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Tipo: Tese
Título: Goma de cajueiro (Anacardium occidentale L.) como biossensor para lectinas vegetais
Autor(es): Lima, Raquel da Silveira Nogueira
Orientador: Moreira, Renato de Azevedo
Palavras-chave: Lectinas de plantas;Gomas e resinas;Castanha-de-caju
Data do documento: 2002
Citação: LIMA, Raquel da Silveira Nogueira. Goma de cajueiro (Anacardium occidentale L.) como biossensor para lectinas vegetais. 2002. Tese (Doutorado em Bioquímica) – Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2002.
Resumo: O uso de gomas naturais, extraídas de exsudatos e extratos de plantas, tem recebido forte estímulo como sendo resultado de muitas e lucrativas possibilidades para o uso industrial. No presente trabalho foi estudada a goma exsudada de cajueiro, na sua forma bruta e após tratamento químico de reticulação. A goma exsudada do tronco de cajueiro (Anacardium occidentale L.) mostrou-se eficiente na identificação e isolamento de lectinas vegetais, independente da especificidade por açúcares apresentada por essas. Com relação à composição química mínima, a goma mostrou-se rica em açúcares, característica dos produtos de exsudação vegetal. A metodologia para reticulação da goma de cajueiro, utilizando-se como agente químico epicloridrina 12,5 N em meio alcalino, mostrou-se mais eficiente que o procedimento de reticulação com glutaraldeido. Frente à diálise contra solução salina, houve queda nos valores da viscosidade, sugerida com tendo sido causada pela presença de ions Na+ no meio, o que força o aparecimento de sais de sódio nas ramificações do polissacarídeo (sais de ácido urônico). A submissão da solução de goma de cajueiro em meio aquoso ácido ou álcali tende a induzir diminuição nos valores de viscosidade. A análise preliminar da condutividade elétrica aponta a goma exsudada de cajueiro como sendo um bom condutor elétrico, o que a torna ferramenta interessante para a confecção futura de um biossensor, ou mesmo servir como filme de superfície para a adesão de proteínas. O espectro de infravermelho não indicou a formação de grupamento químico durante o processo de purificação do carboidrato com etanol. A goma exsudada de cajueiro mostrouse capaz de reconhecer apenas lectinas vegetais, fato interessante para futuros experimentos de isolamento de lectinas de tecidos vegetais, hipótese reforçada pelo reconhecimento de lectinas retidas pela matriz cromatográfica de afinidade. A possível utilização da goma exsudada de cajueiro como biossensor protéico (gel cromatográfico ou matriz de biofilme) é sugerida frente a sua alta reprodutibilidade, característica primordial na escolha de um biopolímero para estudos biotecnológicos ou de aplicação.
Abstract: The use of natural gums, taken from the exudates and extracts of plants, has been given a strong stimulus as a result of the many and lucrative possibilities for industrial use. In the present work, we studied the resin/gum secretor ducts that appear along the cashew tree bark, using histological procedures and microscopic observations. The gum was studied at its crude state and then chemically treated in order to obtain a kind of gel (microbiofilm). Besides the chemical composition proteins, lipids, sugars, fibers and ashes), the gum's electric conductivity was studied to determine possible use as a biosensor/bioidentificator for plant proteins. By natural exudation, or by means of incision, a gum or resin of a yellowish color soluble in water, and which presents a great biotechnological potential, appears on the trunk and branches of the cashew tree (Anacardium occidentale L.). Cashew gum extraction represents one more source of revenue for the producer, in addition to the cashew nut and the peduncle, as well as an alternative for the utilization of non-productive cashew trees in a phase of decline or senescence. Gum ducts biological origin was investigated through histological procedures, showing high similarity with other ducts from the same family Anacardiaceae The potential of bioaffinity as a tool for the study of biologicalrecognition mechanisms is gaining increasing value. Its potential use as a chromatographic matrix and/or for bioaffinity ligand for lectins was investigated. Gum was cross-linked in order to obtain a kind of chromatographic matrix (gel). Cashew-gum hydrogels swell and shrink in presence or absence of water and if the water is completely removed, they collapse to form a xerogel. To evaluate the gum's ability to retain glycoproteins (lectins), affinity chromatography and bioindicative procedures were performed and, in addition some of the chemical, physical-chemical and biological characterizations were done, such as the secretory bark ducts origin and characterization. The results clearly indicate the possibility of using the exudates gum from cashew tree as a new and non expensive biotechnological tool for glycobiology and glycobiochemistry.
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