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Tipo: Dissertação
Título: Transecção do menisco medial em camundongos promove mais dor e lesão que a sua retirada
Título em inglês: Transection of the medial meniscus in mice promotes more pain and injury that your recession
Autor(es): Teotonio, Maria Aline Alves
Orientador: Rocha, Francisco Airton Castro da
Palavras-chave: Osteoartrite;Nocicepção;Camundongos
Data do documento: 2013
Citação: TEOTONIO, Maria Aline Alves. Transecção do menisco medial em camundongos promove mais dor e lesão que a sua retirada. 2013. 60 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Médicas) - Faculdade de Medicina. Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2013.
Resumo: A Osteoartrite (OA) é uma doença articular crônica degenerativa, caracterizada pela perda da função e incapacitação, interferindo na qualidade de vida. Em humanos, a inexistência de métodos objetivos e confiáveis para avaliar a evolução da OA limita o seu estudo clínico. Assim, modelos animais são amplamente utilizados na tentativa de se compreender os aspectos fisiopatológicos da doença e investigar novas terapias. Considerado como um dos modelos experimentais de OA mais utilizado, o de instabilidade mecânica induzida por cirurgia reproduz experimentalmente o trauma crônico observado na OA humana. Utilizando os modelos cirúrgicos de meniscectomia (retirada do menisco) e desestabilização do menisco (corte do menisco) objetivou-se avaliar a diferença do desenvolvimento da OA nesses modelos experimentais e sua resposta a diferentes drogas anti-inflamatórias. Camundongos Swiss foram submetidos à cirurgia e sacrificados após 7 semanas, com avaliação diária da dor articular (hipernocicepção). Após o sacrifício, o lavado articular foi coletado e o sobrenadante armazenado para a dosagem de citocinas e óxido nítrico (NO). Avaliação histopatológica das articulações foi feita segundo os escores Osteoartrite Research Society International (OARSI).Grupos falso-operados (Sham) foram utilizados para comparação. Grupo de animais meniscotomizados receberam morfina (2 mg/kg; i.p.), naloxona (1 mg/kg; i.p.), indometacina (2 mg/kg; s.c.), 1400W (0,5 mg/kg; s.c.), HOE-140 (1 mg/kg; s.c.) ou anti-TNF (25-50 μL) intra-articular . A hipernocicepção foi registrada 1 e 3 horas após a administração das drogas. Grupo não tratado recebeu apenas veículo. Os dados foram expressos como média ± e.p.m, seguidos por ANOVA e teste de Tukey. Os escores histopatológicos foram expressos como mediana, seguidos por teste de Kruskal-Wallis. O nível de significância foi de P<0,05. Na meniscectomia e meniscotomia, a hiperalgesia articular aumentou significativamente nos 16 dias após o procedimento cirúrgico, comparada ao grupo sham (animais falso-operados). Essa hiperalgesia persistiu no grupo meniscotomia até o 49º dia de observação (P<0,05). O influxo celular foi maior e as lesões articulares foram mais graves, particularmente na porção tibial, no grupo meniscotomia (P<0,05). Indometacina, 1400W, HOE e morfina reduziram significativamente a hipernocicepção, com reversão do efeito da morfina pelo naloxona. O efeito analgésico de anti-TNF persistiu por 7 dias após a administração. Os níveis de IL-1, TNF-α, IFN-γ e NO foram indetectáveis. A meniscotomia é um modelo mais grave de OA, envolvendo a participação de cicloxigenase, óxido nítrico sintase indutível, bradicinina, opioides e TNF
Abstract: Abstract Osteoarthritis (OA) is a chronic degenerative joint disease characterized by loss of joint of function and disability, reduced with the quality of life. In humans, the lack of reliable and objective methods to evaluate the progression of OA limits their clinical study. Thus, animals are commonly used as model in an attempt to understand the pathophysiology of the disease and investigate new therapies. Considered one of the most experimental models of OA used, the mechanical instability of surgically induced experimentally reproduce the chronic trauma observed in human OA. Using models of surgical meniscectomy (meniscus removal) and destabilization of the medial meniscus (DMM) aimed to evaluate the difference in the development of OA in these experimental models and their response to different anti-inflammatory drugs. Swiss mice underwent surgery and the animals were sacrificed after 7 weeks, with daily assessment of joint pain (hypernociception). After sacrifice, the intra-articular lavage was colleted. The supernatant stored for evaluate cytokine-induced nitric oxide (NO). Histopathologic evaluation of the joints was performed according to the OARSI scores. Groups false-operated (Sham) were used for comparison. Meniscotomizados groups of animals receiving morphine (2 mg/kg, ip), naloxone (1 mg/kg, ip), indomethacin (2 mg/kg, sc), 1400W (0.5 mg/kg, sc), HOE-140 (1 mg/kg, sc) or anti-TNF (25-50 l) intraarticular. The hypernociception was recorded first and third hours after drug administration. Untreated group received vehicle only. Data were expressed as mean ± SEM, and ANOVA followed by Tukey test. The histopathological scores were expressed as median followed by Kruskal-Wallis. Statistical significance was set at P <0.05. In destabilization of the medial meniscus and meniscectomy, articular hyperalgesia increased significantly in the 16 days after surgery, compared to the sham group (false-operated animals). This hyperalgesia persisted in group destabilization of the medial meniscus until the 49th day of observation (P <0.05). The cellular influx was higher and articular lesions were more severe, particularly in tibial portion, destabilization of the medial meniscus group (P <0.05). Indomethacin, 1400W, HOE and morphine significantly reduced hypernociception, with reversal of the effect of morphine by naloxone. The analgesic effect of anti-TNF persisted for 7 days after administration. The levels of IL-1, TNF-α, IFN-γ and NO were undetectable. The destabilization of the medial meniscus is a more severe OA, involving the participation of cyclooxygenase, inducible nitric oxide synthase, bradykinin, opioids and TNF.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/9818
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