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Tipo: Dissertação
Título : Conhecimentos, atitudes, práticas e percepções relativos à hanseníase: perspectivas de estigma, empoderamento e distanciamento social em contextos de hiperendemicidade no Brasil
Autor : Rocha, Aymée Medeiros da
Tutor: Ramos Júnior, Alberto Novaes
Palabras clave en portugués brasileño: Hanseníase;Conhecimento;Estigma social;Preconceito;Empoderamento
Palabras clave en inglés: Leprosy;Knowledge;Social Stigma;Prejudice;Empowerment
Áreas de Conocimiento - CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA
Fecha de publicación : 2024
Citación : ROCHA, Aymée Medeiros. Conhecimentos, atitudes, práticas e percepções relativos à hanseníase: perspectivas de estigma, empoderamento e distanciamento social em contextos de hiperendemicidade no Brasil. 2024. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2024. Disponível em: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/78539. Acesso em: 17 out. 2024.
Resumen en portugués brasileño: Introdução: A hanseníase representa uma condição crônica infecciosa negligenciada primariamente neural com relevantes repercussões sociais, econômicas e psicológicas a pessoas acometidas e suas famílias e comunidades. Em grande parte, são justificadas pela associação a incapacidades físicas, deformidades, estigma, discriminação e preconceito. Desta forma, conhecer as percepções relacionadas à doença, assim como as atitudes negativas da comunidade frente à hanseníase, torna-se uma ação estratégica para enfrentamento e análise de intervenções no campo da saúde pública. Objetivo: Analizar conhecimentos, atitudes, práticas e percepções relativos à hanseníase em contextos de hiperendemicidade no Brasil. Métodos: Estudo transversal de base comunitária com abordagem mista (quantitativa e qualitativa) em municípios endêmicos do Estado do Ceará realizado entre 2018-2019. Trata-se da análise no momento pré-intervenção do Programa PEP++ (baseline), estudo multicêntrico internacional para avaliação de esquema combinado de quimioprofilaxia pós-exposição a Mycobacterium leprae. A população do estudo foi composta por: pessoas acometidas pela hanseníase, seus contatos, membros da comunidade, profissionais de saúde como médicos, enfermeiros, dentistas e profissionais do Núcleo Ampliado de Saúde da Família (NASF) e Agentes Comunitários de Saúde (ACS). Para coleta de dados, foram utilizados instrumentos específicos: (a) caracterização sociodemográfica; (b) conhecimentos, atitudes, práticas e percepções (CAPP); (c) estigma individual (Modelo Explicativo - Explanatory Model Interview Catalogue - EMIC-AP); (d) estigma comunitário (EMIC-CSS: Community Stigma Scale); (e) Distanciamento Social (SDS: Social distancing scale); e de Empoderamento (ES: Empowerment scale). Para além do componente quantitativo, foram também realizadas, de forma complementar, entrevistas semiestruturadas e discussões em grupos focais para trazer abordagem detalhada sobre conhecimentos, atitudes, práticas e percepções de estigma e empoderamento relativos à hanseníase sobre diferentes perspectivasque serão aprofundadas posteriormente em outros produtos frutos dessa pesquisa. Os dados relacionados ao perfil sociodemográfico foram analisados por estatística descritiva e todos os demais instrumentos foram apresentados os respectivos scores por população considerando um intervalo de confiança de 95% utilizando-se regressão multivariada. Todas as análises foram feitas utilizando bases de dados específicas no software EpiInfo 7 (US Centers for Disease Control and Prevention - CDC, Atlanta, GA). Os dados do componente qualitativo foram analisados por meio de análise temática, as transcrições foram anonimizadas e agrupadas por subpopulação de estudo. Resultados: Um total de 1.309 participantes foram incluídos: 203 pessoas acometidas, 251 contatos, 350 membros da comunidade, 302 ACS e 203 profissionais de saúde. Foram realizadas 89 entrevistas qualitativas e 5 grupos focais que alcançaram 79 pessoas dentro do universo dos subgrupos estudados. Os conhecimentos sobre a causa, transmissão e duração da doença foram os itens com menor pontuação, especialmente entre os membros da comunidade, que também apresentaram a menor média de conhecimento sobre hanseníase e a maior pontuação na escala de distanciamento social, indicando que os membros da comunidade desejavam maior distanciamento social e tinham uma atitude negativa em relação às pessoas acometidas. Os ACS perceberam mais atitudes estigmatizantes na EMIC-CSS, seguidos pelos membros da comunidade. As pessoas acometidas perceberam um alto nível de estigma e tinham baixas manifestações de empoderamento, destacando-se que algumas pessoas acometidas pela doença não souberam responder sobre o que causa da própria doença. Conclusão: A comunidade ainda apresenta baixos níveis de conhecimento, mesmo em contextos de hiperendemicidade. Atitudes negativas foram percebidas por todos os grupos, em especial pela comunidade e os ACS, o que reforça a necessidade de intervenções que amplifiquem e qualifiquem o conhecimento nesses territórios. Intervenções de saúde focadas nestes achados são fundamentais para ampliar o diagnóstico precoce, o tratamento oportuno, com redução de incapacidades físicas e superação de estigma, discriminação e preconceito. Nessa perspectiva, contribui-se para que as pessoas acometidas pela doença possam viver plenamente na sociedade com maior qualidade e livres de estigma.
