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Tipo: Tese
Título: Atravessando a fantasia ideológica: violência criadora na educação
Autor(es): Fofano, Debora Klippel
Orientador: Rech, Hildemar Luiz
Palavras-chave: Educação;Ideologia;Violência;Fantasia;Education;Ideology;Violence;Fantasy
Data do documento: 2023
Citação: FOFANO, Debora Klippel. Atravessando a fantasia ideológica: violência criadora na educação. Orientador: Hildemar Luiz Rech. 2023. 210 f. Tese (Doutorado em Educação) - Programa de Pós-graduação em Educação, Faculdade de Educação, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2023.
Resumo: A partir de bases filosóficas, esta tese analisa como ideologia e violência têm uma imbricada relação que se reforça na educação. Diante desse problema, propõe atravessar a fantasia de uma educação pronta e acabada para a criação de um ato de violência acontecimental. A metodologia de investigação segue os princípios da paralaxe enquanto uma filosofia do materialismo dialético e o movimento permanente em torno dos objetos nunca estáveis. Para dar conta da educação, penso no seu avesso e retomo o ato de educar enquanto tarefa impossível. A investigação de ideologia que oblitera e cinde a realidade acontece a partir de seu caráter dialético, encorpando o discurso do inconsciente que estrutura a percepção do mundo. Procuro então deslocar o exame de ideologia de sua estratégia de desmascaramento e conscientização da realidade, para afirmar que ideologia articula a fantasia e mobiliza o desejo de mulheres e homens. A reflexão de como educação se torna lugar de reprodução e do ensino de violência e o reconhecimento de como os processos de aprendizagem são praticados envoltos pela violência aparecem junto a análises sociopolíticas ligadas à violência a que a mulher está submetida, tanto em seu aspecto simbólico quanto estrutural. Atravessar a fantasia educativa, nesse cenário, é ir além do sintoma, ultrapassando uma perspectiva ingênua, apresentando o real do antagonismo, suas lógicas discursivas e as implicações impossíveis que fazem parte do processo educativo. Para pensar a possibilidade de revolucionar, é articulada a perspectiva de um ato de violência criadora, que vai além da rejeição de uma antiviolência banal. Assim, sobrevém um ato violento acontecimental que emerge numa báscula capaz de oxigenar as relações em uma constelação de saberes, arriscando formas de viver, pensar, educar, escolher e diferenciar, implicadas agora numa violência longe de fórmulas prontas, mas que coloca educação em seu exponencial seminal, forte e radical.
Abstract: On philosophical bases, this thesis analyzes how ideology and violence have an imbricate relationship that is reinforced in education. In face of this problem, it proposes to cross the fantasy of a ready and finished education for the creation of an act of happening violence. The research methodology follows the principles of parallax as a philosophy of dialectical materialism and the permanent movement around never stable objects. In order to deal with education, I reflect on its opposite and return to the act of educating as an impossible task. The investigation of the ideology that obliterates and splits reality takes place from its dialectical character, embodying the discourse of the unconscious that structures the perception of the world. I then try to displace the examination of ideology from its strategy of unmasking and making reality aware, to affirm that ideology articulates fantasy and mobilizes the desire of women and men. The reflection on how education becomes a place for the reproduction and teaching of violence and the recognition of how learning processes are practiced surrounded by violence appear together with sociopolitical analyzes linked to the violence to which women are subjected, both in its symbolic and structural aspect. To cross the educational fantasy, in this scenario, is to go beyond the symptom, surpassing a naive perspective, presenting the reality of the antagonism, its discursive logics and the impossible implications that are part of the educational process. To think about the possibility of revolutionizing, the perspective of an act of creative violence is articulated, which goes beyond the rejection of banal anti-violence. Thus, an eventful violent act emerges on a scale capable of oxygenating relationships in a constellation of knowledge, risking ways of living, thinking, educating, choosing and differentiating, now implied in a violence far from ready-made formulas, but that puts education in its seminal, strong and radical exponential.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/73326
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