental; e averiguar a existência ou não de associação entre o diagnóstico médico de transtorno mental com história e freqüência de internações e com o uso correto/incorreto dos métodos anticoncepcionais. O estudo transversal, documental e de campo foi desenvolvido em um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), que compõe o Sistema de Saúde de Fortaleza-CE. A população correspondeu a 748 pacientes com diagnóstico de transtorno mental. A amostra foi composta de 255 mulheres em idade fértil (10 a 49 anos), fora de comportamento psicótico e/ou mediadas por um familiar ou responsável. Os dados foram coletados no prontuário e através de entrevista semi-estruturada; foram processados no Programa SPSS versão 11.0. A média de idade das mulheres foi de 35,04; 74 (28,4%) não possuíam estudo ou tinham escolaridade baixa; a renda familiar de 114 (44,7%) foi inferior a um salário mínimo; 179 (70,2%) tinham como ocupação as atividades domésticas; 119 (46,7%) eram casadas e 114 (44,7%) tinham companheiros eventuais. O diagnóstico médico predominante foi o transtorno de humor, com 125 (49,0%), seguido da esquizofrenia e de outros transtornos psicóticos, com 60 (23,6%). Mais da metade das mulheres já havia se submetido à internação psiquiátrica, com freqüência que variou de um até mais de 11 eventos; 246 (96,5%) faziam uso de medicações psicotrópicas. A gravidez foi evento comum em 144 (56,5%) das mulheres, sendo que somente 34 (23,6%) dessas gestações foram planejadas. Somente 15 (5,9%) mulheres estavam, no decorrer da pesquisa, sendo acompanhadas em planejamento familiar e 35 (13,7%) faziam uso de método anticoncepcional (pílula, preservativo masculino ou injetável), embora, 233 (91,4%), tivessem vida sexual ativa. Não houve associação estatística significante entre os diferentes diagnósticos médico com freqüência de internações e com o uso correto/incorreto dos métodos anticoncepcionais. Os resultados indicam que é necessário intervir no modelo vigente de atenção à saúde das mulheres portadoras de transtorno mental, visando uma assistência mais integral, amparada na proposta da reforma psiquiátrica e do cumprimento dos direitos sexuais e reprodutivos.
Abstract: It is a challenge to promote assistance to family planning (FP) of women bearers of mental disorder, to contextualize them on the hospitalization point of view, damaged autonomy and the limitations of their functions on self-care. However, the Federal Constitution makes sure that assistance to FP is a right of every citizen. Women with mental disorder are vulnerable to unplanned pregnancy due to their damaged critical judgment in their psychotic crises; by the difficulty to maintain stable relationships; by the hypersexuality; and low self-esteem. Studies demonstrated bigger taxes of anxiety and humor disorders in women. Then one elaborated the following questions: what are the socioeconomic and gynecologic-obstetric conditions of women with mental disorders? What is the psychiatric and family planning profile of the group studied? Are there associations between the different medical diagnoses of mental disorder with history and frequency of the hospitalization period with the correct/incorrect use of contraceptive methods? In order to answer these questions one decided to conduct the present research aiming to identify sociodemographic conditions of women bearers of mental disorder; verify aspects of the psychiatric historic of the group studied; identify the gynecologic-obstetric and family planning profile of women bearers of mental disorder; and verify the existence or not of association between the medical diagnosis of mental disorder with history and frequency of hospitalization period and with correct/incorrect use of contraceptive methods. This transversal, documental and field study was developed in a Center of Social Attention (CSA), which compose the Health System of Fortaleza-CE. The population was composed by 748 patients with diagnosis of mental disorder. The sample was composed of 255 women in fertile age (10 through 49 years of age), out of psychotic behavior and/or accompanied by a family member or responsible person. The data were collected in the form and through semi-structured interview; processed in the Program SPSS version 11.0. The average age of the women was 35.04; 74 (28,4%) did not go to school or had low school years; the family income of 114 (44.7%) was lower than a minimum salary; 179 (70,2%) had as occupation house chores; 119 (46.7%) were married and 114 (44.7%) had eventual partners. The predominant medical diagnosis was the humor disorder, with 125 (49.0%), followed by schizophrenia and other psychotic disorders, with 60 (23.6%) More than half of the women had already faced psychiatric hospitalization, with frequency that varied from one up till 11 events; 246 (96.5%) used psychotropic medicine. Pregnancy was a common event in 144 (56.5%) of the women, being only 34 (23.6%) of these pregnancies planned. Only 15 (5.9%) women were, during the research, being accompanied in family planning and 35 (13.7%) used contraceptive methods (contraceptive pill, masculine condom or injectable), although 233 (91.4%) had an active sexual life. There was not a significant statistic association between the different medical diagnoses with frequency of hospitalization and with correct/incorrect use of contraceptive methods. The results indicate that it is necessary to interfere in the current model of attention to women bearers of mental disorder’s health, aiming a more integral assistance, based on the proposal of the psychiatric reformation and to guarantee sexual and reproductive rights.
URI : http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/2047
Aparece en las colecciones: DENF - Dissertações defendidas na UFC

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