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Type: Dissertação
Title: Variabilidade clínica e genética na lipodistrofia parcial familiar
Authors: Veras, Victor Resende
Advisor: Montenegro Júnior, Renan Magalhães
Keywords: Lipodistrofia Parcial Familiar;Lipodistrofia;Diabetes Mellitus;Resistência à Insulina;Hipertrigliceridemia
Issue Date: 31-May-2023
Citation: VERAS, Victor Resende. Variabilidade clínica e genética na lipodistrofia parcial familiar. 2023. 96 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Médicas) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2023. Disponível em: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/72934. Acesso em: 20 jun. 2023.
Abstract in Brazilian Portuguese: As lipodistrofias são condições raras caracterizadas pela perda parcial ou total de tecido adiposo subcutâneo. A falta de tecido adiposo metabolicamente ativo pode levar ao acúmulo ectópico de gordura e resistência insulínica. A lipodistrofia parcial familiar (LPF) é uma doença com ampla variação clínica e genética, possuindo 7 subtipos descritos, tendo prevalência estimada em 1,67 casos/milhão. Este é um estudo transversal que analisou 42 pacientes com LPF no Ceará, que teve o objetivo de comparar as características clínicas de pacientes com diferentes subtipos de LPF acompanhados no Serviço de Endocrinologia e Diabetes do Hospital Universitário Walter Cantídio. O principal critério de inclusão foi o diagnóstico prévio firmado de LPF, clínico ou genotípico. Procedemos à diferenciação dos indivíduos em três grupos de acordo com o estudo genético e/ou as características clínico-antropométricas. Foram considerados do grupo LPF+ aqueles com a mutação genética positiva para genes sabidamente relacionados à LPF. Aqueles que tinham testagem genética negativa, mas preenchiam o critério do índice de Köb, foram classificados como subtipo 1 (LPF1). Foram classificados como LPFX aqueles pacientes que apresentaram critérios clínicos e antropométricos para LPF, mas que possuíam genotipagem negativa e antropometria negativa para o índice de Köb. Para comparação entre dados antropométricos, selecionou-se grupo controle saudável, pareados para idade, sexo e índice de massa corpórea (IMC), na proporção de 2:1. Os dados foram coletados através da revisão de prontuários após assinatura de termo de consentimento livre e esclarecido. Foram analisados os dados sociodemográficos, antropométricos, clínicos, laboratoriais e de densitometria destes pacientes. O teste de qui-quadrado de Pearson e o teste exato de Fisher foram utilizados para associação entre variáveis categóricas. Adotou-se nível de significância de 5%. Diferentemente do descrito na literatura, a mutação LMNA no códon 582 foi a mais comum. Dentre os principais parâmetros diagnósticos de LPF, observou-se correlação estatística entre todos os grupos para índice de Köb, dobra cutânea da coxa (DC) e fat mass ratio. Foi encontrado ponto de corte para DC de 20mm em mulheres com LPF, que é inferior ao classicamente descrito na literatura para o diagnóstico de LPF. Este pode ser um valor mais adequado para mulheres do nordeste brasileiro. Foi observada boa correspondência entre percentual de gordura das pernas (PGP) pela densitometria e DC como instrumentos para apoio ao diagnóstico na LPF. PGP < 29,6% parece ser uma ferramenta útil para auxílio no diagnóstico destas mulheres. Foi observada alta prevalência de diabetes (83%), hipertrigliceridemia (85%), esteatose hepática (62,5%), doença arterial coronariana (17%) e outras complicações, inclusive em indivíduos eutróficos para IMC. Este estudo traz uma nova proposta para classificar clinicamente as LPF com genótipo negativo, diferenciando-as em dois subtipos: LPF1 e LPFX. A separação destes grupos auxilia na compreensão de que o conhecimento sobre as bases genéticas desta doença está em constante evolução. É esperado que dentro da população de LPFX hajam novos subgrupos a serem definidos. Apesar de rara, a LPF é modelo importante para estudar-se a relação entre tecido adiposo, biologia tecidual e suscetibilidade a doenças metabólica
Abstract: Lipodystrophies are rare conditions characterized by partial or total loss of subcutaneous adipose tissue. The lack of metabolically active adipose tissue can lead to ectopic fat accumulation and insulin resistance. Familial partial lipodystrophy (FPLD) is a disease with wide clinical and genetic variation, with 7 described subtypes and estimated prevalence of 1.67 cases/million. This cross-sectional study analyzed 42 FPLD patients in Ceará, aiming to compare the clinical characteristics of FPLD patients followed at the Endocrinology and Diabetes Service of the Walter Cantídio University Hospital. The main inclusion criterion was a previous clinical or genotypic diagnosis of FPLD. The individuals were differentiated into three groups according to genetic study and/or clinical-anthropometric characteristics. Those with positive genetic mutation for genes known to be related to FPLD were considered FPLD+ group. Those who had negative genetic testing but met the Köb index criteria were classified as subtype 1 (FPLD1). Patients who had clinical and anthropometric criteria for FPLD but negative genotyping and negative Köb index were classified as FPLDX. For comparison of anthropometric data, a healthy control group matched for age, sex, and body mass index in a 2:1 ratio was selected. Data were collected through medical record review after signing informed consent. Sociodemographic, anthropometric, clinical, laboratory, and densitometry data of these patients were analyzed. Pearson's chi-square test and Fisher's exact test were used for association between categorical variables. A significance level of 5% was adopted. Unlike what is described in the literature, the LMNA mutation in codon 582 was the most common. Among the main diagnostic parameters of FPLD, a statistical correlation was observed between all groups for Köb index, thigh skinfold thickness (TS), and fat mass ratio. A cutoff point of 20mm for TS in FPL women was found, which is lower than the value classically described in the literature for the diagnosis of FPLD. This may be a more suitable value for women in northeastern Brazil. Good correspondence was observed between leg fat percentage (LFP) by densitometry and TS as diagnostic support tools in FPLD. LFP < 29.6% appears to be a useful tool to aid in the diagnosis of these women. A high prevalence of diabetes (83%), hypertriglyceridemia (85%), hepatic steatosis (62.5%), coronary artery disease (17%), and other complications, including in eutrophic patients, was observed. This study proposes a new clinical classification for FPLD with negative genotype, differentiating them into two subtypes: FPLD1 and FPLDX. The separation of these groups helps to understand that knowledge about the genetic basis of this disease is constantly evolving. It is expected that there will be new subgroups to be defined within the FPLDX population. Despite being rare, FPLD is an important model for studying the relationship between adipose tissue, tissue biology, and susceptibility to metabolic diseases.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/72934
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