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dc.contributor.advisorRigotto, Raquel Maria-
dc.contributor.authorLopes, Camila Aguiar de Oliveira-
dc.date.accessioned2022-02-23T17:36:45Z-
dc.date.available2022-02-23T17:36:45Z-
dc.date.issued2019-
dc.identifier.citationLOPES, Camila Aguiar de Oliveira. O lugar da comunicação nos conflitos ambientais: experiência e reflexão a partir do projeto de mineração de urânio e fosfato em Santa Quitéria/CE. 2022. 135 f. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente) - Universidade Federal do Ceará, Centro de Ciências, Fortaleza, 2019.pt_BR
dc.identifier.urihttp://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/64135-
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.subjectComunicaçãopt_BR
dc.subjectJustiça Ambientalpt_BR
dc.subjectContra-hegemoniapt_BR
dc.subjectPoder simbólicopt_BR
dc.titleO lugar da comunicação nos conflitos ambientais: experiência e reflexão a partir do projeto de mineração de urânio e fosfato em Santa Quitéria/CEpt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.description.abstract-ptbrO objetivo dessa pesquisa é refletir sobre o lugar da Comunicação nos contextos de conflitos ambientais inerentes ao modelo de desenvolvimento econômico brasileiro, desde a experiência vivenciada em torno de um projeto de implantação de um empreendimento de mineração de urânio e fosfato no sertão central do Ceará, o Projeto Santa Quitéria. Os conflitos ambientais se configuram a partir de disputas em que se confrontam distintas racionalidades e modos de vida nos territórios, nos quais se revelam assimetrias de poderes políticos, econômicos e simbólicos. No conflito em Santa Quitéria/CE, observamos que as estratégias de comunicação ocuparam posição central na construção do convencimento e da legitimação do empreendimento de mineração e do modelo de desenvolvimento capitalista perante a sociedade, ao mesmo tempo em que foram fundamentais na circulação dos questionamentos e posicionamentos de comunidades camponesas e movimentos sociais em resistência à mineração. A partir disso, indagamos de que forma a Comunicação, em suas mais variadas expressões, pode contribuir para o enfrentamento dos conflitos ambientais -fazendo parte da estratégia política de denúncia e resistência ou para o agravamento das situações de injustiça e violações de direitos -como espaço de construção e propagação de modelos hegemônicos. Trata-se de pesquisa qualitativa, cuja metodologia abrangeu técnicas de trabalho de campo e observação participante, pesquisa documental, análise do discurso e entrevistas semi estruturadas. O Consórcio Santa Quitéria elaborou materiais como cartilhas, boletins informativos e vídeos com informações sobre o empreendimento. A ação que mais teve “efeito” sobre a memória e os debates sobre o Projeto nas comunidades foi a presença de um “funcionário da empresa” em reuniões e visitas às casas das famílias, tentando estabelecer relações de afetividade. Entre os elementos que compuseram o discurso dos empreendedores, identificamos,evidentemente, uma perspectiva desenvolvimentista enquanto projeto para aquele território; a tentativa de identificação e aproximação com o lugar (como mostra o slogan “riquezas da nossa terra”); o argumento de que a segurança da operação estaria garantida; e o objetivo de desconstruir o “imaginário local” sobre os riscos do urânio. Por sua vez,os sujeitos e grupos que compõem a Articulação Antinuclear do Ceará (AACE) também se dedicaram a elaborar materiais e processos de comunicação como parte das estratégias de enfrentamento ao empreendimento. Foram produzidas cartilhas, documentários, campanhas etc. Na mídia impressa, observamos a reprodução do discurso empreendedor em notícias publicadas predominantemente na editoria de Economia/caderno de Negócios de um jornal impresso local, repercutindo a perspectiva desenvolvimentista hegemônica. As discussões da pesquisa buscaram contribuir no delineamento de parâmetros iniciais de construção de ideias e estratégias de utilização da Comunicação como estratégia política no enfrentamento dos conflitos ambientais. Identificamos como aspectos orientadores as seguintes questões: promoção da autonomia e do protagonismo dos sujeitos e grupos sociais dos territórios; reconhecimento da potência do trabalho em rede; exercício da horizontalidade; pluralidade de linguagens; tradução de dados e informações científicas; diversidade de formatos; investimento em imagem e linguagem audiovisual. Consideramos que esses são resultados preliminares de um estudo acerca de concepções teóricas,metodológicas e práticas de uma noção de comunicação para a justiça ambiental, que pode ser aprofundado no decurso de subsequentes pesquisas, tendo em vista a necessidade de se elaborar perspectivas teórico-práticas de um trabalho de comunicação afinado com uma visão crítica do desenvolvimentismo.pt_BR
