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Tipo: Tese
Título: Vergonha, sacrifício e testemunho: 3 desmedidas para 3 romances de J. M. Coetzee
Título em inglês: Shame , sacrifice and testimony: 3 immoderatte for 3 novels of J. M. Coetzee
Autor(es): Oliveira, Carlos Augusto Lima de
Orientador: Bylaardt, Cid Ottoni
Palavras-chave: Contemporary literature;Testimony;Sacrifice;Análise do discurso;Literatura contemporânea;Coetzee, J. M., 1940-
Data do documento: 2016
Instituição/Editor/Publicador: www.teses.ufc.br
Citação: OLIVEIRA, Carlos Augusto Lima de. Vergonha, sacrifício e testemunho: 3 desmedidas para 3 romances de J. M. Coetzee. 2016. 183f. – Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Ceará, Departamento de Letras, Programa de Pós-graduação em Letras, Fortaleza, 2016.
Resumo: O presente estudo tem como ponto de partida uma articulação entre o discurso literário e o discurso testemunhal, a partir das proposições de Giorgio Agamben a respeito da ideia do testemunho como um discurso de Auctor, aquele que é autorizado por outrem a relatar determinados eventos. Esta ideia de testemunho difere do senso comum, como algo que atesta com veracidade e objetividade os acontecimentos, mas está muito mais próxima do discurso de invenção, onde sua veracidade, e sua dimensão ética, estão mais para aquilo que lhe falta ou mesmo excede, para lembrar a crítica portuguesa Silvina Rodrigues Lopes. Desta forma, interessa a este estudo analisar três romances do escritor sul-africano J.M. Coetzee (À Espera dos Bárbaros, A Idade do Ferro e Desonra) como recortes testemunhais das transformações por que passam seus narradores, tanto dentro do contexto da África do Sul, quanto em outras dimensões simbolizadas ali. Um testemunho onde resvala o peso da Vergonha, como potência de manifestação ética, na medida em que aponta a falência de modelos até então vigentes (colonialismo, Apartheid, o projeto de civilização ocidental), e de uma ordem sacrificial em que mergulham tais narradores-testemunhas. Sacrifício dos próprios corpos brancos, até então imunes, legalmente protegidos, sacralizados. Sacrifício como profanação.
Abstract: This study has as its starting point an articulation between literary discourse and testimonial speech, from the propositions of Giorgio Agamben about the idea of testimony as an Auctor speech, one who is authorized by others to report certain events. This idea of testimony differs from common sense, as something that testifies truthfully and objectively the events, but is much closer to the speech of the invention, where its veracity, and its ethical dimension, achieve what it lacks or even exceeds, reminding the Portuguese critic Silvina Rodrigues Lopes. Thus, this study is interested in analyzing three novels of the South African writer J.M. Coetzee (Waiting for the Barbarians, The Iron Age and Disgrace) as testimonials clippings of changes that spend their narrators, both inside the South African context as in other dimensions symbolized there. A testimony where slips the burden of Shame, such as an ethical manifestation’ power, in that it points out the failure of models so far established (colonialism, Apartheid, the Western civilization project), and a sacrificial order where such narrators-witnesses dive. Sacrifice of white bodies, hitherto immune, legally protected, sacralized. Sacrifice as profanation.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/16673
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