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http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/65776
Type: | Tese |
Title: | Prevalência e fatores associados à hanseníase entre mulheres privadas de liberdade no Brasil |
Authors: | Parente, Eriza de Oliveira |
Advisor: | Kerr, Ligia Regina Franco Sansigolo |
Co-advisor: | Pinheiro Júnior, Francisco Marto Leal |
Keywords: | Hanseníase;Prisões;Prisioneiros;Mulheres;Brasil |
Issue Date: | 21-Dec-2021 |
Citation: | PARENTE, E. O. Prevalência e fatores associados à hanseníase entre mulheres privadas de liberdade no Brasil. 2021. 46 f. Tese (Doutorado em Saúde Pública) – Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2021. Disponível em: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/65776. Acesso em: 12/05/2022. |
Abstract in Brazilian Portuguese: | A população carcerária é considerada um grupo fundamental para o controle da hanseníase, uma vez que as prisões são locais que apresentam condições ambientais e sociais que favorecem a transmissão e o adoecimento. Este estudo objetivou estimar a prevalência de hanseníase em presidiárias brasileiras e identificar fatores associados à doença. Métodos: Este estudo transversal explorou a prevalência e os fatores associados à hanseníase entre presidiárias brasileiras e foi realizado entre 2014 e 2015 em 15 presídios femininos brasileiros. Os dados de 1327 mulheres foram coletados por meio de Auto-Entrevista Assistida por Computador e exame dermatológico e neurológico para identificar lesões suspeitas de hanseníase. Resultados: A média de idade foi de 33,4 anos. A suspeita de hanseníase foi identificada em 5,1% das mulheres na prisão, e a prevalência autorreferida ao longo da vida foi de 7,5%. As variáveis que se associaram à hanseníase autorreferida ao longo da vida foram: mulheres presas uma vez com duas vezes mais chances de ter hanseníase (IC95%: 1,2 - 3,5); mulheres brancas tinham 1,4 vezes mais chance de ter hanseníase do que mulheres não brancas (IC 95%: 1,1 - 1,8); mulheres que conheciam alguém com hanseníase tinham 1,9 vezes mais chance de ter hanseníase (IC95%: 1,1 - 3,3); e mulheres que compartilhavam uma cela com 11 ou mais mulheres tinham 2,5 vezes mais chance de ter hanseníase do que mulheres que compartilhavam uma cela com duas ou menos pessoas (IC 95%: 1,1 - 5,9). Conclusões: A autorrelato de hanseníase ao longo da vida entre presidiárias no Brasil foi mais de 100 vezes maior do que a encontrada em uma coorte brasileira da população geral. Esses valores mostram a extrema vulnerabilidade dessa população gerada pela pobreza pré-reclusão, bem como potencial de transmissão na prisão. |
Abstract: | The prison population is considered a fundamental group for the control of leprosy, since prisons are places that present environmental and social conditions that favor transmission and illness. This study aimed to estimate the prevalence of leprosy in Brazilian female prisoners and to identify factors associated with the disease. Methods: This cross-sectional study explored the prevalence and factors associated with leprosy among Brazilian female prisoners and was carried out between 2014 and 2015 in 15 Brazilian female prisons. Data from 1327 women were collected through Computer-Assisted Self-Interview and dermatological and neurological examination to identify suspected leprosy. Results: The mean age was 33.4 years. Suspicion of leprosy was identified in 5.1% of women in prison, and the lifetime self-reported prevalence was 7.5%. The variables associated with self-reported leprosy throughout life were: women imprisoned once, twice as likely to have leprosy (95%CI: 1.2 - 3.5); white women were 1.4 times more likely to have leprosy than non-white women (95% CI: 1.1 - 1.8); women who knew someone with leprosy were 1.9 times more likely to have leprosy (95%CI: 1.1 - 3.3); and women who shared a cell with 11 or more women were 2.5 times more likely to have leprosy than women who shared a cell with two or fewer people (95% CI: 1.1 - 5.9). Conclusions: A lifetime self-report of leprosy among female inmates in Brazil was more than 100 times higher than that found in a Brazilian cohort of the general population. These values show the extreme vulnerability of this population generated by pre-incarceration poverty, as well as the potential for transmission in prison. |
URI: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/65776 |
Appears in Collections: | PPGSP - Teses defendidas na UFC |
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