dc.description.abstract-esEl objetivo de esta investigación es reflexionar sobre el lugar de la Comunicación en los contextos de conflictos ambientales inerentes de el modelo de desarrollo económico brasileño, desde la experiencia vivida en torno a un proyecto de implantación de un emprendimiento de minería de uranio y fosfato en el sertão central del río, Ceará, el Proyecto Santa Quitéria. Los conflictos ambientales se configuran a partir de disputas en que se enfrentan distintas racionalidades y modos de vida en los territorios, en los que se revelan asimetrías de poderes políticos, económicos y simbólicos. En el conflicto en Santa Quitéria / CE, observamos que las estrategias de comunicación ocuparon una posición central en laconstrucción del convencimiento y de la legitimación del emprendimiento de minería y del modelo de desarrollo capitalista ante la sociedad, al tiempo que fue tomada como herramienta para la difusión de posicionamientos de comunidades campesinas y movimientos sociales en resistencia a la minería. A partir de eso, indagamos de qué forma la Comunicación, en sus más variadas expresiones, puede contribuir al enfrentamiento de los conflictos ambientales -haciendo parte de la estrategia política de denuncia y resistencia -o para el agravamiento de las situaciones de injusticia y violaciones de derechos -como espacio de construcción y propagación de modelos hegemónicos. Se trata de una investigación cualitativa, cuya metodología abarcó técnicas de trabajo de campo y observación participante, investigación documental, análisis del discurso y entrevistas semiestructuradas. El Consorcio Santa Quitéria elaboró materiales como cartillas, boletines informativos y videos con informaciones sobre el emprendimiento. La acción que más tuvo "efecto" sobre la memoria y los debates sobre el Proyecto en las comunidades fue la presencia de un "funcionario de la empresa" en reuniones y visitas a las casas de las familias, intentando establecer relaciones de afectividad. Entre los elementos que compusieron el discurso de los emprendedores, identificamos, evidentemente, una perspectiva desarrollista como proyecto para ese territorio; el intento de identificación y acercamiento con el lugar (con el lema "riquezas de nuestra tierra"); el argumento de que la seguridad de la operación estaría garantizada; y el objetivo de descontruir el "imaginario local" sobre los riesgos del uranio. Por su parte, los sujetos y grupos que componen la Articulación Antinuclear de Ceará (AACE) también se dedicaron a elaborar materiales y procesos de comunicación como parte de las estrategias de enfrentamiento al emprendimiento Se produjeron cartillas, documentales, campañas, etc. En los medios impresos, observamos la reproducción del discurso emprendedor en noticias publicadas predominantemente en la editorial de Economía / cuaderno de Negocios de un periódico impreso local, repercutiendo la perspectiva desarrollista hegemónica. Las discusiones de la investigación contribuyeron a delinear caminos iniciales deconstrucción de ideas y estrategias de utilización de la Comunicación como estrategia política en el enfrentamiento de los conflictos ambientales. Identificamos como aspectos orientadores las siguientes cuestiones: promoción de la autonomía y del protagonismo de los sujetos y grupos sociales de los territorios; reconocimiento de la potencia del trabajo en red; el ejercicio de la horizontalidad; pluralidad de lenguajes; traducción de datos e información científica; diversidad de formatos; inversión en imagen y lenguaje audiovisual. Consideramos que estos son resultados preliminares de un estudio sobre concepciones teóricas, metodológicas y prácticas de una noción de comunicación para la justicia ambiental, que puede profundizarse en el curso de subsiguientesinvestigaciones, teniendo en vista la necesidad de elaborar perspectivas teórico-prácticas un trabajo de comunicación afinado con una visión crítica del desarrolo economico.pt_BR
dc.title.enThe place of communication in environmental conflicts: experience and reflection from the uranium and phosphate mining project in Santa Quitéria/CEpt_BR
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