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Tipo: Tese
Título: Efeito de concentrações fisiológicas de ouabaína sobre a excitabilidade de células agudamente dissociadas de gânglios cervicais superiores de rato
Autor(es): Porto, Paulo Roberto de Lavor
Orientador: Cardoso, José Henrique Leal
Palavras-chave: Hipertensão;Ouabaína;Sistema Nervoso Autônomo;Gânglio Cervical Superior
Data do documento: 2002
Citação: PORTO, P. R. L. Efeito de concentrações fisiológicas de ouabaína sobre a excitabilidade de células agudamente dissociadas de gânglios cervicais superiores de rato. 2002. Tese (Doutorado em Farmacologia) - Departamento de Fisiologia e Farmacologia, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2002. Disponível em:http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/71106. Acesso em 03 mar. 2023.
Resumo: O gânglio cervical superior, bem como os outros gânglios paravertebrais, se constituem na etapa simpática mais distai da rota de processamento das informações para o controle simpático das funções orgânicas. Esse fato confere muita importância às alterações do funcionamento dos seus neurônios, que apresentam grande probabilidade de se refletir na função do efetor. Por essa razão investigamos os efeitos da ouabaína, em concentrações próximas àquelas encontradas fisiológicamente, sobre parâmetros eletrofisiológicos relacionados à excitabilidade neuronal do gânglio cervical superior. Células agudamente dissociadas deste gânglio foram, logo após cultivadas 1h em L15 sem (controle) ou com concentração fisiológica (10nM) de ouabaína, superfundidas com solução de Locke contendo 4,7 mM de [K+] e então determinadas suas propriedades passivas: resistências de entrada de membrana (Rj), potencial transmembrana de repouso em presença de clampeamento contínuo de corrente (Emh). corrente de clampeamento basal (lh), limiar de corrente (lth (limiar de corrente para desencadeamento de um potencial de ação)). Avaliaram-se também as mudanças na excitabilidade neuronal, através do número de potenciais de ação produzidos pela célula estimulada com rampa de 0,4 nA de amplitude e duração de 800 ms (nAPramp) e uma onda quadrada de corrente, de duração de 400 ms e de amplitudes, duas vezes o limiar (nAP2xith) e três vezes o limiar (nAP3Xith). Nestas células foram observadas diferenças significativas na corrente de clampeamento de voltagem de 30± 6 (n=10) para 19 ± 0,15 nA (n=11) (p= 0,007) e um aumento da excitabilidade, quando estimuladas com pulsos nAP2xith, de 1,7± 0,21 para 4,6± 0,54 (p< 0,0001) e com nAP3xith, de 2,3 ± 0,40 para 6,5 ± 0,73 (p< 0,0001), em relação ao controle. Ao serem cultivadas em MEM, e submetidas aos mesmos protocolos de estimulação e superfundidas com Locke contendo 4,7 mM de K+, observamos que as propriedades passivas se mantiveram inalteradas enquanto que a excitabilidade se apresentou estatisticamente diferente: nAPramp foi incrementado de 1,75 ± 0.80 (controle) (n=12) para 6,77 ± 2,60 (n=9) (p=0,050), nAP2xith de 1,4 ± 0.19 para 3,9 ± 1 (p= 0,012 ), e nAP3xith e 1,5 ± 0,194 para 4,8 ± 1,5 (p= 0,012). Quando células agudamente dissociadas de gânglio cervical superior (GCS) foram são cultivadas em MEM e estimuladas em diferentes concentrações de Potássio 5,6 mM (n=18) e 4,7 mM (n=12) observamos que essa diferença nas concentrações de potássio (0,90 mM), não provocou alterações significativas na excitabilidade neuronal, nem nas propriedades passivas e na excitabilidade. As células expostas a ouabaína e superfundidas com essas diferentes concentrações de potássio, (5,6 mM e 4,7 mM), contudo não mostraram diferenças nas propriedades passivas, mas demonstraram nas ativas: a excitabilidade. Nas células cultivadas com 5,6mM (n=14) de potássio, nAP2xith foi 1,86± 0,39 que se alterou para 3,9± 1 potenciais em células superfundidas com potássio 4,7mM (n=9) (p= 0.042). Células cultivadas em MEM, superfundidas com Locke 5,6mM(n=21), expostas por 1hora a ouabaína 10nM (n=12), quando comparadas com o seu controle (células não expostas a ouabaína), apresentaram alterações da excitabilidade ao serem estimuladas, com nAP2xith passando de 1,1 ± 0,1 (controle) para 2± 0,4 (p=0,044) e nAP3xith de 1,19 ± 0,80 para 2,5± 0,74 (p=0,040). Entretanto, ao expormos estas células cultivadas em MEM, por um período' de 1 hora, à concentrações de 1mM de ouabaína observamos uma alterações na resistência de membrana, que passou de 70,7 ± 6,2 MQ para 119 ± 10 MQ ( p= 0,002) e da corrente de clampeamento que sofreu decréscimo de 118± 26nA (n=27) para 80 ± 2nA (n=29) (p= 0,0008). Houve o aumento na excitabilidade neuronal: nas células estimuladas, nAPramp, aumentou de 2,8 ± 0,52 ( controle) (n=27) para 9,9 ± 1,2 (p= 0,000001), nAP2xith de 1,6 ± 0,74 para 3,9 ± 0,4 (p= 0,000002) e nAP3xith de 1,89 ± 0,187 para 5,44 ± 0,53 (p= 0,000006). A exposição dos neurônios agudamente dissociados à dihidroouabaína (10nM) (n=4) e à Raminose (10nM) (n=7) promoveu no caso da ihidroouabaína um aumento da resistência de 70,7 ± 6,2 (p < 0,05) enquanto a excitabilidade aumentou, na nAPramp para 14,8 ± 3 (0,0001 ), nAP2xith para 4 ±0,7 e (0.0001) nAP3xith 7,5 ± 0,96 (0,001). Os dados demonstram que a ouabaína em concentrações fisiológicas (10nM) aumenta a excitabilidade de neurônios do GCS agudamente dissociados e que este efeito pode ser modulado por alterações nas concentrações de potássio extracelulares. Os dados demonstram também que este efeito não é produzido pela Raminose na mesma concentração.
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