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http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/79209
Tipo: | Tese |
Título: | Avaliação do hipotireoidismo em pacientes com leucemia mielóide crônica em tratamento com inibidores de tirosina quinase: associação com biomarcadores de angiogênese e com a resposta ao tratamento |
Autor(es): | Masullo, Laís Farias |
Orientador: | Lemes, Romélia Pinheiro Gonçalves |
Coorientador: | Martins, Manoel Ricardo Alves |
Palavras-chave em português: | Leucemia Mielogênica Crônica BCR-ABL Positiva;Tireoide;Inibidores de Tirosina Quinase;Hipotireoidismo |
Palavras-chave em inglês: | Leukemia, Myelogenous, Chronic, BCR-ABL Positive;Thyroid;Hypothyroidism |
CNPq: | CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::FARMACIA |
Data do documento: | 2022 |
Citação: | MASULLO, Laís Farias. Avaliação do hipotireoidismo em pacientes com leucemia mielóide crônica em tratamento com inibidores de tirosina quinase: associação com biomarcadores de angiogênese e com a resposta ao tratamento. 2022. Tese (Doutorado em Desenvolvimento e Inovação Tecnológica em Medicamentos) - Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem. Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2024. Disponível em: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/ 79209. Acesso em: 20 dez. 2024. |
Resumo: | A Leucemia Mieloide Crônica (LMC) é uma neoplasia mieloproliferativa clonal das células tronco hematopoiéticas. A doença decorre, na maioria dos casos, da translocação entre os cromossomos 9:22, formando o gene BCR-ABL que codifica uma oncoproteína BCR-ABL com atividade tirosino-quinase constitutiva. O tratamento de primeira linha da LMC é com os Inibidores de Tirosino-quinase (ITK), o qual tem se mostrado seguro, eficaz e com aumento da sobrevida livre de eventos. O hipotireoidismo tem sido reportado como uma complicação com potencial impacto clínico, uma vez que está associado ao aumento da mortalidade. Assim, é importante o rastreio do hipotireoidismo em pacientes com LMC em uso crônico de ITK, bem como a investigação dos fatores associados a esse efeito. O presente estudo objetivou avaliar a presença de hipotireoidismo em pacientes com LMC tratados com inibidores de tirosino quinase e associar com marcadores de angiogênese e com a sobrevida livre de eventos. Trata-se de um estudo de coorte prospectivo incluindo 60 pacientes com diagnóstico de LMC cadastrados no ambulatório de hematologia HUWC. O grupo controle foi composto de 20 indivíduos saudáveis. A análise do metabolismo do hormônio tireoidiano ocorreu por meio da dosagem de TSH, T4L, T3T e a angiogênese pela dosagem sérica de VEGF e expressão dos genes: HIF-1a e VEGF. As análises de expressão gênica foram realizadas por reação em cadeia da polimerase em tempo real. Os dados clínicos e laboratoriais, bem como as informações sobre a utilização do ITK, foram obtidos dos prontuários médicos. A análise estatística foi realizada através do Programa GraphPad Prism 6.0 e os testes realizados foram determinados de acordo com a normalidade dos dados. Considerou-se o valor p <0,05 para resultados estatisticamente significantes. Observou-se presença de hipotireoidismo subclínico em 20% (12/60) dos pacientes diagnosticados com LMC. Os pacientes apresentaram média de idade de 49 ± 21,33 anos e a maioria (67%; n=8) pertence ao sexo masculino. Observou-se correlação moderada entre TSH e tempo de tratamento em pacientes com hipotireoidismo (R=0,620; p= 0,036). Ao avaliar a curva de sobrevida livre de eventos, observou-se que o hipotireoidismo ocorreu em maior frequência em pacientes que faziam uso de ITK há mais de 12 meses (p=0,0014). Observamos maiores níveis de VEGF sérico (p=0,016) e expressão de HIF-1a (p=0,0068) nos pacientes com LMC quando comparamos os pacientes do grupo controle . No entanto, não se observou diferença na expressão de VEGF-A entre os grupos (p=0,20). Ao compararmos os marcadores de angiogênese entre o grupo com LMC e hipotireoidismo e o grupo com LMC eutireoideu, não se observou diferença entre eles: VEGF sérico (p=0,23); HIF-alfa (p=0,14) e VEGF-A (p=0,52). Ademais, não se observou associação entre as variáveis clínicas da LMC e a presença de hipotireoidismo quando se analisou a sobrevida livre de eventos. Conclusão: O hipotireoidismo subclínico foi presente em pacientes com LMC em uso de ITK, porém, o mesmo não pode ser atribuído ao tratamento. Além disso, os marcadores de angiogênese não apresentaram associação com o hipotireoidismo. Destaca-se, ainda, que o achado de hipotireoidismo não foi associado a um pior prognóstico. |
