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http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/71361
Tipo: | Dissertação |
Título: | Influência do tempo de doença, dose de antipsicótico e sexo sob parâmetros inflamatórios e oxidativos plasmáticos de pacientes portadores de esquizofrenia |
Título em inglês: | Influence of disease duration, antipsychotic dose and gendeer on plasma inflammatory and oxidative parameters of patients with schizophrenia |
Autor(es): | Moreira, Roberta Tavares de Araújo |
Orientador: | Gaspar, Danielle Macêdo |
Palavras-chave: | Esquizofrenia;Estresse Oxidativo;Inflamação;Niritos |
Data do documento: | 13-Dez-2022 |
Citação: | MOREIRA, Roberta Tavares de Araújo. Influência do tempo de doença, dose de antipsicótico e sexo sob parâmetros inflamatórios e oxidativos plasmáticos de pacientes portadores de esquizofrenia. 2022. 60 f. Dissertação (Mestrado em Farmacologia) – Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2022. Disponível em: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/71361. Acesso em: 21 mar. 2023. |
Resumo: | A esquizofrenia é um transtorno mental grave, crônico e incapacitante que afeta o comportamento do indivíduo acometido. É um transtorno que se desenvolve por interação gene-ambiente. Geralmente se manifesta na adolescência ou início da fase adulta, com média de 24 anos de idade, considerando homens e mulheres. Com relação à influência do sexo na esquizofrenia, ela se manifesta mais precocemente com sintomas mais graves nos homens. Mecanismos neuroinflamatórios e oxidativos estão subjacentes à neurobiologia da esquizofrenia, porém esses ainda são pouco compreendidos. Consequentemente, os fármacos utilizados para seu tratamento são pouco eficazes no manejo de alguns sintomas, como os cognitivos. Face a esta evidência, o objetivo do presente estudo foi avaliar a influência do tempo da doença, dose de antipsicóticos e sexo sob parâmetros inflamatórios e oxidativos em pacientes portadores de esquizofrenia (PPEs). O estudo foi do tipo caso-controle, sendo recrutados participantes de ambos os sexos sem transtornos mentais (grupo controle) e PPEs. Os critérios de inclusão do grupo controle foram pessoas sem transtornos mentais, sem parentes de primeiro grau com transtornos e que não tivessem feito uso de anti-inflamatórios nos últimos 15 dias precedentes à coleta. O grupo PPE tinha que ter diagnóstico de esquizofrenia, ser acompanhado pelo serviço de psiquiatria e endocrinologia do hospital Walter Cantídio UFC e que não tivesse feito uso de anti-inflamatórios. Após a coleta de sangue total, as amostras foram centrifugadas até se obter o plasma pobre em plaquetas. Avaliou-se, os níveis de marcadores de estresse oxidativos, como a peroxidação lipídica (TBARS) e nitrito e marcadores de resposta inflamatória, como a enzima mieloperoxidase (MPO) e a relação Neutrófilo/ linfócito (RNL). Os resultados mostraram que, independente do sexo, há uma redução significativa dos níveis de TBARS e Nitrito em PPEs tratados com antipsicóticos quando comparados ao grupo controle saudável. Em relação aos PPEs, as correlações clínicas entre equivalente de Clorpromazina vs. tempo de doença apontou para uma correlação positiva, demonstrando que doses maiores de antipsicótico são usadas por pacientes com mais tempo de doença com melhora parcial dos efeitos adversos e dos mecanismos de defesa antioxidante. A Houve correlação entre o Tempo de doença vs. RNL, demonstrando que pacientes com mais tempo de doença apresentam mais alterações inflamatórias, produtos de estresse oxidativo e níveis de citocinas aumentados. O equivalente de clorpromazina vs. TBARS mostrou correlação positiva com aumento da peroxidação lipídica, em pacientes do sexo feminino tratadas com doses maiores de antipsicóticos, caracterizando que, com o passar do tempo seja necessário o ajuste de dose decorrente da tolerância do paciente em relação ao medicamento. O Além disso, o equivalente de Clorpromazina vs. Nitrito mostrou uma correlação negativa, ou seja, redução de nitrito com doses maiores de antipsicóticos, sugerindo uma relação com a cronicidade do transtorno. Em conjunto estes dados mostram que doses mais altas de antipsicóticos são observadas em pacientes com maior tempo de doença e estão relacionadas a redução dos níveis sanguíneos de nitrito. Também observamos, maior RNL em pacientes com maior tempo de doença; as mulheres, em especial, apresentaram mais peroxidação lipídica quando expostas a doses mais altas de antipsicóticos. |
Abstract: | Schizophrenia is a serious, chronic and disabling mental disorder that affects the behavior of the affected individual. It is a disorder that develops by gene-environment interaction. It usually manifests itself in adolescence or early adulthood, with an average of 24 years of age, considering men and women. Regarding the influence of sex on schizophrenia, it manifests earlier with more severe symptoms in men. Neuroinflammatory and oxidative mechanisms underlie the neurobiology of schizophrenia, but these are still poorly understood. Consequently, the drugs used for its treatment are not very effective in managing some symptoms, such as cognitive ones. In view of this evidence, the aim of the present study was to evaluate the influence of disease duration, antipsychotic dose and sex on inflammatory and oxidative parameters in patients with schizophrenia (EPPs). The study was of the case-control type, with participants of both sexes without mental disorders (control group) and EPPs being recruited. The inclusion criteria for the control group were people without mental disorders, without first-degree relatives with disorders and who had not used anti-inflammatory drugs in the last 15 days prior to collection. The EPP group had to have a diagnosis of schizophrenia, be monitored by the psychiatry and endocrinology service of the Hospital Walter Cantídio UFC and not have used anti-inflammatory drugs. After collecting whole blood, the samples were centrifuged to obtain platelet-poor plasma. The levels of oxidative stress markers, such as lipid peroxidation (TBARS) and nitrite, and inflammatory response markers, such as myeloperoxidase enzyme (MPO) and Neutrophil/lymphocyte ratio (RNL) were evaluated. The results showed that, regardless of sex, there is a significant reduction in TBARS and Nitrite levels in EPPs treated with antipsychotics when compared to the healthy control group. Regarding PPEs, the clinical correlations between Chlorpromazine equivalent vs. disease duration pointed to a positive correlation, demonstrating that higher doses of antipsychotics are used by patients with longer disease duration with partial improvement of adverse effects and antioxidant defense mechanisms. A There was a correlation between the duration of illness vs. RNL, demonstrating that patients with longer disease duration have more inflammatory changes, oxidative stress products and increased levels of cytokines. The equivalent of chlorpromazine vs. TBARS showed a positive correlation with increased lipid peroxidation in female patients treated with higher doses of antipsychotics, characterizing that, over time, dose adjustment is necessary due to the patient's tolerance for the medication. In addition, the equivalent of Chlorpromazine vs. Nitrite showed a negative correlation, ie, nitrite reduction with higher doses of antipsychotics, suggesting a relationship with the chronicity of the disorder. Taken together, these data show that higher doses of antipsychotics are observed in patients with longer disease duration and are related to a reduction in blood levels of nitrite. We also observed a higher NLR in patients with longer disease duration; women, in particular, showed more lipid peroxidation when exposed to higher doses of antipsychotics. |
URI: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/71361 |
Aparece nas coleções: | PPGF - Dissertações defendidas na UFC |
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