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Tipo: Tese
Título: A construção do percurso éthico não conformista moral de veganos em suas narrativas autobiográficas
Autor(es): Neres, Fernanda Passos da Trindade Jorge
Orientador: Vasconcelos, Sandra Maia Farias
Palavras-chave em português: Narrativa autobiográfica;Percurso éthico;Não conformismo moral;Veganismo;Vistopia
Palavras-chave em inglês: Autobiographical narrative;Ethos course;Moral non-conformism;Veganism;Vystopia
CNPq: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICA
Data do documento: 2024
Citação: NERES, Fernanda Passos da Trindade Jorge. A construção do percurso éthico não conformista moral de veganos em suas narrativas autobiográficas. 2024. 214 f. Tese (Doutorado em Linguística) - Programa de Pós-graduação em Linguística, Centro de Humanidades, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2024.
Resumo: Dizer-se vegano em uma sociedade baseada na cultura carnista é um grande desafio. Isso porque há um preconceito da sociedade em relação aos vegetarianos e veganos (Rosenfeld, 2018; Macinnis e Hodson, 2017; Whorton, 1994), principalmente quando a motivação para tal atitude está relacionada a um não conformismo moral (Jertfelt, 2019), ou seja, quando o indivíduo não considera moral o uso e consumo de animais por humanos. Sendo assim, muito veganos passam a vivenciar a vistopia (Mann, 2015) que é a angústia de ser vegano em um mundo não vegano. Dentro desse contexto, o objetivo geral desta pesquisa de doutorado é investigar a construção do percurso éthico (Holanda, 2020) não conformista moral de veganos em suas narrativas autobiográficas sobre como é ser vegano em um mundo não vegano. Esse empreendimento se insere na Análise do Discurso Francesa com a visão de discurso como “uma forma de representação, de ação e de identificação” (Magalhães, 2020, p.15) e tem como fundamentos teórico-metodológicos as concepções de narrativa (Bertaux, 2010; Bruner, 2014) e autobiografia (Arfuch, 2010; Maia-Vasconcelos 2022) que situam o corpus da pesquisa dentro de uma grande constelação de textos sobre o falar sobre si com suas especificidades na construção de sentidos, além da articulação das noções de ethos discursivo (Mangueneau, 2019), percurso éthico (Holanda, 2020) e posicionamento narrativo (Maia-Vasconcelos, 2022). A construção progressiva desse ethos individual/coletivo pelo posicionamento narrativo implícito ou explícito se mostra de uma forma coerente e significativa para essa coletividade específica ao longo da dinamicidade e produtividade das narrativas autobiográficas. A narrativa do despertar até, de fato, tornar-se e entender-se como um vegano em um mundo que não é vegano revela várias imagens, projetadas pelo narrador, evidenciando movimento e fluidez presentes na construção desse percurso éthico discursivo. Essas imagens, muitas vezes até opostas, vão estar em constante embate revisitando a todo momento o porto de passagem desse sujeito, que é o despertar para o veganismo. Esse despertar trouxe o conhecimento e a alegria de ser vegano, contudo arrastou também a angústia e o sofrimento (Vistopia) de ser vegano em um mundo que não é vegano.
Abstract: Saying you are vegan in a society based on a carnist culture is a great challenge. This fact is due to the prejudice against vegetarians and vegans (Rosenfeld, 2018; Macinnis e Hodson, 2017; Whorton, 1994), mainly when the motivation for such attitude is related to a moral non- conformism (Jertfelt, 2019), in other words, when the use of animals by humans is not considered a moral behavior. Therefore, many vegans start experiencing vystopia (Mann, 2015), that is the anguish of being vegan in a non-vegan world. Within this scenario, the main objective of this research is to investigate the constitution of the moral non-conformist ethos course (Holanda, 2020) in autobiographical narratives concerning how it is to be vegan in a non-vegan world. This enterprise is situated in The French Discourse Analysis acknowledging discourse as “a way of representation, action and identification” (Magalhães, 2020, p.15) and holds as its theoretical and methodological foundations the conceptions of narrative (Bertaux, 2010; Bruner, 2014; Ricouer, 1994, 2019) and autobiography that situate the research corpus in a large constellation of texts that talk about itself with its specificities in the constitution of meanings, in addition to the articulation of the notions of discursive ethos (Maingueneau, 2019), ethos course (Holanda, 2020) and narrative positioning (Maia-Vasconcelos, 2022). The progressive construction of this individual/collective ethos through the narrative positioning, implicit or explicit, reveals itself in a coherent and significant way for this specific collectivity through the dynamicity and productivity of the autobiographical narratives. The awakening narrative until, in fact, becoming and understanding itself as a vegan in a world that is not vegan reveals several images, projected by the narrator, underlining the presence of movement and fluidity in the construction of this ethos course. These images, often opposing, will be in constant confrontation regularly revisiting the passage port of this individual, that is the awakening to veganism. This awakening brought the knowledge and joy of being vegan, however dragged along the anguish (vystopia) and the suffering of being vegan in a non-vegan world.
URI: http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/79101
ORCID do(s) Autor(es): https://orcid.org/0000-0002-3160-8364
Currículo Lattes do(s) Autor(es): http://lattes.cnpq.br/0001270804333904
ORCID do Orientador: https://orcid.org/0000-0001-7201-6173
Currículo Lattes do Orientador: http://lattes.cnpq.br/5092300534207989
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
Aparece nas coleções:PPGL - Teses defendidas na UFC

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