Abstract: | Chronic Myeloid Leukemia (CML) is a clonal myeloproliferative neoplasm of hematopoietic stem cells. The disease results, in most cases, from the translocation between chromosomes 9:22, forming the BCR-ABL gene that encodes a BCR-ABL oncoprotein with constitutive tyrosine kinase activity. The first-line treatment of CML is with Tyrosine kinase Inhibitors (TKI), which has been shown to be safe, effective and with increased event-free survival. Hypothyroidism has been reported as a complication with potential clinical impact, as it is associated with increased mortality. Thus, it is important to screen for hypothyroidism in patients with CML on chronic TKI use, as well as to investigate the factors associated with this effect. The present study aimed to evaluate the presence of hypothyroidism in CML patients treated with tyrosine kinase inhibitors and to associate it with angiogenesis markers and event-free survival. This is a prospective cohort study including 60 patients diagnosed with CML registered at the HUWC hematology outpatient clinic. The control group included 20 healthy subjects. The analysis of thyroid hormone metabolism was performed by measuring TSH, T4L, T3T and angiogenesis by measuring serum VEGF and expression of the genes: HIF-1a and VEGF. Gene expression analysis were performed by real-time polymerase chain reaction. Clinical and laboratory data, as well as information on the use of the TKI, were obtained from medical records. Statistical analysis was performed using the GraphPad Prism 6.0 program and the tests performed were determined according to the normality of the data. A p-value <0.05 was considered for statistically significant results. Subclinical hypothyroidism was observed in 20% (12/60) of patients diagnosed with CML. Patients had a mean age of 49 ± 21.33 years and the majority (67%; n=8) were male. A moderate correlation was observed between TSH and treatment time in patients with hypothyroidism (R=0.620; p=0.036). When evaluating the event-free survival curve, it was observed that hypothyroidism occurred more frequently in patients using TKI for more than 12 months (p=0.0014). We observed higher levels of serum VEGF (p=0.016) and HIF-1a expression (p=0.0068) in patients with CML when we compared patients in the control group. However, there was no difference in VEGF-A expression between the groups (p=0.20). When comparing the angiogenesis markers between the group with CML and hypothyroidism and the group with euthyroid CML, there was no difference between them: serum VEGF (p=0.23); HIF-alpha (p=0.14) and VEGF-A (p=0.52). Furthermore, no association was observed between the clinical variables of CML and the presence of hypothyroidism when the event-free survival was analyzed. Conclusion: Subclinical hypothyroidism was present in patients with CML using TKI, however, the same cannot be attributed to the treatment. In addition, angiogenesis markers were not associated with hypothyroidism. It is also noteworthy that the finding of hypothyroidism was not associated with a worse prognosis. |
URI: | http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/79209 |
Currículo Lattes do(s) Autor(es): | http://lattes.cnpq.br/3971486501170280 |
ORCID do Orientador: | https://orcid.org/0000-0003-3178-412X |
Currículo Lattes do Orientador: | http://lattes.cnpq.br/8202510508068072 |
ORCID do Coorientador: | https://orcid.org/0000-0003-3178-412X |
Currículo Lattes do Coorientador: | https://orcid.org/0000-0001-7272-9552 |
Tipo de Acesso: | Acesso Aberto |
Aparece nas coleções: | PGDITM - Teses defendidas na UFC |
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