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http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/72087
Type: | Tese |
Title: | Anemia e inflamação intestinal nos dois primeiros anos de vida: resultados da Coorte MAL-ED, Fortaleza-Ceará, Brasil |
Authors: | Sousa, Lélia Sales de |
Advisor: | Lima, Aldo Ângelo Moreira |
Keywords: | Estudo de Coorte;Anemia;Fenômenos Fisiológicos da Nutrição do Lactente |
Issue Date: | 2023 |
Citation: | SOUSA, Lélia Sales de. Anemia e inflamação intestinal nos dois primeiros anos de vida: resultados da Coorte MAL-ED, Fortaleza-Ceará, Brasil. 2023. Tese (Doutorado em Ciências Médicas) – Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2023. Disponível em: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/72087. Acesso em: 05 maio. 2023. |
Abstract in Brazilian Portuguese: | A anemia é um dos problemas nutricionais mais comuns no mundo e pode gerar repercussões clínicas em crianças. No entanto, estudos longitudinais prospectivos que analisam a ingestão usual de nutrientes da alimentação complementar entre crianças com e sem anemia, considerando outros fatores como biomarcadores de inflamação intestinal durante os dois primeiros anos de vida, ainda são escassos. O objetivo deste estudo foi avaliar as associações entre anemia, indicadores antropométricos e ingestão de nutrientes da alimentação complementar, considerando a relação entre carga de patógenos intestinais e biomarcadores de inflamação intestinal nos dois primeiros anos de vida. Foram estudadas crianças brasileiras da coorte MAL-ED, no 7º mês, 15º mês e no 24º mês de idade. As variáveis bioquímicas analisadas foram hemoglobina, ferritina e um marcador de inflamação (alfa-1-glicoproteína ácida). O estado nutricional foi diagnosticado utilizando o índice de peso-por-idade escores-z (WAZ-wheight for age), índice de estatura-por-idade escores-z (HAZ -height for age) e o índice de peso-por-estatura escores-z (WHZ-wheight for height). A carga de patógenos foi detectada por meio de amostras de fezes mensais não diarreicas. A inflamação intestinal foi identificada por meio das concentrações fecais dos biomarcadores mieloperoxidase (MPO), neopterina (NEO) e alfa-1- antitripsina (AAT) e a estimativa da ingestão usual de nutrientes deu-se através de recordatórios dietéticos de 24 horas mensais através do programa estatístico MSM (Multiple Source Method). Dois modelos de regressão logística foram construídos para avaliar os fatores associados à anemia e à anemia ferropriva. Foram analisadas as correlações entre Hb, ingestão de vitamina B12, biomarcadores fecais de inflamação intestinal e carga de patógenos. A prevalência de anemia decresceu ao longo dos tempos estudados, de 47,5% no 7 º mês para 40,2% no 15º mês e 26% no 24º mês (Qui-quadrado, p=0,002). As crianças com anemia apresentaram menores scores-z para WAZ e HAZ no 7º mês (Kruskal-Walls, p < 0,05); entretanto, no 15º mês, as crianças com anemia apresentaram maiores índice scores-z para WAZ e WHZ (Kruskal-Walls, p < 0,05). A carga de protozoários e a carga total de patógenos também decresceram ao longo dos períodos estudados (Pós Teste de Dunn, p=0,000). O consumo de vitamina B12 foi significativamente menor em crianças com anemia no 15º mês (Mann-Whitney, p=0,014). A Hb se mostrou negativamente correlacionada com MPO (Spearman, rs= -0,190, p=0,046) no 7º mês e positivamente correlacionada com o consumo de vitamina B12 (Spearman, rs=0,260, p=0,003) no 15º mês. As regressões logísticas demonstraram que as crianças do sexo masculino apresentavam um maior risco para a anemia ferropriva (OR=4,57; IC 95% = 1,42 – 14,72), assim como crianças com maior indicador antropométrico WAZ apresentaram um maior risco para anemia (OR=1,32; IC 95% = 1,02 – 1,69). A anemia mostrou-se associada com maiores indicadores antropométricos relacionados ao peso, com pior ingestão dietética de vitamina B12 e com pior biomarcador de inflamação intestinal MPO. Contudo, a anemia não apresentou associação com a carga de patógenos, embora ambos tenham diminuído ao longo dos períodos. O sexo masculino demonstrou-se como um importante fator de risco para a anemia ferropriva nas crianças estudadas. Os resultados sugerem que o estado nutricional, o consumo alimentar e a inflamação intestinal são importantes fatores relacionados à anemia. |
Abstract: | Anemia is one of the most common nutritional problems in the world and can generate clinical repercussions in children. However, prospective longitudinal studies that analyze the usual intake of nutrients of complementary feeding among children with and without anemia, considering other factors such as biomarkers of intestinal inflammation during the first two years of life, are still scarce. The aim of this study was to evaluate the associations between anemia, anthropometric indicators, and nutrient intake of complementary feeding, considering the relationship between intestinal pathogen load and biomarkers of intestinal inflammation in the first two years of life. Brazilian children from the MAL-ED cohort were studied at the 7th month, 15th month, and 24th month of age. The biochemical variables analyzed were hemoglobin, ferritin, and a marker of inflammation (alpha-1-glycoprotein acid). Nutritional status was diagnosed using the z scores of the anthropometric indices weight-for-age (WAZ), length-for-age (HAZ), and weight-for-length (WHZ). Pathogen load was detected using monthly non-diarrheal stool samples. Intestinal inflammation was identified by fecal concentrations of biomarkers myeloperoxidase (MPO), neopterin (NEO), and alpha-1- antitrypsin (AAT), and the estimation of usual nutrient intake was done by monthly 24-hour dietary recall using the MSM (Multiple Source Method) statistical programs. Two logistic regression models were built to evaluate the factors associated with anemia and iron-deficiency anemia. Correlations between Hb, vitamin B12 intake, fecal biomarkers of intestinal inflammation, and pathogen load were analyzed. The prevalence of anemia decreased over the studied times, from 47.5% at month 7 to 40.2% at month 15 and 26% at month 24 (Chi-square, p=0.002). Children with anemia had lower z scores for WAZ and HAZ at month 7 (Kruskal-Walls, p < 0.05); however, at month 15, children with anemia had higher z scores for WAZ and WHZ (Kruskal-Walls, p < 0.05). Protozoa burden and total pathogen burden also decreased over the periods studied (Dunn's Post Test, p=0.000). Vitamin B12 intake was significantly lower in children with anemia at month 15 (Mann-Whitney, p=0.014). Hb was negatively correlated with MPO (Spearman, rs= -0.190, p=0.046) at month seven (7) and positively correlated with vitamin B12 intake (Spearman, rs=0.260, p=0.003) at month 15. Logistic regressions showed that male children had a higher risk for iron deficiency anemia (OR=4.57; 95% CI = 1.42 - 14.72), as well as children with higher anthropometric indicator WAZ had a higher risk for anemia (OR=1.32; 95% CI = 1.02 - 1.69). Anemia was shown to be associated with higher weight-related anthropometric indicators, with worse dietary intake of vitamin B12, and with a worse biomarker of intestinal inflammation MPO. However, anemia did not show an association with pathogen burden, although both decreased across time periods. Male gender was shown to be an important risk factor for iron deficiency anemia in the children studied. The results suggest that nutritional status, food intake, and intestinal inflammation are important factors related to anemia |
URI: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/72087 |
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