Abstract: Background: Leprosy represents a neglected chronic infectious condition primarily affecting the nerves, with significant social, economic, and psychological repercussions for affected individuals, their families, and communities. These repercussions are largely justified by the association with physical disabilities, deformities, stigma, discrimination, and prejudice. Thus, understanding perceptions related to the disease, as well as the community's negative attitudes towards leprosy, becomes a strategic action for addressing and analyzing interventions in the field of public health.. Objective: To analyze the knowledge, attitudes, practices, and perceptions related to leprosy in hyperendemic contexts in Brazil. Methods: Community-based cross-sectional study with a mixed-methods approach (quantitative and qualitative) conducted in endemic municipalities in the State of Ceará between 2018-2019. This is the baseline analysis of the PEP++ Program, an international multicenter study evaluating a combined post-exposure chemoprophylaxis regimen for Mycobacterium leprae. The study population included: individuals affected by leprosy, their contacts, community members, healthcare professionals such as doctors, nurses, dentists, and professionals from the Expanded Family Health Center (NASF) and Community Health Agents (ACS). Specific instruments were used for data collection: (a) sociodemographic characterization; (b) knowledge, attitudes, practices, and perceptions (KAPP); (c) individual stigma (Explanatory Model Interview Catalogue - EMICAP); (d) community stigma (EMIC-CSS: Community Stigma Scale); (e) social distancing (SDS: Social Distancing Scale); and empowerment (ES: Empowerment Scale). In addition to the quantitative component, semi-structured interviews and focus group discussions were also conducted to provide a detailed approach to knowledge, attitudes, practices, and perceptions of stigma and empowerment related to leprosy from different perspectives.which will be further explored in other outputs from this research. The sociodemographic profile data were analyzed using descriptive statistics, and all other instruments presented their respective scores by population, considering a 95% confidence interval using multivariate regression. All analyses were conducted using specific databases in the software EpiInfo 7 (US Centers for Disease Control and Prevention - CDC, Atlanta, GA). The qualitative component data were analyzed using thematic analysis, and the transcriptions were anonymized and grouped by study subpopulation. Results: A total of 1,309 participants were included: 203 affected individuals, 251 contacts, 350 community members, 302 CHA (Community Health Agents), and 203 healthcare professionals. A total of 89 qualitative interviews and 5 focus groups were conducted, reaching 79 people within the study subgroups. Knowledge about the cause, transmission, and duration of the disease were the items with the lowest scores, especially among community members, who also had the lowest average knowledge about leprosy and the highest score on the social distancing scale, indicating that community members desired greater social distancing and had a negative attitude towards affected individuals. CHA perceived more stigmatizing attitudes on the EMIC-CSS, followed by community members. Affected individuals perceived a high level of stigma and had low empowerment manifestations, with some affected individuals being unable to identify the cause of their own disease.Conclusion: The community still exhibits low levels of knowledge, even in hyperendemic contexts. Negative attitudes were perceived by all groups, especially the community and ACS, reinforcing the need for interventions that amplify and improve knowledge in these areas. Health interventions focused on these findings are essential to enhance early diagnosis, timely treatment, reduce physical disabilities, and overcome stigma, discrimination, and prejudice. In this perspective, it contributes to enabling affected individuals to live fully in society with better quality and free from stigma.. Keywords: Leprosy; Knowledge; Social Stigma; Prejudice; Empowerment
URI : http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/78539
ORCID del autor: https://orcid.org/0000-0002-9761-2403
Lattes del autor: http://lattes.cnpq.br/7548380987689967
ORCID del tutor: https://orcid.org/0000-0001-7982-1757
Lattes del tutor: http://lattes.cnpq.br/0043206414513005
Derechos de acceso: Acesso Aberto
Aparece en las colecciones: PPGSP - Teses defendidas na UFC

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