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http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/78952
Tipo: | Dissertação |
Título: | Avaliação do programa de educação financeira nas escolas: estudo de caso na EEM São José em Fortaleza - CE |
Autor(es): | Maciel, João Ricardo Pinto |
Orientador: | Braz, Milena Marcintha Alves |
Palavras-chave em português: | Estratégia Nacional de Educação Financeira;Avaliação em Profundidade;interesses do Capital;Programa de Educação Financeira nas Escolas de Fortaleza |
Palavras-chave em inglês: | National Strategy for Financial Education;In-depth Evaluation;Capital interests;School Financial Education Program in Fortaleza |
CNPq: | CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::CIENCIA POLITICA::POLITICAS PUBLICAS |
Data do documento: | 2024 |
Citação: | MACIEL, João Ricardo Pinto. Avaliação do programa de educação financeira nas escolas: estudo de caso na EEM São José em Fortaleza - CE. 2024. 182 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Avaliação de Políticas Públicas) - Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2024. |
Resumo: | No início dos anos 2000, constatou-se a existência de uma forte correlação entre pobreza e exclusão financeira, o que evidenciou o debate internacional acerca do desenvolvimento econômico. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE, lançou um programa internacional de Educação Financeira em 2003, e passou então a disseminar a importância da educação financeira para a inclusão social. Como meio de trabalhar a questão no Brasil, o Governo Federal lançou em 2010, a Estratégia Nacional de Educação Financeira – ENEF, uma política pública com a finalidade de promover a educação financeira e previdenciária e contribuir para o fortalecimento da cidadania, a eficiência e solidez do sistema financeiro nacional e a tomada de decisões conscientes por parte dos consumidores. A proposta de atuação da ENEF contempla dois segmentos de público-alvo: crianças e jovens, que serão atendidos principalmente através do Programa de Educação Financeira nas Escolas, desenvolvido nas escolas de níveis fundamental e médio; o segundo segmento de público-alvo é constituído por adultos, voltado às mulheres beneficiárias do Programa Bolsa Família e aos aposentados com renda de até dois salários mínimos. A despeito da retórica direta dos defensores da Educação Financeira, que expressam preocupação com o bem-estar da sociedade ao elevar sua compreensão dos princípios e perigos ligados a produtos financeiros, visando a tomada de decisões conscientes, vários autores sustentam que existem outras motivações subjacentes no fomento à Educação Financeira, voltadas a interesses do “capital”. Esse estudo tem por objetivo avaliar o Programa de Educação Financeira nas Escolas, considerando essas contradições e buscando compreender as visões dos atores envolvidos na política, a fim de evidenciarem-se perspectivas diferentes sobre o mesmo fenômeno. A avaliação, com abordagem qualitativa, foi realizada de acordo com a proposta avaliativa desenvolvida por Rodrigues (2008), a Avaliação em Profundidade, buscando-se uma avaliação mais extensa, com o intuito de compreender a referida política sob diversos aspectos, desde sua constituição, à percepção dos atores envolvidos. Para tanto, a SEDUC-CE disponibilizou uma lista de escolas que ofertaram a disciplina de educação financeira no 2º semestre de 2023. Após contato com as escolas, identificou-se que a única que estava ofertando no 1º semestre de 2024, era a EEM São José em Fortaleza-CE. Diante disso, foi realizado um estudo de caso, com aplicação de questionários e entrevistas com alunos(as), professores(as), diretor(a) e coordenador(a) pedagógico(a), para captar as compreensões dos sujeitos que vivenciam a política, e verificar se, in loco, ela ocorre da forma como foi proposta. Os resultados apontaram que embora a Educação Financeira seja reconhecida como relevante por alunos, professores e gestores, sua implementação nas escolas enfrenta desafios significativos, evidenciando fragilidades no Programa. A abordagem atual, que se limita a turmas eletivas, a despeito do que sugere a BNCC, resulta em acesso restrito, falta de engajamento dos alunos e baixa carga horária para a disciplina. Ademais, constatou-se a falta de material didático atualizado, formação insuficiente dos professores e a ausência de um currículo estruturado, comprometendo a eficácia do ensino. |
Abstract: | In the early 2000s, a strong correlation between poverty and financial exclusion was identified, highlighting the international debate on economic development. In 2003, the Organisation for Economic Co-operation and Development (OECD) launched an international Financial Education program, promoting the importance of financial education for social inclusion. In Brazil, to address this issue, the Federal Government launched the National Strategy for Financial Education (ENEF) in 2010, a public policy aimed at promoting financial and pension education, contributing to the strengthening of citizenship, the efficiency and solidity of the national financial system, and supporting informed consumer decision-making. ENEF's proposal targets two audience segments: children and youth, primarily through the School Financial Education Program, which is implemented in primary and secondary schools. The second target group consists of adults, focusing on women who benefit from the Bolsa Família Program and retirees with an income of up to two minimum wages. Despite the direct rhetoric from financial education advocates, who express concern for society's well-being by raising its understanding of the principles and risks related to financial products to promote informed decision-making, several authors argue that there are underlying motivations in promoting financial education that are linked to “capital” interests. This study aims to evaluate the School Financial Education Program, considering these contradictions and seeking to understand the perspectives of the stakeholders involved in the policy, in order to reveal different views on the same phenomenon. The evaluation, using a qualitative approach, was conducted according to the in-depth evaluation proposal developed by Rodrigues (2008), aiming for a more comprehensive evaluation to understand the policy from various aspects, from its formation to the perceptions of the stakeholders involved. To this end, SEDUC-CE made available a list of schools that offered the financial education subject in the 2nd semester of 2023. After contacting the schools, it was identified that the only one offering it in the 1st semester of 2024 was EEM São José in Fortaleza-CE. In view of this, a case study was carried out, using questionnaires and interviews with students, teachers, director and pedagogical coordinator, to capture the understandings of the subjects who experience the policy, and check whether, in situ, it occurs as proposed. The results showed that although Financial Education is recognized as relevant by students, teachers and managers, its implementation in schools faces significant challenges, highlighting weaknesses in the Program. The current approach, which is limited to elective classes, despite what the BNCC suggests, results in restricted access, lack of student engagement and low workload for the subject. Furthermore, there was a lack of updated teaching material, insufficient teacher training and the absence of a structured curriculum, compromising the effectiveness of teaching. |
URI: | http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/78952 |
Currículo Lattes do(s) Autor(es): | http://lattes.cnpq.br/6664531612133489 |
Currículo Lattes do Orientador: | http://lattes.cnpq.br/1462998335310020 |
Tipo de Acesso: | Acesso Aberto |
Aparece nas coleções: | MAPP - Dissertações defendidas na UFC |
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