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http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/72015
Tipo: | Tese |
Título : | Relação entre biomarcadores endoteliais e choque séptico em pacientes críticos com COVID |
Título en inglés: | Relationship between endothelial biomarkers and septic shock in critically ill patients with COVID |
Autor : | Aragão, Nilcyeli Linhares |
Tutor: | Bruin, Pedro Felipe Carvalhedo de |
Co-asesor: | Albuquerque, Polianna Lemos Moura Moreira |
Palabras clave : | COVID-19;Fármacos Cardiovasculares;Endotélio;Choque Séptico |
Fecha de publicación : | 30-mar-2023 |
Citación : | ARAGÃO, Nilcyeli Linhares. Relação entre biomarcadores endoteliais e choque séptico em pacientes críticos com COVID. 2023. 60 f. Tese (Doutorado em Ciências Médicas) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2023. Disponível em: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/72015. Acesso em: 03 maio. 2023. |
Resumen en portugués brasileño: | O choque séptico por COVID-19 tem importante impacto na mortalidade de pacientes críticos admitidos nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Trata-se de uma resposta hiperinflamatória com consequente disfunção orgânica. Tais alterações são mediadas pela descamação do glicocálice, geração de espécies reativas de oxigênio, exposição de moléculas de adesão endotelial e ativação do fator tecidual. A sepse afeta praticamente todas as funções das células endoteliais e é considerada o fator chave na progressão do quadro para falência de múltiplos órgãos. Objetivo: Correlacionar biomarcadores vasculares com a presença de choque séptico em pacientes críticos com COVID-19. Métodos: Foi realizado um estudo prospectivo com 86 pacientes com COVID-19 grave admitidos em UTI entre junho de 2020 e abril de 2021. Os pacientes foram acompanhados até o 28º dia de internamento. Exames laboratoriais e biomarcadores vasculares, como VCAM-1, sindecan-1, angiopoetina-1 e angiopoeitina-2 foram quantificados no momento da admissão na UTI e associados à presença ou não de choque séptico nos primeiros sete dias de internamento. Resultados: A idade média dos participantes do estudo foi de 60 ± 16 anos e maioria era do sexo masculino (59% da amostra). O tempo médio entre o início dos sintomas e a admissão foi de 11,7 ± 7,4 dias. Os participantes permaneceram internados na UTI, em média, por 12 ± 7,5 dias. Trinta e seis (42%) pacientes foram a óbito durante o internamento e 50 (58%) sobreviveram. As comorbidades mais frequentes foram hipertensão (39%), obesidade (31%) e diabetes mellitus (23%). Setenta e dois por cento (72%) da amostra estava em uso de ventilação mecânica nas primeiras 24 horas de internação, com índice de oxigenação médio de 183,9 ± 115. Os pacientes admitidos com choque séptico caracterizaram-se por apresentar mais taquicardia na admissão (107bpm ± 22 versus 92bpm ± 20, p = 0,003); maiores escores de SAPS3 [68,66 (64,5-75,5) versus 41,5 (37 – 59,7), p < 0,001] e necessidade mais frequente de ventilação mecânica invasiva (63% versus 37%, p < 0,001). O grupo que usou vasopressores apresentou níveis mais elevados de D-dímero [2,46ng/ml (0,6 – 6,1) versus 1,01ng/ml (0,62 – 2,6), p = 0,019] e de LDH (929U/L ± 382 versus 766U/L ± 312), em comparação com o grupo que não utilizou drogas vasoativas. A frequência de óbitos durante o internamento foi maior no grupo que usou aminas vasoativas nas primeiras 24 horas de UTI, em comparação àqueles que não usaram (70% versus 30%, p =0,002). Sindecan-1 esteve independentemente associado a necessidade de aminas vasoativas, e valores admissionais acima de 269 ng/ml (95% IC 0,524 – 0,758, p = 0,024) foram capazes de prever a necessidade de vasopressores durante os 7 dias subsequentes ao internamento. Conclusão: Pacientes com choque séptico por COVID-19 associaram-se a um maior uso de ventilação mecânica, a maiores escores de SAPS3 e a um maior risco de óbito durante o internamento. Adicionalmente, o sindencan-1 mostrou-se como um biomarcador útil para monitoramento da progressão da COVID-19 para choque séptico. Os dados deste estudo evidenciam que a COVID-19 grave resulta em injúria vascular e degradação do glicocálice endotelial. |
