Please use this identifier to cite or link to this item: http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/79109
Type: Dissertação
Title: Cerclagem cervical em maternidade de referência no Ceará: indicação e desfecho perinatal.
Authors: Eufrasio, Cinara Gomes
Advisor: Feitosa, Helvécio Neves
Co-advisor: Carvalho, Francisco Herlânio Costa
Keywords in Brazilian Portuguese : Trabalho de Parto Prematuro;Cerclagem cervical;Recém-Nascido;Mortalidade neonatal
Keywords in English : Obstetric Labor, Premature;Cerclage, Cervical;Infant Mortality;Infant, Newborn
Knowledge Areas - CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA::SAUDE PUBLICA
Issue Date: 2021
Citation: EUFRASIO, Cinara Gomes. Cerclagem cervical em maternidade de referência do Ceará: indicação e desfecho perinatal. 2021. 56 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Saúde da Mulher e da Criança) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2021. Disponível em: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/79109. Acesso em: 11 dez. 2024.
Abstract in Brazilian Portuguese: O parto prematuro continua sendo a principal causa de mortalidade e morbidade neonatal. Uma das formas de diminuir o número de partos prematuros é a cerclagem cervical. Para tanto, as pacientes devem ser selecionadas de forma correta e o procedimento ser realizado no momento adequado. Objetivou-se avaliar as características clínicas e ultrassonográficas das pacientes submetidas à cerclagem do colo uterino e os desfechos perinatais em uma maternidade pública terciária de Fortaleza-Ceará. Estudo transversal, realizado a partir da consulta aos prontuários de gestantes submetidas à cerclagem de 2014 a 2019, em maternidade de Fortaleza-Ceará. Incluíram-se no estudo 116 prontuários de gestantes que realizaram a cerclagem na MEAC-UFC, no período investigado, cujos dados completos de evolução da gravidez única e parto puderam ser recuperados. Os prontuários foram analisados a partir de formulário com base nas indicações de cerclagem presentes nos protocolos internacionais. As gestantes foram categorizadas em três grupos, de acordo com a indicação da cerclagem: grupo 1 (indicada pela história clínica), grupo 2 (indicada pelo exame ultrassonográfico) e grupo 3 (indicada pelo exame físico). As variáveis de desfecho foram: idade gestacional do parto, tempo de latência entre a cerclagem e o parto, e desfecho perinatal do recém-nascido. Aplicou-se o Teste Exato de Fisher no caso das variáveis numéricas, o Teste de Kruskal Wallis para variáveis independentes. Para avaliar a correlação entre as variáveis, adotou-se Teste de Correlação de Spearman. A média da Idade Gestacional (IG) em que foi realizada a cerclagem foi de 18 semanas (± 4), com menor IG da cerclagem no grupo 1 (16,6 ± 4). A média da IG do parto foi 34,8 semanas (± 6,2), sendo a média menor no grupo 3 (30,1 semanas ± 8,8). Em 61,7%, houve resolução da gestação acima de 37 semanas. Em relação ao tempo de latência entre a cerclagem e o parto, no grupo 1, foi 129,3 dias (± 49,8); 101,7 dias (± 40,9), no grupo 2; 49,1 dias (± 46,1), no grupo 3. Na análise geral da indicação da cerclagem, a maioria das gestantes tinha indicação de cerclagem, conforme a literatura (79,3%). Quanto ao desfecho perinatal, 78,3% dos recém-nascidos (RN) receberam alta, 6,1% foram transferidos e houve óbito em 15,7% dos casos. Em relação ao tempo de latência entre a cerclagem e o parto nos três grupos, houve diferença estatisticamente significativa (p<0,001). Foi encontrada correlação positiva entre a medida do colo e o tempo de latência (r = 0,283) (p = 0,003) no grupo 2. Houve diferença significativa nos desfechos perinatais entre os grupos, com mortalidade maior no grupo 3 (p = 0,041). Recomenda-se o incentivo à realização da cerclagem, mesmo em idade gestacional diferente da preconizada pela literatura, desde que a viabilidade fetal ainda não esteja garantida, bem como em caso de pacientes com dilatação de colo ou bolsa protusa, como forma de aumentar as chances de as mães terem gestações viáveis e garantir a sobrevivência do recém-nascido.
Abstract: Preterm birth remains the main cause of neonatal mortality and morbidity. One way to decrease the number of preterm births is cervical cerclage, for that patients must be selected correctly, and the procedure must be performed at the appropriate time. The objective was to evaluate the clinical and ultrasound findings of patients undergoing cervical cerclage and perinatal outcomes in a tertiary public maternity in Fortaleza-CE. Cross-sectional study was carried out by consulting the medical records of pregnant women who underwent cerclage from 2014 to 2019, in a maternity hospital in Fortaleza-CE. The study included 116 medical records of pregnant women who underwent cerclage at MEAC-UFC in the investigated period whose complete data on the development of single gestation pregnancy and childbirth can be recovered. The medical records were analyzed using a form based on the cervical indications present in the international protocols. Pregnant women were categorized into three groups according to the indication of cerclage: group 1 (history-indicated cerclage), group 2 (ultrasound-indicated cerclage), and group 3 (physical exam-indicated cerclage). The outcome variables were gestational age at delivery, latency period between cerclage and delivery, and perinatal outcome of the newborn. Fisher’s exact test was used for numerical variables, the Kruskal-Wallis H test for independent variables. Spearman’s rank correlation coefficient was adopted to assess the correlation between the variables. The mean gestational age (GA) at which cerclage was performed was 18 weeks (± 4), with a lower GA at cerclage in group 1 (16,6 ± 4). The mean GA at delivery was 34,8 weeks (± 6,2), with the lowest mean GA in group 3 (30,1 weeks ± 8,8). Pregnancy resolution above 37 weeks occurred in 61,7%. The latency period between cerclage and delivery was 129,3 days (± 49,8); in group 1; 101,7 days (± 40,9) in group 2; 49,1 days (± 46,1) in group 3. In the general analysis of indication for cerclage, most pregnant women were recommended for cerclage according to the literature (79,3%). As for the perinatal outcome, 78,3% of newborns (NB) were discharged, 6,1% were transferred, and there were deaths in 15,7% of cases. Regarding the latency period between cerclage and delivery in the three groups, there was a statistically significant difference (p < 0,001). A positive correlation was found between the cervix length and the latency time (r = 0,283) (p = 0,003) in group 2. There was a significant difference in perinatal outcomes between groups, with group 3 having the highest mortality (p = 0,041). Cerclage is recommended even at gestational age different from the one indicated in the literature as long as fetal viability is not guaranteed, as well as in case of patients with cervical dilation or sac protrusion, as a way to increase the chances of mothers having viable pregnancies and ensuring the survival of the newborn.
URI: http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/79109
Author's Lattes: http://lattes.cnpq.br/3404158176312021
Advisor's Lattes: http://lattes.cnpq.br/2449154235432460
Co-advisor's ORCID: https://orcid.org/0000-0002-6400-4479
Co-advisor's Lattes: http://lattes.cnpq.br/8608211741158949
Access Rights: Acesso Aberto
Appears in Collections:MPSMC - Dissertações defendidas na UFC

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
2021_dis_cgeufrasio.pdf925,47 kBAdobe PDFView/Open


Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.