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Tipo: Tese
Título : Atenção psicossocial em territórios raciais ancestralizados no Ceará: textualidade, narrativas e experiências em uma avaliação de(s)colonial da ação pública em saúde mental
Autor : Lima, Francisco Anderson Carvalho de
Tutor: Araújo, Carmem Emmanuely Leitão
Co-asesor: Gussi, Alcides Fernando
Palabras clave en portugués brasileño: Saúde mental;Política de Saúde;Administração em Saúde Pública;Saúde das Minorias Étnicas;Quilombolas
Palabras clave en inglés: Mental Health;Health Policy;Public Health Administration;Health of Ethnic Minorities;Quilombola Communities
Áreas de Conocimiento - CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA::SAUDE PUBLICA
Fecha de publicación : 2024
Citación : LIMA, Francisco Anderson Carvalho de. Atenção psicossocial em territórios raciais ancestralizados no Ceará: textualidade, narrativas e experiências em uma avaliação de(s)colonial da ação pública em saúde mental. 2024. 250 f. Tese (Doutorado em Saúde Pública) – Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2024. Disponível em: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/79363. Acesso em: 14 jan. 2025.
Resumen en portugués brasileño: A modernidade registra formas de dominação circunscritas em um texto colonial de atualização da violência em territórios raciais, que figuram em condições de vulnerabilização operadas no regime de sociabilidade. Essa inscrição funda um trauma colonial, desdobrado enquanto neurose cultural brasileira na operação do racismo, convocando uma organização particular da atenção psicossocial. Esta tese se funda na necessidade de desvelamento e superação da dinâmica de mobilização da colonialidade e racialidade no âmbito do atlântico negro. O objetivo foi avaliar a ação pública em saúde mental no âmbito do desenvolvimento da atenção psicossocial no estado do Ceará sob a ótica do atlântico negro, de forma a identificar as dinâmicas institucionais da ação pública em territórios raciais ancestralizados. Ao fazer interlocução analítica com os campos da Saúde Coletiva e Avaliação de Políticas Públicas, fez-se uma opção descolonial para territorializar a experiência pública de atenção psicossocial. Trata-se de uma pesquisa avaliativa implicada, que compreende o alargamento da institucionalidade, sob uma abordagem pós-construtivista de avaliação de políticas públicas, em profícua interlocução com a abordagem antropológica e a metodologia de pesquisa afrodescendente, que consideram a articulação entre narrativa e experiência. Durante o período de novembro de 2021 a dezembro de 2023, foram realizadas análises de instrumentos de gestão, observação participante, incursões etnográficas, oficinas e entrevistas em profundidade com 42 gestores, profissionais e usuários de serviços da atenção psicossocial nos municípios de Crato, Juazeiro do Norte, Pacajus, Horizonte e Caucaia. Apreenderam-se os aspectos técnico- assistenciais do conteúdo de políticas e programas de saúde mental e atenção psicossocial. Em seguida, constituiu-se a trajetória institucional da política de saúde mental e atenção psicossocial com a descrição da experiência pública, investigando-se as dinâmicas institucionais que contingenciam a ação pública na conformação de políticas, programas e serviços com a anunciação da produção de subjetividades e formas de vida, moduladas em operações diversas nos processos de implementação da atenção psicossocial. Emergiram dimensões avaliativas acerca da ação pública em saúde mental em torno das narrativas, território e experiências com um movimento impulsionador antimanicomial na região do Cariri cearense, o fenômeno de desamparo público e experiências de atenção com mulheres negras quilombolas e autopercepção racial e mobilização clínica de profissionais de saúde. A partir disto, foi possível observar que a ação pública desdobra elementos coloniais nos regimes de gestão, formulação e implementação que comportam um código colonial inscrito no cotidiano de comunidades e territórios raciais ancestralizados. Embora se reconheça a inscrição do território no corpo que acessa a clínica, a operacionalização da cena racial se dá pela analogia ou invisibilidade, engendrando elementos de antinegritude. Com isso, há um espaço invisibilizado entre o delineamento da política pública e a emancipação de comunidades negras e ancestrais, constituindo apontamentos relevantes para a possibilidade de construção de uma atenção psicossocial quilombista.
Abstract: Modernity registers forms of domination circumscribed in a colonial text that updates violence in racial territories, which appear in conditions of vulnerability operated in the regime of sociability. This inscription founds a colonial trauma, unfolded as a Brazilian cultural neurosis in the operation of racism, calling for a particular organization of psychosocial care. This thesis is based on the need to unveil and overcome the dynamics of the mobilization of coloniality and raciality within the black Atlantic. The aim was to evaluate public action in mental health in the context of the development of psychosocial care in the state of Ceará from the perspective of the black Atlantic, in order to identify the institutional dynamics of public action in ancestralized racial territories. By making an analytical interlocution with the fields of Collective Health and Public Policy Evaluation, a decolonial option was made to territorialize the public experience of psychosocial care. It is implicated evaluative research, which includes the broadening of institutionality, under a post-constructivist approach to the evaluation of public policies, in fruitful dialogue with the anthropological approach and the Afro-descendant research methodology, which consider the articulation between narrative and experience. During the period from November 2021 to December 2023, management instruments were analyzed, participant observation, ethnographic incursions, workshops and in-depth interviews were carried out with 42 managers, professionals and users of psychosocial care services in the municipalities of Crato, Juazeiro do Norte, Pacajus, Horizonte and Caucaia. The technical-assistance aspects of the content of mental health and psychosocial care policies and programs were captured. The institutional trajectory of the mental health and psychosocial care policy was then constituted with a description of the public experience, investigating the institutional dynamics that contingent public action in the shaping of policies, programs and services with the announcement of the production of subjectivities and ways of life, modulated in different operations in the processes of implementing psychosocial care. Evaluative dimensions about public action in mental health emerged around narratives, territory and experiences with an anti-asylum movement in the Cariri region of Ceará, the phenomenon of public helplessness and experiences of care with black quilombola women and racial self-perception and clinical mobilization of health professionals. From this, it was possible to observe that public action unfolds colonial elements in the management, formulation and implementation regimes that include a colonial code inscribed in the daily lives of ancestral racial communities and territories. Although the inscription of the territory is recognized in the body that accesses the clinic, the operationalization of the racial scene takes place through analogy or invisibility, engendering elements of anti-blackness. As a result, there is an invisible space between the outlining of public policy and the emancipation of black and ancestral communities, constituting relevant points for the possibility of building quilombist psychosocial care.
URI : http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/79363
ORCID del autor: https://orcid.org/0000-0002-1585-088X
Lattes del autor: http://lattes.cnpq.br/9758677057920419
ORCID del tutor: https://orcid.org/0000-0003-4322-8390
Lattes del tutor: http://lattes.cnpq.br/0808732576466792
Lattes del co-asesor: http://lattes.cnpq.br/7306722117822350
Derechos de acceso: Acesso Embargado
Aparece en las colecciones: PPGSP - Teses defendidas na UFC

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