Abstract: | Septic shock due to COVID-19 impacts the mortality of critically ill patients admitted to Intensive Care Units (ICU). It is a hyperinflammatory response with consequent organ dysfunction. Such changes are mediated by glycocalyx desquamation, generation of reactive oxygen species, exposure of endothelial adhesion molecules, and tissue factor activation. Sepsis affects practically all endothelial cell functions and is considered a critical factor in the progression of the condition to multiple organ failure. Aim: To correlate vascular biomarkers with septic shock in critically ill patients with COVID-19. Methods: A prospective study was carried out with 86 patients with severe COVID-19 admitted to the ICU between June 2020 and April 2021. Patients were followed up until the 28th day of hospitalization. Laboratory tests and vascular biomarkers, such as VCAM-1, syndecan-1, angiopoietin-1, and angiopoietin-2, were quantified upon admission to the ICU and associated with the need or not for vasopressors in the first seven days of hospitalization. Methods: A prospective study was carried out with 86 patients with severe COVID-19 admitted to the ICU between June 2020 and April 2021. Patients were followed up until the 28th day of hospitalization. Laboratory tests and vascular biomarkers, such as VCAM-1, syndecan-1, angiopoietin-1, and angiopoietin-2, were quantified upon admission to the ICU and associated with the need or not for vasopressors in the first seven days of hospitalization. Results: The mean age of study participants was 60 ± 16 years, and most were male (59% of the sample). The mean time between the onset of symptoms and admission was 11.7 ± 7.4 days. On average, the participants remained in the ICU for 12 ± 7.5 days. Thirty-six (42%) patients died during hospitalization, and 50 (58%) survived. The most frequent comorbidities were hypertension (39%), obesity (31%), and diabetes mellitus (23%). Seventy-two percent (72%) of the sample were using mechanical ventilation in the first 24 hours of hospitalization, with a mean oxygenation index of 183.9 ± 115. Patients who used vasopressors were characterized by more tachycardia on admission (107 ± 22 versus 92 ± 20, p = 0.003); higher SAPS3 scores [68.66 (64.5-75.5) versus 41.5 (37 – 59.7), p < 0.001] and more frequent need for invasive mechanical ventilation (63% versus 37%, p < 0.001). The group using vasopressors had higher levels of D-dimer [2.46 (0.6 – 6.1) versus 1.01 (0.62 – 2.6), p = 0.019], and LDH (929 ± 382 versus 766 ± 312), compared to the group that did not use vasoactive drugs. The frequency of deaths during hospitalization was higher in the group that used vasoactive amines in the first 24 hours in the ICU compared to those that did not use them (70% versus 30%, p = 0.002). Sindecan-1 was independently associated with the need for vasoactive amines, and admission values above 269 ng/ml (95% CI 0.524 – 0.758, p = 0.024) were able to predict the need for vasopressors during the seven days following admission. Conclusion: Patients with septic shock due to COVID-19 are associated with greater use of mechanical ventilation, higher SAPS3 scores, and a higher risk of death during hospitalization. Furthermore, syndecan-1 has been shown to be a valuable biomarker for monitoring the progression of COVID-19 to septic shock. Data from this study show that severe COVID-19 results in vascular injury and endothelial glycocalyx degradation. |
URI : | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/72015 |
Aparece en las colecciones: | DMC - Dissertações defendidas na UFC |
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